História

5 fatos bizarros sobre o cristianismo que pouca gente conhece

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Cristianismo, como todos vocês sabem, é uma religião abraâmica monoteísta, centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A fé cristã acredita essencialmente em Jesus como o Cristo, filho de Deus. Talvez vocês já saibam de todas essas coisas, até porque, boa parte dessa história aprendemos na escola, mas e as coisas que a escola não nos ensina e muito menos a igreja? Falando nisso, leia também a nossa matéria com as 5 coisas que as pessoas dizem que é pecado mas que a bíblia não condena.

Bom, querendo ou não, o cristianismo tem seu lado obscuro, são fatos históricos e acontecimentos que pouca gente sabe, mas estão cravados da história. Pensando nisso, nós fomos atrás de algumas coisas bizarras sobre o cristianismo que pouca gente sabe, mas que é fundamental saber. Então, caros leitores, confiram agora a nossa matéria com os 5 fatos bizarros sobre o cristianismo que pouca gente conhece:

1 – O debate sobre circuncisão é mais antigo do que vocês imaginam

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Hoje é mais uma discussão sobre saúde, mas no passado, a discussão era sobre a obrigação de se fazer isso perante a Deus. No começo da religião cristã, a tensão era entre judeus e não judeus. Os judeus insistiam que um bom cristão deveria ter apenas 90% de um pênis e outros achavam que os 10% poderiam fazer toda a diferença. A razão desse debate é que os cristãos se apoiavam no Antigo Testamento e costumes judaicos, e depois de um tempo, eles começaram a ignorar tais escritas, e a circuncisão se tornou algo questionável.

Para confundir as coisas ainda mais, Jesus conseguiu dar apoio a tradição judaica da circuncisão como parte do dever de todo homem hebraico (Mateus 5:17) e se opor a circuncisão (O Evangelho de Tomé, dizer 53) como não sendo útil, ou os homens já nasceriam circuncidados.

2 – As mulheres tiveram grandes papéis na história da Igreja, mas fora apagadas dela

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Vocês conhecem grandes histórias de mulheres na Igreja? Provavelmente não, mas não foi até o século 12 que as mulheres desapareceram completamente do altar, de acordo com o professor de teologia da Universidade de Santa Clara (EUA), Gary Macy. Aparentemente, a menstruação foi um fator decisivo conforme os líderes católicos implementaram leis de pureza a partir de escrituras hebraicas.

De acordo com um artigo do Chicago Tribune, Phoebe foi uma mensageira confiável do Apóstolo Paulo, e parcialmente responsável por ajudar a estabelecer um dogma padronizado. Talvez você nunca tenha escutado falar nela, certo? E isso pode explicar muita coisa. Outros exemplos foram Fabíola, Paula e Marcela, que foram a força motriz por trás de projetos de serviços sociais que organizaram a religião, como mosteiros, conventos e hospitais para os mais desfavorecidos, porém, vocês já escutaram a história dessas mulheres na Igreja?

Outra mulher que foi importante para o cristianismo foi Santa Helena, mãe do primeiro imperador cristão, Constantino, que constituiu igrejas em Roma, Belém, França e Jerusalém. Essas mulheres tiveram muitos seguidores nas primeiras congregações religiosas. Alguns pesquisadores ainda afirmam que muitos dos primeiros diáconos foram mulheres.

Mas e aí, qual de vocês sabia dessas histórias? Infelizmente em algum momento da história, conforme o cristianismo se tornava mais estável e machista, eles acabaram apagando as histórias dessas mulheres. Como em 1 Timóteo 2:12 “Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio.”

3 – As visões de Jesus eram diferentes no começo do cristianismo

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A verdadeira natureza de Jesus era um grande debate. Invisibilidade, levitação, curas milagrosas, indestrutibilidade e outros “superpoderes” fora vistas como atributos necessários para enfatizar que Jesus poderia ter escapado de um encontro com o crucifixo, se ele quisesse, mas estava destinado a morrer em vez disso, para redimir a humanidade e tudo mais.

