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A Equipe Red Bull de F1 mostrou como fazer um pit stop com gravidade zero

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Todos os anos, as equipes de pilotos da Fórmula 1 gastam milhões de reais em seus carros. Seja com conhecimentos técnicos ou materiais para criar algum tipo diferente de transporte. E essa tecnologia, desenvolvida por eles, consequentemente também ajuda bastante em outras áreas.

A Fórmula 1 é a modalidade de automobilismo mais popular do mundo. Ela é a categoria mais avançada do esporte a motor e é regulamentada pela Federação Internacional de Automobilismo. A corrida, por si só, já é bastante emocionante, mas o momento em que o piloto está no pit stop também causa bastante tensão nos espectadores.

Para aqueles que não sabem, pit stop, no automobilismo, é uma parada, durante a corrida, na área dos boxes. Lá, ficam as equipes e seus mecânicos, para que, durante a corrida, os pilotos troquem seus pneus e reabasteçam.

A parada no pit stop só é possível por causa da pit lane, que é uma faixa de circulação separada da pista por um muro. Mas um simples pit stop todo mundo já conhece e sabe como funciona. Mas a Red Bull quis inovar e construiu um pit stop, com gravidade zero.

Recorde

A mecânica da marca teve oficialmente o ponto mais rápido de todos os tempos da Fórmula 1, no Grande Prêmio do Brasil, de 2019. Quando ela trocava os pneus de Max Verstappen, eles conseguiram fazer isso em surpreendentes 1,82 segundos.

A Aston Martin Red Bull Racing precisava de um novo desafio, depois de três paradas de patamares recordes nesta temporada. E esse desafio foi encontrado a uma altitude de quase 11 mil metros, a bordo de um avião de treinamento cosmonauta Ilyushin Il-76 MDK.

Com ajuda da agência espacial russa Roscosmos, a equipe da Red Bull conseguiu levar o carro RB! 2005, para o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin, em Star City. E lá, eles começaram a mostrar que, para eles, realmente, o céu é o limite.

“Ao longo de uma semana, 16 membros da equipe de pit fizeram um curso intensivo em treinamento de cosmonautas, em preparação para vários voos zero gravidade na fuselagem do avião, juntamente com o carro de F1 e uma equipe de dez pilotos”, explicou o mecânico da equipe.

Cada um desses voos era uma série de parábolas, com a aeronave subindo em um ângulo de 45º, e depois caindo em um arco balístico. Isso para conseguir produzir um período de quase ausência de gravidade. Era aproximadamente 22 segundos antes da próxima subida.

Pit Stop

Antes e depois de cada período sem nenhuma gravidade, o carro de Fórmula 1 tinha que ser bastante protegido. Até porque ninguém queria que a gravidade voltasse quando um carro de 400 quilos, os pneus ou a equipe estivessem a um metro ou mais do convés.

É sabido que a equipe da Red Bull não é esporádica no costume de fazer vídeos. Mas esse teve uma preparação muito maior do que o habitual. Cada tomada de filmagem durou, aproximadamente, 15 segundos e foi a atividade mais exigente física e tecnicamente que a equipe de demonstração, ao vivo, já fez.

O limite de tempo, aplicado ao pit stop, foi de 20 segundos, ou seja, foram 18,18 segundos a mais do que o recorde de 1,82 segundos. Isso permitiu um nível de dificuldade um pouco mais alto.

O coordenador de equipe de suporte, Mark Willis, diz como foi a experiência:

“Meu estômago estava bom – mas parecia que minha cabeça ia explodir. Foram necessárias duas ou três corridas para entender o que estava acontecendo. No começo, eu não conseguia pensar direito. Meu cérebro não conseguia calcular o que estava acontecendo. Eu estive envolvido em alguns eventos especiais, como escalar o carro em Kitzbühel, até os lagos salgados da Argentina. Já estivemos em lugares estranhos e fizemos algumas coisas estranhas. Mas, no final das contas, isso é o mais estranho – mas também o mais especial porque simplesmente não há nada comparável”.

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