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A história de Timothy Evans, o homem condenado à morte que não cometeu crime nenhum

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Sem dúvida, ao longo da história, inúmeros erros judiciais ilustraram o sistema judicial. Mas nenhum deles é tão trágico e assustador quanto a condenação do galês Timothy Evans. E por quê? Porque Evans foi morto por um crime que não cometeu. O galês morreu em março de 1950.

Para entender todo o cenário, é preciso conhecer um pouco sobre a vida de Evans. Traçaremos aqui, uma linha cronológica. Por isso, atenção.

O galês Timothy Evans

Timothy Evans nasceu em Merthyr Tydfil, em novembro de 1924. A infância do galês não foi fácil. Pouco antes de Timothy nascer, seu pai fugiu e deixou a família sozinha. Sua mãe se casou novamente, em 1929. Nesse ínterim, Timothy ganhou duas irmãs, Eileen e Maureen.

O galês, segundo relatos, foi vítima de tuberculose. Como consequência, passou longos períodos longe da escola. Assim, em um determinado momento, foi obrigado a deixá-la. Devido ao problema de saúde e ao fato de não ter frequentado a escola, Timothy Evans, praticamente, era analfabeto. Dizem que mal conseguia ler e escrever o próprio nome.

A família, em seguida, se mudou para Londres e Evans começou a trabalhar como pintor e decorador. O galês voltou para Merthyr Tydfil, em 1937. Ali, começou a trabalhar nas minas de carvão, mas por causa da tuberculose, teve que deixar o trabalho.

Em 1946, o galês, novamente, retorna à Londres e passa a viver em Notting Hill. Em setembro de 1947, casa-se com Beryl Thorley. Dois meses depois do casamento, Thorley informa a Evans que será pai. A filha, Geraldine Evans, nasce em outubro de 1948.

O casamento de Evans e Beryl

O relacionamento de Timothy e Beryl não foi fácil. A relação, desde o início, foi marcada por brigas e agressões. Em 1949, Beryl anuncia que estava grávida novamente. Entretanto, a situação financeira do casal os obrigou a tomar uma drástica decisão: aborto. O aborto, na época, era ilegal, mas para o casal, era a única opção.

Em novembro, Evans aparece na delegacia de Merthyr Tydfil. Ali, informou aos policiais que sua esposa morreu, após ingerir uma solução para abortar o bebê. Além disso, Evans também informa que descartou o corpo, em um bueiro, próximo ao local da casa em que viviam.

Nenhum corpo foi encontrado. A partir daí, a vida Timothy Evans fica cada vez mais difícil. Evans, então, coloca Geraldine sob os cuidados de uma amiga próxima. Porém, a amiga o impede de visitá-la.

As autoridades encontram o corpo de Beryl, envolto em um pano nos fundos de uma lavanderia. Para a surpresa dos policiais, e do próprio galês, ao lado também estava o corpo de Geraldine. Ambas haviam sido estranguladas.

Investigação

Tiimothy Evans, então, passa a ser o principal suspeito. Afinal, ele havia dito que a mulher havia sido morta, após tentar abortar o segundo filho. Além disso, ele havia colocado Geraldine sob os cuidados de uma amiga. A polícia, portanto, passa a pressionar o galês. Em um determinado momento do interrogatório, Evans confessa ter matada as duas.

Por não haver evidências suficientes, descobre-se, mais tarde, que sua confissão de Evans foi incitada pelos próprios policiais. Ou seja, o galês se viu obrigado a confessar um crime, que nunca havia cometido.

Evans, assim, começa a ser julgado. Diante do júri, o galês se declara inocente e culpa a amiga com a qual havia deixado a filha. Declara-se ciente, porém, foi em vão. O galês, que foi condenado à morte, é enforcado em 9 de março de 1950.

Três anos depois da condenação, a polícia descobre outros corpos, no mesmo local em que foi encontrado o da mulher do galês e da filha. Todos os corpos eram de mulheres. Ou seja, o galês não havia sido responsável por nenhum dos crimes, nem mesmo o da mulher e da filha.

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