Uma das noções mais espirituosas era de que Jesus era um metamorfo que podia mudar sua aparência à vontade, porque possuía um corpo de energia superpoderoso que apenas parecia ser humano. Existiu até uma seita gnóstica chamada de Carpocracianismo que representava Jesus Cristo como um ser bissexual, praticamente libertino.

Essa fase experimental de Jesus não durou muito, embora o conceito de Santíssima Trindade ainda fosse um trabalho em andamento, apenas alguns bispos tinham realmente poder. Em 325 aC, no Concílio de Nicéia, o imperador mandou colocar ordem nas coisas e determinar a doutrina oficial do cristianismo.

Com a decisão no que a igreja acreditava, ela logo começou a perseguir qualquer um que discordasse do que ficou combinado. Massacres ocorreram (ou ainda ocorrem), cabeças rolaram e várias pessoas morreram.

4 – Um cara odiado pela Igreja propôs a divisão do Antigo e Novo Testamento que usamos até hoje

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Antes de Marcião de Sínope, a Bíblia cristã que conhecemos hoje não existia. Não existia segregação conhecida entre o “Velho” (Judeu) e o “Novo” (cristão). Eram apenas histórias diferentes, livros e evangelhos espalhados. Marcião era membro de uma seita e queria canalizar suas opiniões em uma obra de aparência oficial. Ele queria separar os escritos do cristianismo em dois testamentos, uma vez que tal divisão iria de acordo com sua teoria: Marcião acreditava que a divindade do que viriam a ser os textos do Antigo Testamento era um deus-criador completamente diferente e mais maléfico do que o salvador do Novo Testamento. Ou seja, o deus do Velho Testamento era basicamente o diabo.

Marcião fez uma tentativa premeditada de eliminar todos os vestígios do pensamento judaico pré-Jesus de sua nova Bíblia. Sua organização dos testamentos foi extremamente minimalista, e obviamente, nem todos gostaram da ideia. Porém, a ação de Marcião mostrou a igreja antiga a urgência do desenvolvimento de um cânon bíblico. Para eliminar a sua influência, ele foi excomungado, e um Novo Testamento rival que rebatia as suas ideias, embora mantivessem a sua estrutura geral. Em outras palavras, a igreja achou que esse indivíduo fosse louco por propor dois Deuses diferentes, mas a separação que ele fez dos textos bíblicos depois foi adotada pela própria e utilizada a partir de Tertuliano, com algumas alterações, é claro.

5 – As bizarras ágapes

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Quando surgiu o cristianismo, alguns seguidores tomava parte em uma festa chamada ágape, também conhecida como “festa do amor”, que era uma refeição onde os cristãos dos primeiros séculos faziam juntos, uma espécie de banquete de confraternização. As referências dessas refeições apareceram em 1 Coríntios 11: 17-34, na Carta de Santo Inácio de Antioquia aos Esmirnenses, onde o termo “ágape” é usado, e em uma carta de Plínio, O Jovem, a Trajano. Mais tarde, o Concílio da Laodicéia de cerca de 363-64 proibiu que igrejas celebrassem tal festa.

As ágapes era para ser reuniões de paz e devoção, mas como toda boa festa, às vezes saíam do controle (risos). Ou seja, o motivo da religião era esquecido, e o banquete virava apenas uma ocasião para comer e beber, ou simplesmente para ostentação por parte dos membros mais ricos da comunidade, como aconteceu em Corinto, o que levou a críticas do apóstolo Paulo: “Quando se reúnem, não é a Ceia do Senhor que vocês comem, por que cada um de vocês vai em frente sem esperar por qualquer outra pessoa. Um permanece com fome, outro se embriaga. Vocês não têm casas para comer e beber? Ou será que desprezam a igreja de Deus e humilham os que nada têm?”

No norte da áfrica, Santo Agostinho escreveu de celebrações religiosas bêbadas em cemitérios, e uma seita alexandrina particular que usou a tal “festa do amor” como um pretexto para se envolver em orgias. Assim, tais ágapes caíram em desuso por volta do terceiro século, dando lugar a uma Eucaristia menos entusiasta.

E aí, caros amigos, já sabiam de todos esses fatos sobre o cristianismo? Comentem!

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