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8 fatos fascinantes sobre o esqueleto humano

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O esqueleto humano pode parecer menos dinâmico do que muitos outros sistemas e organismos do corpo humano. No entanto, o esqueleto possui muitos atributos físicos notáveis, que o ajudam a suportar o corpo humano, bem como alguns atributos bioquímicos, verdadeiramente notáveis, que regulam o funcionamento do corpo.

É importante lembrarmos que não temos o objetivo de criticar, julgar, nem impor verdades absolutas. Nosso objetivo é único e exclusivamente de informar e entreter. Por isso, o conteúdo dessa matéria se destina àquelas pessoas que se identificarem.

E, foi justamente pensando nessas pessoas que a redação da Fatos Desconhecidos selecionou uma listinha com 8 fatos fascinantes sobre o esqueleto humano. Confira e descubra:

1 – Ossos frágeis

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O tabagismo é amplamente reconhecido como sendo ruim para a saúde, não obstante, fumar é prejudicial, também, aos ossos. A osteoporose é uma das principais causas de degeneração óssea, e os indivíduos afetados correm maiores riscos de fraturas ósseas.

Uma pesquisa mostrou que o tabagismo predispõe os indivíduos a um aumento nas taxas de osteoporose, através da desnutrição dos ossos. Fumar dificulta a absorção de vitamina D pelo organismo, que é responsável por boa parte da transferência de cálcio para os ossos, resultando em ossos frágeis.

Além disso, o tabagismo corta a produção de estrogênio, que é responsável pelo aumento da capacidade de retenção de cálcio nos ossos. Fumar enquanto os ossos estão em seu período de desenvolvimento máximo e, após os trinta anos, colaboram no aumento, de até duas vezes, da perda de massa óssea. Sendo que os ossos do quadril, coluna e pulso são os mais frágeis. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), um em cada oito casos de fratura de quadril ocorrem em pessoas fumantes.

2 – Sulcos no crânio e lesões cerebrais

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Nossas cabeças podem, literalmente, trabalhar contra nós, pelo menos quando se trata de lesões cerebrais traumáticas derivadas de impactos no crânio. Nossa caixa crânia, normalmente, nos protege de duros golpes e ajuda a evitar reais impactos no cérebro.

No entanto, nosso cérebro não está totalmente firme em nosso crânio e essa “folga” permite que ele se movimente. Se movermos rapidamente a cabeça nosso cérebro também se movimentará de forma “livre” dentro do crânio. No caso de uma paragem súbita, o cérebro se manterá em movimento devido à inércia até que “caia” no interior da caixa craniana.

Já um golpe na cabeça provocará ondas de choque, que também levam o cérebro a se movimentar, fazendo com que bata no crânio. Também, podem acontecer danos remotos por causa do choque, derivado das transmissões de ondas causadas pela pancada, resultando em lesões cerebrais.

As cristas ósseas são o que revestem a base do crânio, elas podem se ferir na hora do impacto, causando lágrimas, lacerações e ferimentos relacionados, através de colisões com superfícies cortantes. O movimento do cérebro e as forças envolvidas também podem esticar os axônios dos nervos, vasos sanguíneos e lacrimais.

Na verdade, a maioria das lesões cerebrais traumáticas ocorrem sem que, necessariamente, o crânio seja penetrado. As lesões podem ocorrer de qualquer um dos lados, da mesma forma, na frente e atrás.

3 – Melorreostose

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Uma doença rara que se destaca por apresentar um dos destinos mais perturbadores e incomuns que o esqueleto humano pode enfrentar. A melorreostose é uma displastia mesenquimais, que afeta apenas uma em um milhão de pessoas e apresenta mistérios e desafios que continuam a confundir a ciência médica.

Tem como consequência o crescimento de um material excepcionalmente duro, por cima do osso existente, de modo irregular, que tem uma aparência fluida. O aparecimento de tumores invasivos podem ser assemelhados à cera de vela, quando vistos numa imagem raio-x.

A doença pode surgir como resultado de uma predisposição genética, mas os fatores ambientais podem exacerbar ou mitigar a potencial ocorrência. Estranhamente, um caso foi descrito envolvendo gêmeos idênticos, um dos quais tinha a condição e o outro não.

Além disso, a doença tem sido descrita como estranha e incomum, com um amplo espectro de sintomas. Segundo a Associação Melorreostose, os efeitos podem incluir dores incapacitantes, sintomas de tecidos moles, deformidades e limitação funcional grave das áreas afetadas.

4 – Pelve, hormônios e nascimento humano

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A fim de acomodar o desafio de dar à luz a um bebê humano, em particular, principalmente por causa de sua excepcionalidade do crânio, o corpo da mulher desenvolveu algumas notáveis adaptações. Uma delas foi a adaptação esquelética, bastante interessante, que envolve mudanças hormonais que influenciam na “frouxidão” das articulações da pélvis, o responsável por isso é um hormônio chamado “relaxina”.

Ela é produzida no colo do útero, mas também, sobre os músculos lisos, ligamentos e articulações da pelve. Permite que essas articulações se tornem de certa forma “elásticas”, colaborando com a dilatação na hora do nascimento do bebê. No entanto, tem sido sugerido que esse efeito de alongamento e afrouxamento podem prejudicar os pés, durante a gravidez.

