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EUA oferecem recompensa de US$ 5 milhões pela captura da ‘rainha das criptomoedas’

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Quando pensamos em criminosos, provavelmente a última coisa que vem à mente é uma mulher na faixa dos 40 anos. Mas como muitos dizem, o crime não tem rosto, e a mulher conhecida como rainha das criptomoedas é a prova disso.

Agora, o governo dos Estados Unidos intensificou a busca por Ruja Ignatova, fundadora da OneCoin, que foi o maior esquema de criptomoedas da história. Na quinta-feira dessa semana, as autoridades norte-americanas aumentaram a recompensa para até cinco milhões de dólares por alguma informação que leve à prisão ou condenação da rainha das criptomoedas.

Essa recompensa está sendo oferecida pelo Programa de Recompensas por Crimes Transnacionais Organizados do Departamento de Estado dos EUA. O programa dá a proteção à identidade dos informantes no caso de a informação poder colocar a pessoa em risco.

Rainha das criptomoedas

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Para quem não sabe, Ruja Ignatova é uma cidadã alemã de origem búlgara e procurada por ser a criadora de um esquema descrito pelas autoridades como sendo “um dos maiores golpes com criptomoedas da história”.

A OneCoin foi cofundada por Ignatova em 2014 e conseguiu enganar investidores no mundo todo, roubando mais de quatro bilhões de dólares em Bitcoin. Isso aconteceu porque a OneCoin foi promovida como um “matador do Bitcoin” e uma criptomoeda legítima. Além disso, a divulgação da criptomoeda foi feita com eventos internacionais bastante glamourosos em Dubai, Macau, Singapura, Reino Unido e até no Brasil.

Contudo, mesmo com toda pompa, a OneCoin era um grande esquema Ponzi sofisticado, conforme disseram as autoridades. No caso, a criptomoeda nunca existiu e também não existia uma blockchain real ou operações de mineração por trás dela.

Em 2017, o esquema da OneCoin começou a desmoronar quando a rainha das criptomoedas foi indiciada em Nova York. As acusações contra ela eram de conspiração para cometer fraude eletrônica, fraude eletrônica e conspiração para cometer lavagem de dinheiro. Além delas, em fevereiro de 2018 foram adicionadas acusações de conspiração para cometer fraude de valores mobiliários.

Depois de duas semanas da acusação inicial, no dia 25 de outubro de 2017, Ignatova embarcou em um voo de Sofia, na Bulgária, para Atenas, na Grécia. Essa foi a última vez que a rainha das criptomoedas teve seu paradeiro conhecido.

Por conta disso, ela foi adicionada pelo FBI em 2022 na lista dos dez fugitivos mais procurados do mundo.

Paradeiro

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Desde o seu sumiço, várias especulações foram feitas sobre o paradeiro da rainha das criptomoedas. De acordo com o FBI, ela pode ter mudado sua aparência com cirurgias plásticas e estar viajando com um passaporte alemão nos Emirados Árabes Unidos, Bulgária, Alemanha, Rússia, Grécia ou Europa Oriental.

De acordo com alguns relatos que não foram confirmados, ela teria sido assassinada em 2018. Mesmo assim, as autoridades trabalham com a ideia de que ela ainda está viva.

Embora Ignatova não tenha sido pega, muitas associados seus já lidaram com a justiça. Por exemplo, em 2019, o irmão dela, Konstantin Ignatov, foi preso no Aeroporto Internacional de Los Angeles.

Em 2022, Karl Sebastian Greenwood, cofundador do OneCoin, se declarou culpado em um tribunal federal em Manhattan. Com isso, ele foi condenado a 20 anos de prisão.

No começo desse ano, Irina Dilkinska e Mark Scott, advogados envolvidos no esquema, foram condenados a quatro e dez anos de prisão, respectivamente.

Segundo o jornalista da BBC Jamie Bartlett, que fez um podcast sobre a história de Ignatova e da OneCoin, uma das razões pelas quais é tão difícil rastrear a rainha das criptomoedas é que ela conseguiu sumir do mapa com, pelo menos, 500 milhões de dólares, que são 2,6 bilhões de reais.

“Também acreditamos que ela tem documentos de identidade falsos de alta qualidade e mudou sua aparência”, pontuou ele.

Uma das vítimas do esquema da OneCoin, a escocesa Jen McAdam, disse à BBC em 2019 que ela, seus amigos e seus familiares perderam mais de 250 mil euros, 1,3 milhão de reais. Segundo ela, tudo começou com uma mensagem de um amigo dela a respeito de uma oportunidade de investimento imperdível.

Na época, Jen McAdam entrou em um link e assistiu uma palestra da OneCoin. Em uma hora, ela ouviu, de forma atenta, as pessoas falando entusiasmadas sobre essa nova e atraente criptomoeda, e sobre como isso poderia gerar uma fortuna.

Infelizmente, nada disso era verdade. E de acordo com a escocesa, ela levou meses para perceber que tudo não passava de uma farsa.

Fonte: Live coins, BBC

Imagens: Live coins

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