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Artista faz tatuagens grátis para vítimas de violência doméstica

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De acordo com o Mapa da Violência mais recente, realizado em 2012, cerca de 91 mil mulheres foram assassinadas entre 1990 e 2010 – 43 mil só na última década. Nos últimos 30 anos, houve um aumento de 217,6% de assassinatos. Os números colocaram o Brasil na 7ª colocação de 84 países. O Mapa ainda aponta os números referentes à violência doméstica e sexual: 73.633 atendimentos só em 2011, dos quais 48.152 foram de mulheres. Segundo o estudo “praticamente duas em cada três pessoas atendidas no SUS nessa área são mulheres“.

Quase 70% dos casos de feminicídio aconteceram dentro de casa. Quando se trata dos casos de agressão contra a mulher, entre 20 a 49 anos, o estudo revelou que mais de 65% dos responsáveis foram os parceiros. Os números assustam, e mostram uma realidade difícil que se torna cada vez mais evidente. A presidente Dilma Rousseff, inclusive, sancionou a Lei do Feminicídio, que agora prevê penas ainda mais duras.

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A violência doméstica, que pode ser dividida entre violência física psicológica, é capaz de deixar marcas permanentes nas vítimas – muito além das cicatrizes. Ainda assim, as marcas são uma lembrança constante do trauma, e é por isso que a tatuadora brasileira Flavia Carvalho decidiu fazer a diferença para dar as mulheres um pouco mais de paz. Seu projeto, “A Pele da Flor”, consiste em fazer tatuagens gratuitas em mulheres que foram vítimas de violência doméstica, de forma a esconder hematomas mais sérios, além de ferimentos de facas a balas.

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De acordo com Flavia, o projeto começou quando ela tratou uma mulher que queria cobrir uma grande tatuagem em seu abdômen. A mulher foi agredida com um canivete em uma boate, depois de recusar um homem que se aproximou dela. “Quando ela viu a tatuagem pronta, ficou extremamente emocionada, o que me tocou profundamente“, afirmou a tatuadora, que decidiu não parar por aí e fundar o projeto.

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Flavia ainda conta a história de uma garota de 17 anos que, durante meses, sofreu com os abusos do namorado mais velho. “Quando ela queria terminar, ele esfaqueou-a várias vezes em seu abdômen, e violentamente a estuprou”. A cicatriz foi escondida com uma tatuagem, que certamente deixou a imagem do trauma para trás.

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O projeto de Flávia também incluí mulheres que perderam a mama após uma cirurgia de mastectomia. Sem dúvida um trabalho altruísta que faz as mulheres se sentirem muito melhores ao se olhar no espelho (além de deixar os traumas para trás) – e tudo totalmente de graça.

 

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