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A China está roubando tecnologia espacial?

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Bom, não é novidade nenhuma que a China tem se mostrado cada vez mais ambiciosa. Recentemente, o país anunciou que segue investindo em seu programa para competir na corrida espacial. No início deste ano, por exemplo, o país enviou, pela primeira vez na história, uma nave ao hemisfério lunar que nunca pode ser visto daqui da Terra. Em suma, é notável que há novos planos em construção.

Mesmo trabalhando para ser a primeira na corrida espacial, é preciso ressaltar que certas atitudes promovidas pelo país ganharam um tom de mistério. Tanto que, recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos afirmou que a China está tentando roubar tecnologia espacial militar estadunidense.

O motivo da declaração

De acordo com informações divulgadas pela imprensa, Pengyi Li, um cidadão chinês de 33 anos, tentou contrabandear, recentemente, componentes de veículos espaciais e de mísseis dos EUA. Li foi preso em flagrante, enquanto caminhava até um dos portões de embarque do Aeroporto Internacional de Honolulu.

Em suma, a prisão foi resultado de uma investigação secreta de dois anos. Ainda nesse ínterim, as investigações foram realizadas pelo Departamento de Segurança Interna. Segundo o site Quartz, Li havia comprado os objetos de agentes dos EUA, por mais de US$ 150 mil.

Microchips, sensores especializados e os outros objetos encontrados com Li exigiam licenças especiais de exportação. Além disso, muitas das peças são proibidas de serem vendidas, na China. A venda é proibida porque tais elementos não podem ser usados em satélites e mísseis militares chineses.

O motivo? Bom, caso a venda fosse permitida, a China poderia ter ainda mais vantagem na corrida espacial em relação os norte americanos. Além da vantagem, ambos países travam uma grande guerra comercial, neste momento. Analogamente, não há previsão de resolução entre as partes, ainda que esforços venham sendo feitos.

Ainda de acordo com o site Quartz, houve pelo menos outras oito outras ações do Departamento de Justiça como essa, nos últimos dez anos. Ou seja, isso sugere que há uma quantidade maior de tecnologias sendo vendidas ilegalmente para a China.

Até o momento, sabe-se apenas que Li não era o principal alvo da investigação. O cidadão chinês, aparentemente, era apenas um intermediário, usado para contrabandear as peças dos EUA, para um comprador chinês.

Investigações

Li já está em liberdade. Entretanto, as investigações ainda seguem. Além disso, promotores e investigadores que lideram o caso se recusam a comentar sobre um assunto. Acredita-se que além de Li, uma empresa americana também está sendo investigada.

Os outros casos similares ao de Li também continuam em aberto. A maioria dos casos segue a mesma vertente: uma empresa dos EUA denuncia clientes suspeitos ao governo. Em seguida, os agentes disfarçados se apresentam como vendedores. Meses ou anos de comunicação sobre o envio das mercadorias e o que fazer com essas etiquetas alfandegárias estabelece que todas as partes sabem que o que estão fazendo é ilegal. Mesmo assim, o comprador, muitas vezes agindo como intermediário para o cliente real na China, é atraído para a jurisdição dos EUA e, depois, é preso em flagrante.

Foi assim com todos os envolvidos. Bo Cai e Wentong Cai conheceram agentes disfarçados que oferecem tecnologia estudunidense no Novo México em 2013. Em 2014, See Kee Chin foi preso em Seattle tentando contrabandear acelerômetros disfarçados de brinquedos infantis. Em 2016, William Ali, um cidadão das Ilhas Fiji, também tentou adquirir acelerômetros restritos para um comprador chinês e foi preso em Seattle.

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