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200 bilhões de gafanhotos invadem o Quênia

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Recentemente, bilhões de gafanhotos invadiram a África Oriental e, agora, estão migrando para o Quênia. Para os especialistas, essa é a pior infestação de gafanhotos que o país já viu em 70 anos.

Antes de invadirem o Quênia, os insetos se alastraram pela Etiópia e Somália. O enxame de gafanhotos começou a migrar para o país em dezembro. O número de insetos, que aumentou drasticamente em pouco tempo, atrapalha os moradores locais a executarem tarefas rotineiras.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), estima-se que o enxame, que invadiu o Quênia, ocupa uma área quase do tamanho de Moscou. Com base nessa estimativa, acredita-se que haja cerca de 200 bilhões de gafanhotos, ocupando os céus e as terras agrícolas do país.

Os gafanhotos

Residentes como Ndunda Makanga tentaram espantar os gafanhotos batendo em panelas e balançando paus no ar, mas os esforços, devido a quantidade de insetos, foram em vão. Makanga é fazendeiro e, segundo ele, as plantações de milho, sorgo e feijão-caupi foram todas consumidas pelos insetos.

O Quênia já sofreu invasões de gafanhotos antes. Porém, faz muito tempo que o país não vivencia algo nessa escala. Devido à quantidade de insetos, no momento, a situação foi classificada como “surto”. Em contrapartida, se a população de gafanhotos não for contida, o caso passa a ser considerado como “praga”. Caso isso aconteça, todo o continente africano deverá entrar em estado de alerta.

No continente, já foram registradas seis grandes pragas de gafanhotos. Todas durante os anos 1900. A última ocorreu no final dos anos 80. “Devemos agir imediatamente para combater e conter esta invasão”, disse David Phiri, coordenador sub-regional da FAO para a África Oriental. “Quando as chuvas começarem em março, haverá uma nova onda de gafanhotos. Precisamos evitar que o país viva uma crise alimentar”.

O combate

Para impedir que os gafanhotos se alastrem, a ONU estima que o Quênia precisaria de US$ 70 milhões, para investir em pulverização. De acordo com a ONU, essa é a maneira mais eficaz de matar os gafanhotos.

Esses insetos, aparentemente, inofensivos podem causar uma destruição em massa de plantios. Segundo Jens Laerke, do Escritório Humanitário da ONU, um pequeno enxame de gafanhotos pode consumir uma quantidade de culturas capaz de alimentar cerca de 35.000 pessoas. Além de seu apetite voraz, a espécie é notoriamente difícil de controlar, pois pode se mover facilmente. Os gafanhotos viajam mais de 140 quilômetros diariamente.

Até o momento, o governo do Quênia disponibilizou cinco aeronaves de pulverização. Para os moradores, os esforços por parte do governo ainda são mínimos. “Eles nos disseram que não os veríamos novamente, mas ainda há muitos deles”, disse Emmanuel Kubai, morador de Igembe North.

De acordo com o Centro de Previsão e Aplicações Climáticas (ICPAC), a terrível invasão de gafanhotos do Quênia poderia ser resultado do extremo aquecimento do Oceano Índico. A condição climática é conhecida como dipolo do Oceano Índico.

O fenômeno ambiental causou padrões climáticos extremos nas regiões, incluindo uma seca devastadora e oito ciclones na África Oriental. Tudo isso no ano passado. Semelhante às condições ambientais extremas que abalaram a África Oriental, o Dipolo do Oceano Índico também é o responsável pelos incêndios devastadores na Austrália.

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