Curiosidades

A misteriosa origem dos oceanos da Terra

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Assim como nós, humanos, o nosso planeta também está constantemente em evolução ou retrocesso, infelizmente. E com tanto tempo de existência, algumas coisas podem não ser tão conhecidas pelas pessoas, como por exemplo, a origem dos oceanos da Terra. Essa pergunta é uma questão bem interessante e que intriga os pesquisadores há tempos.

Agora, o esperado Observatório Vera C. Rubin, no Chile, teve uma etapa da sua construção concluída e isso animou os astrônomos do mundo todo. Isso porque com o revestimento reflexivo no espelho primário instalado, esse telescópio irá poder capturar a luz dos objetos extremamente escuros no céu noturno, que até então não se conseguia observar.

E um dos temas que esse instrumento óptico poderoso, com campo de visão cinco vezes maior do que o do telescópio espacial Hubble, irá analisar não está relacionado com os mistérios do universo, mas sim a qual é a origem dos oceanos da Terra.

De acordo com Darryl Seligman, matemático e físico do Departamento de Astronomia da Universidade Cornell,  por mais que seja sabido que os oceanos da Terra foram uma parte fundamental para o desenvolvimento da vida, ainda não se tem uma certeza da origem deles.

Água na Terra

Tecmundo

O mistério a respeito da origem da água no nosso planeta começa com o estudo das propriedades do líquido, claramente incompatível com o esperado, no caso de se a molécula H2O estivesse presente desde a formação da Terra. Por conta disso, muitos astrônomos acreditam que a água teria chegado na Terra por cometas vindos de locais remotos do sistema solar.

Além disso, Seligman também explicou que alguns objetos interestelares, descobertos recentemente, como o Oumuamua em 2017, são capazes de dar pistas de como a água é entregue nos outros planetas fora do nosso sistema solar.

Em 2023, Seligman e colegas propuseram que, da mesma forma que o Oumuamua, os “cometas escuros”, que são uma nova classe de objetos interestelares, podiam estar escondidos no sistema solar. Isso foi proposto depois que a missão Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA), descobriu que a água presente no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tinha uma composição isotópica diferente da vista por aqui.

O conceito dos cometas escuros foi proposto depois que o engenheiro de navegação Davide Farnocchia, do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, fez a detecção de sete asteroides que tinham trajetórias bem estabelecidas e uma aceleração não gravitacional bem forte para ser da radiação solar.

Segundo um artigo, publicado na revista The Planetary Science Journal, os objetos que Faranocchia estudou não eram asteroides, mas “cometas escuros escondidos em asteroides próximos da Terra”. E mesmo com seus corpos pequenos, esses objetos tinham um mecanismo de liberação de gases bem característico dos cometas quando ficam perto do sol.

Contudo, diferente dos cometas tradicionais, esses não tem caudas visíveis nos telescópios. Contudo, poder terem água gelada faz com que eles sejam um dos prováveis entregadores de água dos oceanos da Terra.

Origem dos oceanos

Tecmundo

Quando Oumuamua passou pelo nosso sistema solar, ele chamou atenção por conta de dois motivos. O primeiro, por ser um objeto comprovadamente interestelar em nossa vizinhança cósmica, e por ter sido confundido com um dos “nossos” asteroides por não ter uma cauda.

“A descoberta praticamente simultânea do primeiro objeto interestelar e dos primeiros cometas escuros significa que estamos apenas na ponta do iceberg”, afirmou Seligman.

Esses objetos podem ter dados dos oceanos da Terra e também tem a possibilidade de transportar ingredientes essenciais à formação da vida em planetas rochosos orbitando outras estrelas.

A origem dos oceanos da Terra também tem outras hipóteses, como teorias endógenas, como no caso da degaseificação vulcânica e reações atmosféricas. Contudo, a descoberta desses cometas disfarçados mostra que existem bem mais “entregadores de água” do que era imaginado e também que esse líquido é abundante no sistema solar e pode estar presente no universo como um todo.

Fonte: Tecmundo

Imagens: Tecmundo

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