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7 pessoas que literalmente salvaram o mundo

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Quando o assunto são heróis e pessoas que se arriscam para salvar o mundo de alguma forma, logo vem em nossa mente as histórias em quadrinhos e os filmes fabulosos da Marvel. Acontece, no entanto, que esses misteriosos bem-feitores – embora sejam raros – existem ou existiram na vida real e, realmente, fizeram a diferença em momentos decisivos da história.

Na lista que preparamos abaixo, por exemplo, estão alguns dos mais representativos heróis dos últimos tempos. Confira as histórias dessas pessoas incomparáveis e descubra como elas, literalmente, salvaram o mundo:

1. Stanislav Petrov Yevgrafovich – impediu a guerra nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética

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Em 1983, em plena Guerra Fria, Petrov era o coronel responsável pela Defesa Aérea da União Soviética. Nesse ano em específico, ele evitou que as duas potências começassem uma guerra nuclear, ao identificar como falso uma alerta que recebeu, informando que os americanos poderiam ter invadido o espaço aéreo russo e enviado, diretamente para eles, um míssil.

Acontece, no entanto, que esse homem teve a cabeça fria de analisar a situação ao invés de enviar um míssil de volta aos Estados Unidos e mandar seu pessoal se esconder. Naquele dia, Petrov fez um relatório aos superiores, informando que nada havia realmente acontecido e eles, então, suspenderam a ordem de ataque ao americanos, evitando assim que uma disputa muito mais séria e cruel se deflagrasse.

2. Vasili Alexandrovich Arkhipov – evitou que Cuba começasse uma guerra nuclear com os Estados Unidos

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Essa foi uma situação bastante parecida com a primeira, quando uma pessoa precisou manter a cabeça no lugar para evitar que uma grande guerra tivesse início. Dessa vez, no entanto, o momento de tensão aconteceu em águas cubanas, durante a Guerra Fria e em meio de uma forte crise no país, chamada Crise dos Mísseis, em 1962.

Nesse ano, um submarino cubano foi descoberto pelas forças americanas e, instantaneamente, foi cercado por navios e aviões, na tentativa de fazê-lo emergir. Foi então que toda a tensão começou, uma vez que os tripulantes do submarino não sabiam se estavam ou não sendo atacados – devido à profundidade na qual estavam – e, em resposta, já queria abrir fogo contra os americanos.

Felizmente, todo o conflito foi evitado devido ao protocolo de operação, que impediu os cubanos de agirem. Isso porque, segundo as regras, três oficiais a bordo precisam estar de acordo para que o lançamentos de mísseis seja feito. Assim, embora o capitão de o diretor político do submarino quisessem disparar, Vasili Alexandrovich Arkhipov foi contra a decisão.

Ele, então, convenceu seus colegas de que a melhor maneira de agir perante aquela situação era voltar para a superfície e esperar ordens de Moscou. Foi assim que Alexandrovich salvou o mundo e evitou que a Guerra Fria se tornasse um conflito nuclear. Em 2012, inclusive, o oficial foi lembrado e seu ato agradecido pelo diretor do National Security Archive, que disse que “um cara chamado Vasili Arkhipov salvou o mundo.”

3. James Blunt – evitou a guerra entre Rússia e Inglaterra

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Embora seja um cantor de sucesso hoje em dia, em 1999, o britânico James Blunt era apenas um soldado servindo a NATO – uma aliança militar da qual a Inglaterra faz parte -, servindo em Kososvo. Foi nessa época, aliás, que ele fez a ação mais importante de sua vida, impedindo que as forças militares aliadas abrissem fogo contra as tropas russas, que estavam em um campo de pouso que o então soldado tinha ordens para dominar.

A presença dos russos nesse lugar não era esperada e, como é possível prever, foi ordenado a Blunt atacar os oponentes. Ele, no entanto, se recusou a cumprir a ordem, mesmo sabendo que sua punição poderia ser muito severa. Sua insubordinação, nesse momento, evitou o início de uma guerra sangrenta e isso, felizmente, foi visto pelo general Mike Jackson, que apoiou o posicionamento de seu militar. “Eu não vou ter meus soldados nisso e não quero ser responsável por começar a III Guerra Mundial”, disse o general.

Dias depois, a decisão de Blunt se mostrou a mais sensata possível, foi a Rússia se mostrou disposta a negociar e compartilhar o campo de pouso com a NATO, em troca de comida e água.

4. Edward Jenner – descobriu a vacina contra varíola

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Jenner foi, oficialmente, o homem que livrou o mundo da ameaçadora varíola. A doença, que matava milhões de pessoas desde 100.000 a.C, foi finalmente dominada pelo cientistas no final de 1700, quando ele observou que as pessoas que haviam pegado varíola bovina haviam se tornado imunes ao mal.

Foi exatamente no ano de 1796, através de injeções dessa variação do vírus nas pessoas, que Jenner observou que a vacina estava pronta. Seu trabalho, então, se tornou conhecido por todo o globo e a prevenção contra a doença se popularizou, claro, com bastante resistência da população, que por anos não entendeu o conceito da vacinação. E foi a partir de então que começou uma verdadeira “guerra” contra a varíola, embora a doença só tenha sido erradicada em 1977.

