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A verdadeira história da “casa mais isolada do mundo”: um lugar menos solitário do que nos contaram

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Você conhece a história da casa mais isolada do mundo? Teria coragem de viver em um lugar longe da vizinhança, da área urbana e de todos aqueles barulhos?

Bom, alguém conseguiu. E se você já parou para pensar nisso, vai se interessar pela história dessa simpática casinha em um morro isolado, com um folclore na sua história.

A casa mais isolada do mundo

Via IGN

A história da casa mais isolada do mundo na encosta de uma colina verde começa quando um grupo destemido de pessoas decide se mudar para a remota e inóspita ilha de Elliðaey, no arquipélago Vestmannaejar, próximo à costa sul da Islândia, com o objetivo de pesquisar sua fauna.

Esses aventureiros enfrentaram os elementos e resistiram ao teste do tempo até 1930, quando os últimos cinco habitantes restantes optaram por se mudar para o continente.

Na década de 1950, a Associação de Caça Elliðaey resolveu estabelecer uma base na ilha para facilitar as viagens de caça. Entretanto, ao longo das décadas, a casa pouco viu atividades de caça, transformando-se mais em um refúgio para aventureiros do que em qualquer outra coisa.

A ilha de 0,45 km² é classificada como reserva natural e área protegida, devido à sua importância como local de nidificação para aves nativas, especialmente os papagaios-do-mar, que eram abundantes na região.

Atualmente, a casa é de propriedade da Associação de Caça e serve como um albergue solitário e pouco utilizado, visitado por aventureiros destemidos.

Um vídeo de Bjarni Sigurdsson no YouTube mostra seu interior, agora decorado com painéis de madeira, poltronas de couro e pinturas de exploradores e paisagens escandinavas nas paredes. Também é possível observar camas de solteiro em dois quartos no andar superior.

Como chegar à ilha?

Claro, só há uma rota: pelo mar, partindo da costa sul da Islândia. A ilha possui uma pequena “entrada” para barcos menores, embora não seja exatamente um cais (basicamente você precisa segurar-se em uma corda e saltar de um bote).

É recomendável visitá-la apenas durante o verão, devido às marés fortes que ocorrem no restante do ano. A partir daí, é “apenas” uma escalada pela encosta rochosa e íngreme que leva à casa, desprovida de eletricidade e internet.

Via IGN

A farsa da “casa Björk”

Uma lenda urbana acabou se espalhando de que a casa pertencia à cantora islandesa Björk. No entanto, a verdade é que nunca foi dela, e a artista sequer visitou a ilha.

A fake news teve origem em 2000, quando o governo islandês anunciou que daria a ilha para Björk, como reconhecimento por seus feitos pelo país.

A mídia amplificou a notícia, sugerindo que Björk planejava fazer um retiro na ilha remota e estava em negociações para construir um estúdio de gravação em Elliðaey.

Porém, a realidade foi bastante diferente. Primeiramente, Björk nunca fez tal pedido e não negociou nada com o governo, pois desde o início ela recusou a oferta. Em segundo lugar, houve uma confusão entre as ilhas.

A “Elliðaey” que a Islândia ofereceu a Björk não era a mesma ilha retratada na famosa fotografia da “casa mais isolada do mundo”, mas sim uma ilha em Breiðafjörður, no oeste da Islândia.

Nem tão isolada assim

Na teoria, é necessário ser membro da Associação de Caça de Elliðaey para visitar a casa. No entanto, o youtuber americano Ryan Trahan conseguiu passar um tempo lá.

Ele entrou em contato com Bjarni Sigurdsson (o mesmo homem por trás dos vídeos mencionados neste artigo) e o islandês concordou em levá-lo, até oferecendo-se para assar um bife.

Ao contrário dos vídeos de Bjarni, a experiência documentada por Ryan foi muito mais arriscada devido às condições climáticas. Chuva, vento, neblina e marés tornaram a jornada desafiadora.

A dupla estava acompanhada por Ragnar e precisaram retornar antes do planejado devido ao tempo severo. Se tivessem esperado mais para deixar a ilha, poderiam ter ficado presos por uma semana.

Em certo momento, Trahan perguntou mais detalhes sobre a casa. A resposta que recebeu foi surpreendente: não se trata de apenas uma casa (albergue), na verdade, há outra menor nas proximidades que serve para armazenar diversas coisas, como cordas e móveis antigos. Essa cabana é ainda mais antiga que a casa maior e famosa, e costumava abrigar de 6 a 12 pessoas.

Portanto, a história da “casa mais isolada do mundo” é um tanto mais sombria do que imaginávamos. Não é apenas uma casa, mas sim um albergue; Björk nunca esteve perto de morar lá; não foi projetada como refúgio para um apocalipse zumbi; e não é tão isolada quanto aparenta ser.

 

Fonte: IGN

Imagens: IGN, IGN

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