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25 filmes para conhecer o trabalho de cineastas negros

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Recentemente, Will Smith afirmou que “o racismo não está piorando, está sendo filmado”. Com isso, hoje, mais do que nunca é preciso lutar contra o racismo e outros tipos de preconceito. Assim, devemos ouvir, ler e prestigiar diferentes tipos de representações artísticas pensadas e produzidas por artistas negros. E claro, o cinema não podia ficar de fora dessa lista. Por isso, separamos 10 filmes para conhecer o trabalho de cineastas negros.

Sendo uma forma de arte que é tão popular no mundo, podemos nos perguntar: quando você a última vez que você viu um filme feito por cineastas negros? Quantos cineastas negros você conhece? Para muitos, essa pode não ser uma pergunta fácil de ser respondida. Também vale lembra que não estamos falando apenas de filmes que apenas abordam temáticas relacionas ao racismo, mas para além disso, separamos o trabalho de cineastas negros que produzem todo o tipo de filme. Por isso, já prepare a pipoca porque você não vai querer perder nenhum filme dessa lista!

1 – 12 Anos de Escravidão (Steve McQueen, 2013)

Sendo o terceiro filme do diretor Steve McQueen, “12 Anos de Escravidão” recebeu três estatuetas do Oscar em 2014. Assim, abordando a história verdadeira de Solomon Northup, um negro livre nascido nos Estados Unidos da época escravagista, o filme foi indicado em nove categorias da premiação. Desse modo, recebeu os prêmios de ‘Melhor Filme’, ‘Melhor Atriz Coadjuvante’ (Lupita Nyong’o) e ‘Melhor Roteiro Adaptado’. Além disso, o filme está disponível na Netflix.

2 – Carta Camponesa (Safi Faye, 1976)

Safi Faye foi a primeira mulher da África Subsaariana a dirigir um longa-metragem comercialmente distribuído. Desse modo, no filme “Carta Camponesa”, lançado em 1975, acompanhamos a história de um casal que tenta se casar. No entanto, para isso, precisam enfrentar uma série de desafios impostos pela herança da colonização francesa em Senegal.

3 – No Coração do Mundo (Gabriel Martins e Maurílio Martins, 2019)

Sendo premiado em diversos festivais do mundo, “No Coração do Mundo” fala sobre sonhos e aquilo que almejamos. Assim, a trama se passa na periferia de Contagem, em Minas Gerais, onde Marcos, Ana e Selma buscam uma saída para uma nova vida. Contudo, para isso, eles abraçam uma oportunidade mais do que arriscada.

4 – A Primeira Noite de Crime (Gerard McMurray, 2018)

No quarto filme da franquia “Uma Noite de Crime”, descobrimos como surgiu o expurgo. Dessa forma, a noite onde todo tipo de crime é permitido surge como um experimento social para diminuir a criminalidade. Com isso, o filme aborda temas como violência, racismo e a marginalização. E claro, consegue ser uma boa pedida para uma sessão de terror.

5 –  Queen & Slim (Melina Matsoukas, 2019)

Em “Queen & Slim”, temos a estreia da diretora Melina Matsoukas em um longa-metragem. Contudo, você pode conhece-la por clipes da Beyoncé como “Lemonade” e “Formation”. Desse modo, aqui, acompanhamos um casal que precisa fugir após atirar em legítima defesa contra um policial branco. Depois disso, Queen e Slim se tornam um símbolo de rebeldia para a comunidade negra do país.

6 – O Ódio que Você Semeia (George Tillman, Jr., 2018)

Em “O Ódio que Você Semeia”, acompanhamos a história de uma adolescente negra que presencia o assassinato de seu melhor amigo, por um policial branco. Dito isso, ela precisa testemunhar no tribunal por ser a única pessoa presente na cena do crime. Assim, mesmo sofrendo uma série de chantagens, ela decide fazer o certo, custe o que custar.