Em um artigo publicado no jornal Scanadinavian, de medicina e ciência, a relaxina é descrita como um “hormônio mamífero polipeptídeo heterodimérico 6k-Da”. O artigo aponta uma série de estudos fascinantes, tais como descobertas baseadas em pesquisas com animais e considerações sobre a saúde humana, sobre a interação entre a relaxina e o sistema músculo-esqueleto.

5 – Ossos e corrente sanguínea

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Podemos colocar os ossos e as células sanguíneas em um conjunto quando pensamos em nosso organismo como um sistema totalmente interligado. No entanto, a verdade é que, a produção de glóbulos brancos e vermelhos do esqueleto sustenta nossa sobrevivência como seres humanos.

Isso ocorre porque alguns de nossos ossos desempenham um papel essencial na formação dos componentes da corrente sanguínea, como os glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas. Quando jovens, a necessidade de produção de células sanguíneas é elevada, sendo que a maior parte da medula óssea consiste em glóbulos vermelhos, distribuídos por todo o corpo.

Nos lactentes, a medula óssea vermelha pode ser encontrada nos dedos. Com a idade é convertida ao tipo amarelo. Nos adultos, a medula vermelha é constituída nos ossos do quadril, esterno, costelas, vértebras, ombros e ossos do crânio, além do material esponjoso nos fêmures e úmeros.

Em média, existem 2,6 kg de medula óssea no organismo humano. Quando adultos, a medula óssea vermelha dá lugar à medula óssea amarela, de forma gradual. E como as células produzidas nos ossos acabam no sistema circulatório? A medula óssea vascular é preenchida por vasos capilares e sanguíneos. Uma vez formadas, as células migram através das cavidades sinusoidais para os principais componentes da corrente sanguínea.

6 – Resiliência maxilar

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Muitas pessoas consideram o fêmur como o osso mais duro do corpo humano, por causa de sua resistência à rupturas; assim como os cotovelos ou maléolos. Na verdade, o osso mais forte de nosso corpo é a mandíbula, também conhecida como “maxilar inferior”.

É um osso relativamente maciço e único osso móvel do crânio, capaz de sustentar os dentes e se mover durante uma enorme quantidade de vezes durante a vida, pelo menos enquanto resistir aos movimentos repetitivos e significativos níveis de estresse. Sua dureza se ajusta de forma a permitir que seja capaz de realizar suas funções de maneira simplificada e eficiente. Sua rigidez, dureza, excede a de todos os outros ossos do corpo humano.

7 – O incrível osso hióide

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É o único entre todos os ossos do corpo que é anatomicamente isolado de todos os outros ossos do esqueleto. Está aninhado entre a cartilagem e apoio da laringe. Além da notabilidade por sua estrutura física e isolamento estético, também o é pelo impacto fundamental e crucial na evolução humana. Servindo de âncora para os músculos associados à língua e assoalho.

O hióide é complexo em sua estrutura, com um centro projetando chifres, num formato de U. O osso hióide é composto por três partes: o primário do corpo do osso hióide, cornos maiores e cornos menores. Através do desenvolvimento desse osso altamente complexo, adaptado para trabalhar em conjunto com o resto da laringe, a fala humana teve oportunidade de se desenvolver para um grau muito maior do que em outras espécies de mamíferos.

O hióide e a laringe trabalham em conjunto, de forma finamente orquestrada, suportando as articulações de sons complexos emitidos pelo ser humano. Com a idade, o osso hióide vai se desenvolvendo, a primeira queda física ocorre em recém-nascidos, criando uma queda no tom de voz, tornando a fala possível.

Depois, durante a puberdade, uma nova queda ocorre, na laringe, em jovens do sexo masculino. Curiosamente, esses desenvolvimentos estão diretamente ligados à história evolutiva, onde a queda na laringe apoiou o desenvolvimento da fala humana.

8 – Doença de Gorham

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Um sistema forte, complexo e biologicamente ativo, como o esqueleto, também tem seus pontos fracos. Tal como o resto do corpo, o esqueleto pode sucumbir a uma variedade de desafios médicos, alguns comuns, outros raros e incomuns.

A existência da Doença de Gorham é um odioso exemplo de doenças relacionadas à disfunções ósseas. Definida por “perda óssea”, ou “osteólise”, em áreas específicas do corpo, essa doença pode acontecer em qualquer parte do esqueleto humano. No entanto, ocorre com maiores frequências no crânio, ombro, costela, mandíbula, coluna vertebral e ossos pélvicos; provocando perda de massa óssea.

Também pode afetar tecidos moles e estruturas ósseas vizinhas, causando enfraquecimento e mais danos ao organismo. De acordo com a Organização Nacional de Doenças Raras, a Doença de Gorham pode levar à morte, caso a coluna vertebral seja afetada significativamente, comprometendo a função pulmonar.

A causa dessa doença rara é um mistério. Não há uma única maneira de lidar com a Doença de Gorham, mas uma variedade de abordagens tem sido tentadas em várias situações, como por exemplo cirurgias em áreas afetadas, para tentativa de reabsorção óssea ou formação de vasos linfáticos, inibindo o uso de medicamentos.

Então pessoal, vocês já conheciam esses fatos? Conhecem mais alguma característica interessante sobre o esqueleto humano que não citamos na lista acima? Sugestões, dúvidas, correções? Não se esqueçam de comentar com a gente!

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