Curiosidades

Asteroide passará próximo à Terra e será visível a olho nu

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Vários asteroides já passaram perto do nosso planeta e viraram notícia. Nesse sentido, os que irão passar também acabam virando notícia e às vezes até motivo de preocupação. Felizmente, nenhum deles colidiu com a Terra. Contudo, isso não quer dizer que eles não continuem passando perto de nós.

Um exemplo disso acontecerá nesse sábado, dia 29 de junho, quando um asteroide irá passar perto da Terra. Chamado 2024 MK, esse corpo celeste irá proporcionar um espetáculo no céu.

Asteroide passando perto da Terra

Correio braziliense

De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), o asteroide tem entre 130 e 280 metros de diâmetro e irá poder ser visto com binóculos simples. Claro que um asteroide passando perto da Terra pode ser algo tido como ameaçador, mas essa passagem irá ser inofensiva e bem rara, visto que o corpo celeste estará mais perto do nosso planeta do que a lua.

Para se ter uma noção, a distância média entre a lua e a Terra é de 384 mil quilômetros, e esse asteroide irá passar a 296 mil quilômetros do nosso planeta. Embora a distância seja “pequena”, especialistas da ESA disseram que não existe nenhum risco de colisão de acordo com os cálculos da órbita dele.

Como dito, essa passagem poderá ser vista com um telescópio amador ou com um binóculos simples. A passagem poderá ser observada no hemisfério sul até seu ponto de maior proximidade com a Terra. E conforme ele vai se afastando do nosso planeta, a observação irá ser mais fácil no hemisfério norte. Outra forma de observar também será através das transmissões feitas por vários sites.

Possível colisão

CNN

Por mais que esse asteroide que irá passar perto da Terra não irá colidir com nosso planeta, a história já mostrou que isso é uma possibilidade. E no caso de algum tão grande quanto o que dizimou os dinossauros estar vindo em direção à Terra, o que seria feito? Felizmente não existe nenhum asteroide em rota de colisão com nosso planeta pelos próximos 100 anos. No entanto, o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA continua fazendo o monitoramento das rochas espaciais que são potencialmente perigosas.

No sistema solar existem dezenas de milhões de asteroides, com vários deles estando no Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter. Uma parte deles se aproxima da Terra e, por conta disso, são considerados asteroides próximos da Terra (ou NEOs). Dentre esses NEOs, existem alguns que têm pelo menos 140 metros de diâmetro e estão em órbitas que chegam até 7,4 milhões de quilômetros da Terra.

Nesses casos, eles são chamados de asteroides potencialmente perigosos. Isso porque, se algum atravessasse a atmosfera terrestre sem se queimar e atingisse uma cidade grande, ele poderia causar grandes danos. Aqui que o trabalho do Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da NASA entra em ação.

“Nós definitivamente queremos encontrar todos esses asteroides antes que eles nos encontrem”, disse Lindley Johnson, executivo líder do programa do Escritório.

Para conseguir isso, a agência norte-americana trabalha junto com a International Asteroid Warning Network (IAWN), que é uma rede global de astrônomos. Então, se algum asteroide perigoso for detectado vindo em direção ao nosso planeta, os membros desse grupo compartilham as observações que fizeram entre si para fazer a verificação da descoberta e a análise da dimensão do risco.

No caso de todos concordarem que o momento de se preparar para a colisão realmente chegou, a NASA iria emitir um alerta público. “Eu não tenho um telefone vermelho na minha mesa e nem nada do tipo”, brincou Johnson. Se esse cenário de colisão fosse uma realidade, ele e os outros profissionais iriam seguir procedimentos formais e iriam fazer a notificação do impacto.

Se o asteroide estivesse na direção dos EUA, por exemplo, a NASA avisaria a Casa Branca. Então, o governo iria comunicar o que estava acontecendo para a população. E se o asteroide fosse grande o bastante para ser uma ameaça internacional, a IAWN iria informar o Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior.

Até agora, a IAWN detectou mais de 34 mil asteroides perto do nosso planeta. Desses, cerca de 2.300 são asteroides potencialmente perigosos conhecidos. E, pelo menos, 153 têm um quilômetro de diâmetro, o que é um tamanho suficiente para gerar uma catástrofe na Terra se houvesse uma colisão.

Para que uma colisão fosse evitada seriam necessários entre cinco e 10 anos. Então, se o impacto fosse acontecer em menos do que esse tempo não teria muito o que ser feito. Por conta disso que a IAWN trabalha para descobrir as rochas com a maior antecedência possível.

“Isso nos dá bastante tempo para tentar fazer algo a respeito deles enquanto ainda estão no espaço, evitando completamente qualquer catástrofe aqui na Terra”, finalizou Johnson.

Fonte: Litoral mania,  Canaltech

Imagens: CNN, Correio braziliense

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