7 – Desculpe te Incomodar (Boots Riley, 2018)

Em “Desculpe te Incomodar”, somos apresentados a uma versão alternativa da cidade de Oakland, no Estados Unidos. Nesse cenário, um jovem negro começa a se destacar no telemarketing por usar sua “voz branca”. Assim, o filme nos apresenta uma fantasia que é discute temas extremamente pertinente para os dias de hoje.

8 – Os Donos da Rua (John Singleton, 1991)

Com “Os Donos da Rua”, John Singleton se tornou o primeiro homem negro a ser indicado ao Oscar. Além disso, também foi o diretor mais jovem a ser indicado à premiação, com apenas 24 anos.

9 – Temporada (André Novais Oliveira, 2018)

No filme, acompanhamos Juliana, que sai de Itaúna, no interior de Minas Gerais, e vai para Contagem, para trabalhar como agente de saúde. Porém, ela precisa se adaptar com uma nova rotina e a ausência do marido. Tendo estreado na 51ª edição do Festival de Brasília, o filme conquistou cinco prêmios e ganhou reconhecimento nacional. Atualmente, é possível assistir ao filme na Netflix.

10 – Waati (Souleymane Cissé, 1995)

Nascido na cidade de Bamako, capital do Mali, Souleymane Cissé estou cinema nos anos 1960 e, em 1995, dirigiu “Waati”, seu trabalho mais conhecido. Ao longo de sua carreira, Cissé conseguiu quebrar estereótipos africanos e uniu elementos mágicos que cercam as tradições de seu país.

11 – Selma: Uma Luta pela Igualdade (Ava DuVernay, 2015)

No filme, dirigido por Ava DuVernay, acompanhamos a história da luta de Martin Luther King Jr. para garantir o direito de voto dos afrodescendentes. Desse modo, essa foi uma campanha perigosa que culminou na marcha de Selma, que mudaria a lei do voto nos Estados Unidos.

12 – Shaft (Gordon Parks, 1971)

Dirigido por Gordon Parks, “Shaft” é considerado o filme que deu início ao gênero blaxploitation. Além disso, o filme possui 4 sequências, sendo a mais recente de 2019, com Samuel L. Jackson como protagonista.

13 – Atlantique (Mati Diop, 2019)

Podendo ser assistido na Netflix, “Atlantique” é um filme senegalês e foi um dos grandes destaques do Festival de Cinema de Cannes de 2019. Na trama, acompanhamos a história de um amor proibido que foge do padrão de narrativas que estamos acostumados. Dito isso, o filme também foi selecionado para representar Senegal no Oscar 2020.

14 – A Negação do Brasil (Joel Zito Araújo, 2000)

No documentário “A Negação do Brasil”, Joel Zito Araújo traz à tona a história das lutas dos atores negros pelo reconhecimento de sua importância na história e nas novelas brasileiras.  Desse modo, a discussão do filme surge baseada em suas memórias, e em uma minuciosa investigação, que analisa as influências das telenovelas nos processos de identidade étnica de pessoas negras no Brasil.

15 – Moonlight: Sob a Luz do Luar (Barry Jenkins, 2016)

Baseado em uma peça de teatro, “Moonlight” acompanha três momentos da vida de Chiron, um jovem negro de Miami. Em 2017, o longa-metragem se tornou o primeiro filme com temática LGBT a ganhar o prêmio de “Melhor Filme” do Oscar. Além do filme, também podemos citar o filme “Se a Rua Beale Falasse”, dirigido pelo mesmo diretor, Barry Jenkins. Atualmente, o filme está disponível na Netflix.

16 – Pantera Negra (Ryan Coogler, 2018)

Se consagrando como um dos melhores filmes de super-heróis de todos os tempos, “Pantera Negra” é dirigido por Ryan Coogler. Contudo, também vale a pena conferir outros filmes do diretor, como “Creed” (2015) e “Fruitvale Station – A Última Parada” (2013).

