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Astronautas ‘presos’ ainda não retornaram à Terra

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Por vários anos, os humanos sonham em viver no espaço. E graças ao lançamento de uma Estação Espacial Internacional (ISS), as pessoas começaram a entendê-lo. O mais incrível é que essa ideia não passava de pura ficção científica décadas atrás. Contudo, por mais que seja algo super interessante sair da Terra, as pessoas querem voltar para o nosso planeta. No entanto, esses astronautas estão presos na ISS.

Por mais que a espaçonave Starliner da Boeing tenha atracado na ISS no começo desse mês, com os astronautas Butch Wilmore e Suni Williams, da NASA, a jornada deles não foi tão fácil assim. Na realidade, ela foi marcada por vários problemas, como cinco vazamentos de hélio no sistema de propulsores. Isso fez com que a NASA tivesse que estender a missão duas vezes.

Astronautas presos na ISS

O Globo

Esses astronautas decolaram no dia cinco de junho da Flórida e estavam previstos para voltarem para a Terra no dia 26 de junho. Contudo, essa volta deles foi adiada mais uma vez, conforme o anúncio da NASA.

De acordo com a agência, a cápsula pode ficar na ISS por mais 45 dias ou mais se for preciso. Enquanto isso, os astronautas continuarão “presos” por lá.

Atraso da Starliner

O Globo

Como dito, a Starliner decolou no dia cinco de junho da Flórida em um foguete Atlas V da United Launch Alliance, depois de vários atrasos, problemas de segurança e duas tentativas de lançamento que acabaram sendo abortadas com os astronautas já prontos.

No momento da acoplagem, cinco dos 28 propulsores da cápsula falharam conforme ela ia se aproximando da ISS. Depois disso, todos, menos um propulsor, foram reiniciados e funcionaram em um teste de disparo. E o propulsor que está com problemas foi desligado, já que de acordo com a Boeing, ele não é vital para a vigem de volta dos astronautas.

Outro problema visto na Starliner foram pequenos vazamentos de hélio, que é o gás inerte usado para pressurizar bombas dos propulsores. No entanto, a NASA e a Boeing disseram que existe um suprimento grande desse gás e os vazamentos estão estáveis e não são um motivo de preocupação.

“Até agora, não vemos nenhum cenário em que o Starliner não vá conseguir levar Butch e Suni para casa”, disse Stich na semana passada.

Depois desse novo atraso, a NASA e a Boeing disseram que estão analisando possíveis datas para que os astronautas presos na ISS voltem a pousar na Terra. Conforme a Boeing, o certo é que a nave irá ficar na estação por 45 dias ou mais.

Estar no espaço

Tecmundo

No caso desses astronautas, eles estão “presos” na ISS, eles ficarão por um tempo maior do que era planejado e isso tem suas consequências no corpo tanto externa como internamente. Até porque, a microgravidade afeta de forma significativa o sistema imunológico deles.

Um estudo está tentando entender o motivo pelo qual o corpo humano “enfraquece” depois que entra em um local com microgravidade. Tanto é que a saúde dos astronautas tem sido problema principal no planejamento de viagens espaciais muito longas.

O estudo foi feito pelo Instituto Karolinska, na Suécia, mostra que o efeito causado pela microgravidade no sistema imunológico dos astronautas pode ser bastante significativo. Isso foi visto através de simulações, com oito pessoas, em um ambiente de imersão a seco por 21 dias.

Essa imersão foi feita em uma instalação especial que, por mais que não use água, o corpo das pessoas fica parcialmente ou completamente imerso em uma estrutura com partículas pequenas, como grãos de areia. Assim, os participantes puderam experimentar uma sensação de leveza e simular as mudanças fisiológicas que acontecem com os astronautas no espaço.

“Para que os astronautas possam realizar missões espaciais seguras, precisamos de compreender como os seus sistemas imunológicos são afetados para tentar encontrar formas de contrariar as alterações prejudiciais”, disse Lisa Westerberg, líder do estudo e principal investigadora do Departamento de Microbiologia, Tumor e Biologia Celular do Instituto Karolinska.

Feito o experimento, os pesquisadores analisaram amostras de sangue dos participantes, antes e depois do experimento. Com isso, eles viram mudanças nos dados genéticos relacionadas às células T, conhecidas também como linfócitos T. Eles são responsáveis pelas funções imunológicas.

Depois de ficarem duas semanas em imersão a seco, as mudanças foram mais significativas porque eles começaram e ter células “menos maduras”. De acordo com o estudo, essas células diminuem o risco de vários problemas, como por exemplo, células infectadas e cancerígenas. Então, quando a atividade delas é diminuída, as pessoas podem ter um risco maior de doenças autoimunes, infecções e outros problemas de saúde.

Portanto, os pesquisadores acreditam que seu estudo irá influenciar de forma positiva a segurança e saúde dos astronautas nas próximas missões ao espaço. “Os próximos passos da exploração do espaço profundo são missões tripuladas à Lua e à Marte. Para missões espaciais seguras para os membros da tripulação, é importante compreender o impacto do voo espacial no sistema imunológico. Estes dados sugerem que as células T se adaptam religando os seus transcriptomas em resposta à ausência de peso simulada e que os sinais de remodelação persistem quando reexpostos à gravidade normal”, pontuou o estudo.

Fonte: O Globo,  Tecmundo

Imagens: O Globo, Tecmundo

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