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A história por trás dos manuscritos do Mar Morto vendidos por um preço milionário

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Falsificação de documentos históricos e obras de arte não é bem um novidade, mas não deixa de ser chocante. Ainda mais, quando se trata de um documento tão notório e importante, como os fragmentos do Pergaminho do Mar Morto. A coleção de manuscritos históricos era mantida em um museu de Washington, nos Estados Unidos. Mas uma investigação revelou que os documentos eram falsos.

Os Pergaminhos do Mar Morto (DDS) são os restos mortais de 800 a 900 manuscritos judeus antigos, encontrados em cavernas ao longo da costa do Mar Morto, no século XX. A coleção até então era considerada um dos mais importantes achados arqueológicos de todos os tempos. Isso porque os fragmentos de pergaminho datados entre o terceiro e o primeiro século a.C apresenta algumas das versões mais antigas dos textos bíblicos. Além de outras passagens que contemplam a história do povo judeu e as origens do cristianismo.

Os manuscritos  

Quase todos os manuscritos do Mar Morto, que se tem registro, estão guardados na coleção do governo de Israel. No entanto, é possível encontrar alguns fragmentos, circulando entre grandes museus do mundo inteiro.

Em 2026, 13 dos 16 fragmentos adquiridos pelo Museu da Bíblia em Washington, foram publicados por uma equipe de especialistas. Porém, alguns dos historiadores manifestaram uma certa preocupação quanto a autenticidade desses documentos. Um dos motivos da suspeita é que todos eles foram adquiridos depois de 2002. Justamente em uma época, em que muitas peças falsificadas apareceram no mercado.

E a suspeita era válida. Em 2018, uma investigação feita por uma equipe de especialistas alemães comprovou que cinco dos fragmentos continham “inconsistências com origens antigas”. Por fim, todos os documentos foram removidos da exibição.

Em 2019, após a descoberta chocante, o museu entrou em contato com a fundadora e diretora da Art Fraud Insights, para realizar uma nova investigação com os demais fragmentos. O intuito era confirmar se os 16 fragmentos restantes eram autênticos ou não.

Investigação

Para comprovar, ou não, a autenticidade dos fragmentos, os especialistas usaram uma variedade de técnicas modernas. Tais como examiná-los com microscópios e 3D. A partir disso, identificando os materiais a partir dos quais eles foram feitos. Além de analisarem os materiais depositados em suas superfícies.

“Após uma revisão exaustiva de todos os resultados de imagens e análises científicas, é evidente que nenhum dos fragmentos de texto da coleção do Pergaminho do Mar Morto da Museu da Bíblia é autêntico”, concluiu Colette Loll. Ela que é a diretora da Art Fraud Insights. “Além disso, cada um exibe características que sugerem que são falsificações deliberadas criadas no século XX . Todas com a intenção de imitar fragmentos autênticos do Pergaminho do Mar Morto”.

No entanto, apesar das descobertas nada felizes, o museu disse que, no fim das contas, a pesquisa pode acabar sendo muito importante.

“Não obstante os resultados menos favoráveis, fizemos o que nenhuma outra instituição com fragmentos de DSS pós-2002 fez”, afirma Jeffrey Kloha. Ele que é diretor do Curador da Bíblia no Museu da Bíblia. “Os métodos sofisticados e caros empregados para descobrir a verdade sobre nossa coleção podem ser usados ​​para lançar luz sobre outros fragmentos suspeitos. E talvez podem até ser eficazes para descobrir quem é responsável por essas falsificações”.

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