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Assim seria nosso céu se pudéssemos ver a auréola em volta de Andrômeda

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O nosso universo é extremamente gigante, indo além do que podemos imaginar. O universo é composto por galáxias, tendo nelas, planetas, estrelas, cometas e vários outros elementos. Além de acontecerem os mais variados fenômenos sempre.

As galáxias são muito grandes com bilhões ou trilhões de estrelas girando ao redor de um buraco negro supermassivo. Mas a influência dele não acaba por aí. Uma grande auréola esférica de gás envolve uma galáxia. E ela alcança bem mais longe do que a população principal de estrelas, funcionando como uma atmosfera galáctica.

De acordo com as observações feitas pelo telescópio Hubble de nosso vizinho galático mais próximo, Andrômeda, é visto como essas auréolas podem ser enormes. Segundo uma nova análise, as auréolas gasosas de Andrômeda e da Via Láctea já estão se tocando o espaço de 2,5 milhões de anos-luz entre os discos estrelares.

E se nós conseguíssemos ver a auréola de Andrômeda no céu à noite, ela pareceria ter mais de 100 vezes o diâmetro aparente da lua cheia. Mas infelizmente nós não podemos vê-la. Pelo menos não com nossos próprios olhos.

Observação

Mas o telescópio Hubble não é tão limitado assim. E na nova pesquisa, feita por ele sobre a auréola de Andrômeda, está ajudando os pesquisadores a entender o passado da galáxia. E isso pode ajudar na compreensão de como as galáxias evoluem.

“Compreender as enormes auréolas de gás ao redor das galáxias é extremamente importante. Este reservatório de gás contém combustível para a futura formação de estrelas dentro da galáxia, bem como fluxos de eventos como supernovas. Está cheio de pistas sobre a evolução passada e futura da galáxia e finalmente podemos estudá-la em grande detalhe em nosso vizinho galáctico mais próximo”, disse a astrofísica Samantha Berek, da Universidade de Yale.

A galáxia de Andrômeda é parecida com a nossa, já que as duas são galáxias espirais e tem tamanho e massa parecidos. Além disso, ambas tem taxas de formação de estrelas relativamente baixas.

E os pesquisadores não consegue interpretar a auréola da Via Láctea porque estamos nela. Então, aprender sobre a de Andrômeda pode dar informações sobre a nossa própria auréola.

Nesse estudo, a  equipe de pesquisadores, que foi liderada elo astrofísico Nicolas Lehner, da Universidade de Notre Dame, se voltou para o estudo de quasares distantes. Eles são núcleo galácticos que estão vorazmente ativos. E expelem grandes quantidades de radiação para o espaço enquanto seus buracos negros supermassivos devoram grandes quantidades de matéria.

Galáxia

Conforme a luz ultravioleta dos quasares perto de Andrômeda viajam na auréola da galáxia, parte dela  absorvida pelos gases nela. Nas observações espectroscópicas dessa luz ultravioleta, os cientistas puderam procurar características de absorção que mostram a presença  de determinados elementos.

Lehner e sua equipe já tinham usado esse método anteriormente em seis quasares para ver que a auréola de Andrômeda era muito maior do que o pensado anteriormente. Essa nova pesquisa foi feita com 43 quasares e eles conseguiram detectar gases ionizados de oxigênio, silício e carbono no espaço em volta de Andrômeda.

Analisando como o gás é distribuído os pesquisadores conseguiram mapear a extensão dela e discernir uma estrutura. Eles descobriram que a auréola se estende entre 1,3 e 1,85 milhões de anos-luz da galáxia. Além disso, eles detectaram nela grande quantidades de elementos mai pesados que são forjados durante as explosões de supernovas.

“Descobrimos que a camada interna que se estende por cerca de meio milhão de anos-luz é muito mais complexa e dinâmica. A camada externa é mais lisa e quente. Essa diferença é provavelmente resultado do impacto da atividade da supernova no disco da galáxia, afetando mais diretamente a auréola interna”, disse Lehner.

“Este é realmente um experimento único, porque apenas com Andromeda temos informações sobre sua auréola ao longo não apenas de uma ou duas linhas de visão, mas de mais de 40. Isso é inovador para capturar a complexidade de uma auréola de galáxia além de nossa Via Láctea”, concluiu.

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