Inovação

Bactérias podem mudar como usamos bateria recarregável

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Uma nova e inovadora bateria recarregável, alimentada por bactérias, promete transformar a forma como geramos eletricidade.

Este dispositivo revolucionário oferece uma solução simples: basta enterrá-lo no solo para obter energia limpa e sustentável durante 24 horas. Além de ser uma alternativa ecológica, a invenção é notavelmente econômica, possui uma vida útil que se estende por décadas e não requer manutenção.

Desenvolvida pela startup britânica Bactery, esta bateria recarregável utiliza os elétrons produzidos pelas bactérias presentes no solo para gerar eletricidade.

O funcionamento da bateria se baseia nas “células de combustível microbianas do solo” (SMFCs), que capturam energia das reações químicas naturais das bactérias.

O processo de geração de energia ocorre da seguinte maneira:

1. Captura de energia: A bateria utiliza SMFCs para capturar a energia gerada pelas reações químicas das bactérias no solo.

2. Eletrodos no solo: Eletrodos são posicionados no solo e conectados a um circuito externo.

3. Geração de eletricidade: Os eletrodos obtêm os elétrons produzidos pelos microrganismos à medida que eles consomem compostos orgânicos na terra, gerando eletricidade.

4. Armazenamento de energia: É possível conectar pilhas à bateria recarregável para armazenar a energia externamente, permitindo seu uso posterior.

De acordo com a Euronews, esse conceito foi testado com sucesso em um sistema de filtragem de água no Brasil, demonstrando sua eficácia e potencial de aplicação em diferentes contextos.

Com sua promessa de energia limpa, baixo custo, durabilidade e ausência de necessidade de manutenção, esta bateria recarregável movida a bactérias pode ser um marco significativo no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis para a geração de eletricidade.

Via Pexels

Bateria recarregável para agricultura

A tecnologia se destaca pela sua infraestrutura simplificada, processo de instalação descomplicado e baixa necessidade de manutenção, tornando-se aplicável em diversas áreas, incluindo a agricultura.

Neste setor, é possível utilizar sensores e dispositivos conectados à internet para monitorar plantações, reduzindo custos significativamente.

Isso elimina preocupações com flutuações nos preços de energia, necessidade de manutenção frequente e dependência das condições meteorológicas, como ocorre com as energias solar e eólica.

Além disso, as vantagens da bateria recarregável são notáveis: oferece geração contínua de energia ao longo de 24 horas, possui uma vida útil superior a 25 anos e apresenta um custo acessível de apenas £ 25 (cerca de R$ 170).

Próximos passos

Segundo Jakub Dziegielowski, envolvido no estudo da bateria de bactérias, avanços na compreensão dos processos bioeletroquímicos possibilitaram entender melhor as reações dos microorganismos no solo e como aproveitá-las de maneira eficiente.

Em entrevista, ele destacou que esse conhecimento foi fundamental para maximizar a extração de energia e garantir a geração contínua de eletricidade ao longo de anos.

No próximo ano, a Bactery planeja continuar refinando os protótipos, visando iniciar a produção em pequena escala. A previsão é que as vendas comerciais comecem em 2026.

As mais comuns

Via Pexels

As baterias recarregáveis mais comuns, ao contrário desse modelo com bactérias, utilizam diferentes materiais e tecnologias para armazenar e liberar energia.

Baterias de Íon-Lítio (Li-ion)

As baterias de íon-lítio são amplamente usadas em eletrônicos portáteis, como smartphones e laptops, além de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia.

Elas são compostas por um cátodo de óxido de lítio cobalto (LiCoO₂) e um ânodo de grafite.

Suas principais vantagens incluem alta densidade de energia, baixo peso e vida útil prolongada. No entanto, são sensíveis a altas temperaturas e podem ser mais caras em comparação a outras baterias.

Baterias de Níquel-Cádmio (NiCd)

As baterias de níquel-cádmio são conhecidas por sua durabilidade e capacidade de fornecer alta corrente. Elas são comuns em ferramentas elétricas, equipamentos médicos e sistemas de emergência. Utilizam óxido de níquel e cádmio metálico como materiais ativos.

Suas vantagens incluem resistência a ciclos profundos de descarga e longa vida útil, mas apresentam o efeito memória, que pode reduzir a capacidade da bateria se não forem descarregadas completamente de forma regular. Além disso, o cádmio é tóxico, tornando o descarte dessas baterias ambientalmente desafiador.

Baterias de Níquel-Metal-Hidreto (NiMH)

As baterias de níquel-metal-hidreto são uma evolução das baterias NiCd, úteis em aplicações como veículos híbridos, equipamentos portáteis e alguns eletrônicos de consumo.

Elas utilizam hidreto metálico para o ânodo e óxido de níquel para o cátodo. As principais vantagens das baterias NiMH incluem maior capacidade de energia em comparação com as NiCd e menos impacto ambiental por conta da ausência de cádmio.

No entanto, elas têm uma taxa de autodescarga relativamente alta e podem ser menos eficientes em temperaturas extremas.

Baterias de Chumbo-Ácido

As baterias de chumbo-ácido são uma das tecnologias de baterias recarregáveis mais antigas e servem em veículos automotivos, sistemas de energia de reserva e sistemas solares off-grid.

Elas consistem em placas de chumbo e dióxido de chumbo imersas em ácido sulfúrico. Suas vantagens incluem baixo custo, alta capacidade de corrente e robustez. Contudo, são pesadas, volumosas e têm uma vida útil relativamente curta em comparação com outras tecnologias modernas de baterias.

 

Fonte: Olhar Digital, Mundo Escola

Imagens: Pexels, Pexels

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