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A regra 7-38-55 é a chave usada pelas pessoas que têm mais inteligência emocional

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inteligência é algo que se adquire ao longo da vida. Um pouco dela talvez venha da herança genética, é fato. Mas boa parte é resultado de estudos e da vivência de cada um. Além do mais, existem tipos diferentes de inteligência. Por exemplo, a inteligência emocional, e quando se fala dela existem mais coisas que nem todos sabem, como a regra 7-38-55.

Para quem não sabe, a regra é quase que um código secreto com relação a uma fórmula para lidar com as emoções por um método mais equilibrado e consciente, que é pelo controle da comunicação não verbal.

Sobre a regra 7-38-55, a psicopedagoga Fabíola Nascimento contou mais detalhes dela e explicou como ela é capaz de transformar a forma como as pessoas lidam com os sentimentos.

Regra 7-38-55

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Quem criou essa regra foi Albert Mehrabian, professor emérito de psicologia na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ela dá ênfase na importância da comunicação não verbal. Isso quer dizer, na forma como o corpo se expressa em alguma interação.

De acordo com a regra, as palavras são somente 7% da comunicação. Já o tom de voz, a velocidade e o volume, são 38%; e a linguagem corporal, no caso os movimentos, expressões faciais e contato visual, representam 55%.

Contudo, Fabíola pontua que é importante que o estudo não seja analisado de uma maneira equivocada. Ela também ressalta que a regra é aplicada, principalmente, quando as pessoas vão expressar emoções, porque mostra a falta de harmonia entre a comunicação verbal e não verbal podendo afetar a percepção da mensagem. “Ou seja, o impacto do que você diz é influenciado significativamente pelo que seu corpo ‘fala’”, explicou.

Para compreender melhor isso, Fabíola dá um exemplo prático. “Se uma criança faz algo errado, mas engraçado, e o adulto a repreende rindo ou com uma expressão divertida, a criança repetirá a ação, pois a comunicação não verbal foi mais convincente do que a verbal. Da mesma forma, quando você compartilha uma boa notícia com um amigo e ele diz estar feliz, mas não demonstra nenhuma reação corporal, você percebe que sua resposta não foi genuína”, disse.

Aplicando a regra à vida

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Ainda de acordo com a psicopedagoga, a comunicação não verbal tem um impacto grande na maneira como as pessoas se sentem em relação aos outros. Além disso, ela pode ser incluída em várias situação da vida.

“A regra 7-38-55 se aplica bem em conversas para criar empatia, vínculo, acolhimento e aceitação. Ações como manter contato visual, acenar com a cabeça, sorrir e manter o corpo relaxado promovem aproximação e segurança”, pontuou Fabíola.

Conforme pontuou a psicopedagoga, a regra também é importante nas relações parentais e também nos ambientes escolares. “Uma criança que se sente segura no ambiente com seus cuidadores que aplicam essa comunicação, têm maiores chances de ter um bom desenvolvimento. A regra também é crucial na relação professor-aluno, pois muitas vezes o que o estudante diz não reflete exatamente o que está pensando ou sentindo. Ter essa percepção é uma excelente ferramenta para auxiliar no desempenho acadêmico”, concluiu.

Inteligência emocional

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O termo inteligência emocional, ou EI, foi cunhado pela primeira vez no começo dos anos 1990 e foi definido como a capacidade de expressar, controlar e perceber emoções.

Desde então, vários estudos foram feitos nessa área e conseguiram identificar diferentes tipos de EI. Segundo o professor Leehu Zysberg, um especialista do Gordon College of Education, os mais comuns são o Traço EI e a Capacidade EI.

“Traço EI depende de medidas de autorrelato que correspondem e se associam significativamente a outras medidas de personalidade. Na pesquisa atual, são geralmente os ‘cinco grandes’ traços de personalidade”, explicou.

Os chamados “cinco grandes traços de personalidade” são: extroversão, afabilidade, abertura, consciência e neuroticismo. E Zysberg continua explicando que “as correlações entre as medidas do traço EI e os traços de personalidade são tão altas que se pode alegar que o EI pertence a um ou mais ramos dos cinco grandes”.

A maioria dos especialistas concorda que existem evidências científicas para a inteligência emocional. Isso acontece porque os escores de EI podem prever outros resultados que são mensuráveis de uma maneira parecida com o QI. Além de ter sido demonstrado que a alta capacidade de EI está ligada a relacionamentos positivos e sucesso na carreira.

Conforme explica Brian Partido, especialista da Ohio State University, “a saúde mental, a saúde física e a satisfação com a vida têm sido associadas a uma alta inteligência emocional. Mais recentemente, descobriu-se que a inteligência emocional é um indicador do desempenho acadêmico e clínico entre estudantes de higiene dental”.

Um outro exemplo é dado por  Carrie Lloyd, especialista da Northcentral University. “O aumento da EI tem um efeito benéfico em termos do estado atual de depressão. Meu estudo indicou que para cada aumento de 1 ponto na pontuação escalonada do EQ, o risco de depressão diminuiu 5%. Este é um resultado altamente significativo, pois fornece evidências claras de que a inteligência emocional e a depressão estão fortemente relacionadas na população idosa”.

Os vários tipos de inteligência emocional são medidos de formas diferentes. O traço EI é medido por meio de testes de autorrelato, como testes de personalidade. A capacidade EI é verificada usando testes como o MSCEIT. Ele usa problemas baseados na emoção para testar a consciência emocional.

No geral, medir a inteligência emocional é bem difícil. Especialmente porque os pesquisadores ainda não têm uma compreensão clara do que ela é exatamente.

“A resposta a esta pergunta depende da definição e medição da inteligência emocional. O construto é complexo e sua medição, muitas vezes baseada em autorrelatos, é frequentemente falha. A construção mais ampla de inteligência emocional como uma capacidade de reconhecer as emoções de alguém e de outras pessoas e regular as emoções para se adequar às características da situação é provavelmente real. Mas sua medição requer métodos caros pelos quais muitas empresas e acadêmicos não estão dispostos a pagar”, concluiu  Igor Grossmann, um especialista da Waterloo University.

Fonte: Minha vida

Imagens: Notícias concursos, Rede Psi, Phonetrack

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