17 – Rainha (Sabrina Fidalgo, 2016)

Em 2018, Sabrina Fidalgo foi eleita pela revista Bustle como a oitava cineasta mais promissora do mundo. Isso porque, Sabrina participou de mais de 300 festivais ao redor mundo e acumula uma carreira de grandes filmes. Entre seus trabalhos, separamos o curta-metragem “Rainha”, que pode ser assistido completo no link a seguir.

18 – Eu Não Sou Seu Negro (Raoul Peck, 2017)

Dirigido por Raoul Peck, “Eu Não Sou Seu Negro” se utiliza dos escritos inacabados de James Baldwin para investigar questões sobre o racismo no Estados Unidos. Assim, o filme conta com relatos das vidas e assassinatos dos líderes ativistas Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr.

19 – O Dia de Jerusa (Viviane Ferreira, 2014)

Entre os filmes de Viviane Ferreira, podemos citar os curtas-metragens “Festa da Mãe Negra”, “Marcha Noturna” e “Peregrinação”. Mas, além desses filmes, ela também dirigiu o longa-metragem “Um Dia Com Jerusa”, baseado no curta “O Dia de Jerusa”, que pode ser assistido completo a seguir. No filme, acompanhamos o encontro de duas gerações de mulheres negras, sendo que, ambas lutam contra a solidão em ambientes urbanos.

20 – Línguas Desatadas (Marlon Riggs, 1989)

Mesmo tendo morrido em 1994, o legado dos filmes de Marlon Riggs permanece até hoje entre nós. Com isso, citamos o documentário experimental “Línguas Desatadas”. Lançado em 1989, o filme busca quebrar o silêncio ao debater a relação entre homens negros gays e ainda se mostra um filme extremamente atual.

21 – A Gente se Vê Ontem (Stefon Bristol, 2019)

Lançado em 2019, “A Gente se Vê Ontem” conta a história de dois jovens-prodígios que tentam manipular a habilidade de viajar no tempo. No entanto, ao tentar impedir um assassinato, as consequências da viagem no tempo começam a surtir efeito no presente.

22 – O Caso do Homem Errado (Camila de Moraes, 2017)

No documentário “O Caso do Homem Errado”, Camila de Moraes nos conta a história de Júlio César, um operário negro que, ao ser confundido com um assaltante, foi executado pela Polícia Militar do Rio Grande do Sul, em 1987.

23 – Bróder (Jeferson De, 2011)

Jeferson De se destacou no cinema nacional com os curtas-metragens “Distraída para a Morte” (2001), “Carolina” (2003) e “Narciso Rap” (2004). Mas, foi com o longa-metragem “Bróder” que ganhou visibilidade nacional. Além dos filmes, Jeferson também é criador do Dogma Feijoada, um movimento que buscava a produção de filmes por cineastas negros e com temáticas da cultura negra. Na Netflix, o filme pode ser encontrado com o título de “Um Dia”.

24 – Infiltrado na Klan (Spike Lee, 2018)

Em 2019, Spike Lee recebeu sua primeira indicação ao Oscar pelo filme “Infiltrado na Klan”. No entanto, o diretor já acumula mais de 30 anos de carreira desde o lançamento de seu primeiro longa-metragem. Entre outros trabalhos, também se destacam “Malcolm X” (1992), “Faça a Coisa Certa” (1989) e “Destacamento Blood”, que será lançado no dia 12 de junho na Netflix.

25 – Corra! (Jordan Peele, 2017)

Por fim, citamos um dos maiores nomes da atualidade, Jordan Peele, que, em seu primeiro filme, “Corra!”, ganhou a estatueta do Oscar de “Melhor Roteiro Original”. Mas, além do filme, o cineasta também dirigiu “Nós” (2019), escreveu alguns episódios e produziu o remake da série “Além da Imaginação”, além de outros trabalhos. Sendo um dos maiores nomes filmes de terror da década, “Corra!” pode ser encontrado na Netflix.

Afinal, por que até mesmo pessoas adultas têm medo de fantasmas?

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