Sobre o termo “vacina”, o fato curioso é que a palavra foi criada pelo próprio cientista, que usou a frase em latim “Variolae Vaccinae”, que significa a varíola da vaca. Então, em 1881, Louis Pasteur propôs o termo “vacinação” para todas as formas de inoculações de proteção, em vez de apenas àquelas que lidam com a varíola bovina.

5. Jonas Salk – descobriu a vacina contra a paralisia infantil

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A poliomielite, doença também chamada de paralisia infantil, foi tão perigosa quanto a varíola durante algum tempo. Em 1952, por exemplo, mais de 3 mil crianças morreram com a pólio, enquanto outras 21 mil ficaram paralisadas pela doença.  Segundo os cientistas, esse mal tinha potencial para ser tão devastador quanto a Peste Negra foi, durante a Idade Média.

Mas, quando chegou a esse ponto, a doença já estava em estudos. Jonas Salk, por exemplo, abraçou a causa em 1948, quando a Fundação Nacional para a Paralisia Infantil o contratou para determinar o número total de variedades do vírus da poliomielite.

Mas a verdade foi que o cientista não cumpriu somente a função para a qual foi contratado. Ele acabou se engajando na missão de descobrir uma forma de interromper o progresso da doença e acabou chegando a um “produto final”, uma vacina que poderia ser a salvação.

No final da década de 50, então, com a ajuda de 20 mil médicos, 1,8 milhões de crianças foram vacinadas com a recente descoberta de Salk. Outros milhões de crianças em todo mundo, então, passaram a receber a vacina, a maioria nas próprias escolas.

Como o cientista abriu mão de seus direitos autorais sobre a vacina, outros países passaram a replicar sua receita e a imunizar suas crianças. O resultado disso é que hoje a doença já é considerada erradicada pelas organizações de saúde.

6. Norman Ernest Borlaug – alimentou o mundo

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Em meados da década de 1950, cientistas descobriram uma nova praga que poderia acabar com milhões de pessoas pelo mundo: a fome. Os números de pessoas que morriam desnutridas e que não tinham nada para dar para seus filhos aumentavam de forma assustadora, especialmente devido à poucas condições de plantação de alguma localidades. Mas, graças aos avanços agrícolas, proporcionados pelos estudos de Norma Ernest Borlaug, o abastecimento de alimentos passou a crescer juntamente com o crescimento da população mundial.

O grande destaque desse cientista, aliás, veio quando ele se tornou diretor do Programa de Aperfeiçoamento Internacional do Trigo, no México, onde ficou incumbido de aumentar a produção do cereal. Borlaug, então, aperfeiçoou uma linhagem de trigo, que produziu altos rendimentos ao país, especialmente por ser resistente à maioria das doenças que causavam prejuízos na época. Foi então que o México passou a exportar trigo.

Quando viu a grandiosidade do avanço agrícola que havia proporcionado, Borlaug se viu na obrigação de ajudar outras partes do mundo que enfrentavam a fome. O cientista, então, partiu para a Índia, que sofria com a falta de alimentos, mesmo recebendo quantidades absurdas de grãos dos Estados Unidos. O trigo geneticamente modificado então, chegou para os indianos e não demorou a se espalhar por outros países do sul da Ásia.

Embora o cientista seja bastante criticado por ambientalistas, a modificação genética dos grãos, descoberta por Borlaug salvou milhares de vidas pelo mundo, aumentando as colheitas, inclusive, na África. Seu trabalho foi tão representativo para a humanidade, que o cientista recebeu o Prêmio Nobel da Paz, a Medalha Presidencial da Liberdade e a Medalha de Outro do Congresso, além do Padma Vibhushan, segunda maior honraria da Índia disponível para civis.

7. Henrietta Lacks – proporcionou uma revolução na medicina com suas células

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Embora a maioria das pessoas dessa lista tenham trabalhado ativamente para mudar ou ajudar o mundo, o caso de Henrietta foi bastante diferente. Isso porque ela tinha tudo para ser uma doente comum, quando descobriu que estava com câncer no colo do útero.  Mas, durante seu tratamento, os médicos retiraram duas amostras de seu tecido cervical, uma saudável e uma cancerosa; tudo isso sem a autorização da paciente.

Henrietta, infelizmente não resistiu à doença e morreu em 1951, mas suas células proporcionaram avanços incalculáveis à medicina. Isso porque as amostras retiradas da mulher renderam outras 20 toneladas de células, todas cultivadas em laboratório, que foram extremamente importantes para a descoberta de vacinas – inclusive a da Poliomielite, de Salks -, pesquisas de clonagem, mapeamento de genes, análises sobre a exposição humana à radiação e muito mais, incluindo estudos sobre tratamentos contra o câncer e contra a AIDS.

A relevância das células “roubadas” da paciente foi tamanha, que suas amostras e suas células derivadas receberam o nome de “HeLa”, as iniciais de Henrietta Lacks. E, embora inúmeras pessoas já tenham sido ajudadas devido à retirada das células da mulher, a família de Henrietta nunca recebeu uma compensação ou mesmo um pedido de desculpas pela “invação”, de certa forma, do corpo da doente.

Agora que você conheceu algumas das pessoas que salvaram o mundo, conheça outras que ficaram marcadas como as mais malignas da história.

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