Ciência e Tecnologia

A NASA vai usar Inteligência Artificial para encontrar vida em Marte

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Recentemente, durante a conferência de Geoquímica Goldschmidt, a NASA anunciou que vai usar Inteligência Artificial para encontrar vida em Marte. Portanto, um sistema de sondas espaciais utilizou a IA para procurar sinais de vida em Marte e em outros planetas. Dessa forma, esse recurso já passará a valer a partir das próximas missões.

Atualmente, as sondas espaciais enviam muitos dados. Assim, os instrumentos científicos que estudam a geoquímica de corpos planetários, e buscam vida alienígena, geram quantidades cada vez maiores de dados. Contudo, esse transporte de dados é caro e demorado e exige muitos sistemas trabalhando juntos. Por isso, o recurso da Inteligência Artificial serviria para “procurar no nosso lugar” e apenas avisar quando algo for encontrado.

Um grande passo na história da exploração espacial

Segundo a agência espacial americana (NASA), um sistema inteligente poderá identificar assinaturas geoquímicas de vida em amostras colhidas no planeta vermelho. Desse modo, após um teste inicial, o equipamento apenas enviará dados para o controle os cientistas na Terra, quando realmente importante for encontrado.

Até o momento, o algoritmo já passou por treinamentos que incluíam a análise de centenas de amostras de rochas e outros milhares de comprimentos de onda de radiação. Assim, os primeiros resultados foram extremamente animadores. Isso porque, o dispositivo conseguiu analisar um composto desconhecido e pôde categorizá-lo com uma precisão de 94%. Além disso, ele também conseguiu combiná-lo com amostrar que foram vistas antes em 87% das vezes.

De acordo com a líder da pesquisa, Victoria Da Poian, esse poderia ser um “passo visionário na exploração espacial“. Dito isso, permitir que esses sistemas inteligentes escolham o que analisar e o que não analisar, poderá superar os limites de como as informações são transmitidas por grandes distâncias no espaço. Além de uma grande economia de dinheiro, esse avanço também representa uma economia no tempo e consequentemente nos permite avançar mais rápido.

Será mais fácil buscar por grandes distâncias no espaço

Agora, a ideia é instalar esses novos sistemas inteligentes em sondas espaciais. Desse modo, sua estreia será na missão ExoMars, que deve acontecer entre 2021 e 2023. Nesse sentido, o dispositivo trabalhará para identificar assinaturas geoquímicas da vida a partir de amostras de rochas antes de enviar dados de volta à Terra. Depois disso, a NASA também pretende utilizar as sondas inteligentes em missões às luas de Saturno e Júpiter.

Para Eric Lyness, pesquisador do Centro de Voos Espaciais da NASA, muita coisa irá mudar. “Ao usar a IA para fazer uma análise inicial dos dados após a coleta, antes de serem enviados de volta à Terra, a NASA pode otimizar o que recebemos, aumentando muito o valor científico das missões espaciais”, afirmou o cientista.

Ainda segundo o pesquisador, “os dados de um veículo espacial em Marte podem custar até 100.000 vezes mais que os dados do seu telefone celular”. Por isso, utilizar as sondas tornará todo o processo muito mais barato. Além de também mais “cientificamente possível”, afirmou o cientista. “Precisamos priorizar o volume de dados que enviamos de volta à Terra. Mas também precisamos garantir que, ao fazer isso, não descartemos informações vitais”, completa Da Poian. Portanto, os testes irão revelar muito sobre as possíveis mudanças no sistema.

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