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A vacina contra o HIV já estará disponível em 2021

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Embora as taxas de infecção de HIV tenhamdiminuído, a doença continua sendo um sério problema de saúde pública. A Organização Mundial da Saúde estima que 35 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus. Dentre elas, quase 1,5 milhão são crianças.

Atualmente, não há cura para a AIDS, doença causada pela disseminação do HIV. Há apenas anti-retrovirais, que atenuam os sintomas, estendem a expectativa de vida e reduzem o risco de transmissão.

Felizmente, parece que todo este cenário pode mudar radicalmente nos próximos anos. Sabe por quê? Acabam de desenvolver uma possível vacina.

Vacina

De acordo com informações disponibilizadas pela imprensa, cientistas americanos esperam que a vacina, para combater o HIV, esteja disponível em 2021. Testes de três vacinas diferentes estão perto de entrar em seus estágios finais.

Segundo o jornal Daily Mail, os resultados dos experimentos com as vacinas HVTN 702, Inbokodo e Mosaic já foram aprovados e darão sequência em avanços no próximo ano. Embora atualmente não exista vacina contra a Aids, os medicamentos disponíveis contribuem para que a carga viral da doença seja indetectável. Ou seja, isso significa que o vírus não pode ser transmitido, mesmo por meio de relações sexuais.

Para Dra. Susan Buchbinder, diretora de ensaios clínicos do programa de pesquisa HIV Bridge, do Departamento de Saúde Pública de São Francisco, esse é um dos momentos mais otimistas que a medicina já vivenciou.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, a especialista afirmou que, até mesmo, uma vacina parcialmente eficaz seria um avanço, que poderia mudar para sempre a progressão da epidemia de HIV.

A Organização Mundial da Saúde afirma que houve uma diminuição drástica de novos casos durante a primeira década do novo século. Entretanto, tal parâmetro estagnou nos últimos anos. Estima-se que as taxas na diminuiram mais porque os setores mais afetados da população precisam ser conscientizados.

Testes

Em entrevista à BBC, a Dra. Buchbinder explicou que as três vacinas, que estão sendo testadas, se mostraram eficazes, pois atingiram o último estágio dos ensaios clínicos.

O HVTN 702 iniciou seus testes na África do Sul, em 2016, e baseia-se em um teste anterior, o RV144, que reduziu a taxa de infecção em 30%, sendo, até hoje, a única vacina com eficácia comprovada. Entretanto, os cientistas seguem buscando melhorias.

A vacina Imbokodo começou seus testes na África do Sul, em 2017, usando 2600 voluntárias como sujeitos do estudo. A vacina é composta por imunógenos chamados mosaicos, que são projetados para induzir respostas imunes contra as cepas do HIV. De acordo com as informações do Daily Mail, a vacina é baseada em um imunógeno semelhante e seu teste começou em novembro de 2019.

Para testar a vacina em mosaico, serão necessários 3800 voluntários, entre eles homens homossexuais e pessoas trans. Os ensaios clínicos serão realizados na Europa, Estados Unidos e América Latina. As duas últimas vacinas consistem em seis injeções, administradas em duas sessões, três em cada. Os especialistas em HIV acreditam que, para que uma vacina seja decisiva, ela deve ter pelo menos 50% de eficácia.

Uma série de estudos anteriores foram realizados em macacos, e começou há 15 anos. Estes estudos refinaram a ideia da composição de uma vacina e determinaram o regime de dosagem mais eficaz. “Estamos comprometidos em garantir que os resultados dos testes de vacina contra o HIV sejam generalizáveis para as populações que carregam o maior fardo da infecção pelo HIV”, disse a Dra. Buchbinder.

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