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Anticorpos de lhamas podem ajudar no combate ao COVID-19

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pandemia do coronavírus está deixando todas as pessoas bastante assustadas e surpresas. O COVID-19 surgiu em Wuhan, na China. E por causa de sua intensidade e capacidade de matar as pessoas, o mundo todo está passando por uma situação bastante delicada. E está em estado de alerta. Governos do mundo todo tomaram medidas, para proteger seus cidadãos e evitar um contágio ainda maior.

E com a urgência de tentar conter o mais rápido possível a pandemia, laboratórios do mundo inteiro estão se mobilizando, em busca de uma vacina eficaz contra a Covid-19. E tentar entender um pouco mais sobre esse vírus. Cientistas de 74 países estudam os pontos fracos do  Sars-Cov-2, para tentar descobrir um tratamento que seja eficaz.

Lhamas

Nessa busca, cientistas disseram que as lhamas podem ser uma grande ajuda nessa luta contra o novo coronavírus. Segundo um novo estudo, feito por uma equipe internacional de pesquisadores, os anticorpos que foram encontrados no sangue das lhamas podem evitar infecções pelo coronavírus.

“Este é um dos primeiros anticorpos conhecidos por neutralizar o SARS-CoV-2”, disse o co-autor do estudo Jason McLellan, da Universidade do Texas, em Austin.

Para chegar nesse resultado, os pesquisadores tomaram como base pesquisas feitas quatro anos atrás. Elas mostravam que os anticorpos de uma lhama de nove meses, chamada Winter, conseguiram neutralizar os vírus SARS-CoV-1 e MERS-CoV durante seis meses.

Winter atualmente tem quatro anos e, felizmente, seus anticorpos também conseguiram eliminar o SARS-CoV-2. Que é o vírus que causa o COVID-19.

De acordo com o mostrado pelo The New York Times, essa não é a primeira vez que as lhamas são usadas para pesquisas de anticorpos. Elas também foram usadas em pequisas relacionadas com o HIV e influenza. E ajudaram a descobrir alguns tratamentos promissores.

Anticorpos

Anticorpos são proteínas que o próprio corpo humano produz e que são capazes de reconhecer e neutralizar microrganismos, como por exemplo vírus e bactérias. Eles são produzidos pelos linfócitos B, que são células do sistema imunológico. E são eles que lutam contra os invasores do nosso corpo, como é o caso do novo coronavírus.

E cada animal produz os seus próprios anticorpos. Os anticorpos das lhamas são usados por causa do seu pequeno tamanho. E por isso eles conseguem se conectar mais facilmente com diferentes partes do vírus.

“A ligação desse anticorpo ao spike é capaz de impedir a ligação e a entrada. O que neutraliza efetivamente o vírus”, explicou o co-autor Daniel Wrapp.

Com isso, os cientistas esperam que um tratamento, em forma de terapias com anticorpos, para os recém infectados seja bastante promissor.

“As vacinas precisam ser administradas um ou dois meses antes da infecção para fornecer proteção. Com terapias com anticorpos, você está dando diretamente a alguém os anticorpos protetores. E, imediatamente após o tratamento, eles devem ser protegidos”, disse McLellan.

“Os anticorpos também podem ser usados ​​para tratar alguém que já está doente. Para diminuir a gravidade da doença”, acrescentou.

“Ainda há muito trabalho a fazer para tentar trazer isso para a clínica”, concluiu o outro co-autor Xavier Saelens. Ele é virologista molecular da Universidade de Ghent, na Bélgica.

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