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Beija-flores veem cores que nem conseguimos imaginar

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A maioria dos seres humanos possui cinco sentidos que te ajudam a perceber o muito ao seu redor. A ciência já estudou novos sentidos que podem mostrar que temos até mais que os cinco que todos sabemos: tato, paladar, olfato, audição e visão. Dentre eles, a visão certamente é um dos mais utilizados e determinantes na nossa percepção das coisas.

Além dos seres humanos, o sentido também é essencial para diversas outras espécies do reino animal. Os olhos são fundamentais na determinação não só do que é visto, mas também sentido e compreendido em todos os ambientes.

E claro que a visão é diferente e específica de cada espécie. E até mesmo na mesma espécies, como nós por exemplo, pode existir indivíduos que veem, ou não, determinadas cores. E nós não vamos todas as cores que existem no mundo.

Os beija-flores por exemplo, tem em seus olhos um tipo de cone extra que dá a eles a possibilidade de enxergar cores que nós humanos não vemos. Isso quer dizer que eles podem ver comprimentos de onda ultravioleta. Com essa visão, eles têm um comportamento específico de alimentação, acasalamento e fuga dos predadores.

Olhos

Nós temos três tipos de cones sensíveis a cores em nossa retina. Já os pássaros, possivelmente, tem quatro tipos. Isso faz com que nós possamos ver as luzes vermelha, verde, azul e todas as suas misturas. Mas o cone a mais nos pássaros faz com que eles vejam um leque muito maior de cores.

Dá para imaginar a quantidade de cores que os pássaros veem só de pensar que as combinações das cores que nós vemos já são muitas. Então a variedade vista pelos beija-flores é muito maior.

“Humanos são daltônicos comparados com aves e outros animais”, diz a bióloga Mary Stoddard, da Universidade de Princeton.

Os cientistas acreditam que por causa desse cone extra, os beija-flores podem ver, pelo menos, cinco cores fora do nosso espectro. Incluindo o roxo e as combinações de ultravioleta com vermelho, verde, amarelo e roxo.

Experimento

Para conseguir colocar a prova essa hipótese, Stoddard e sua equipe usaram tubos de LED, que eram programados para mostrar várias cores, incluindo as cores não-espectrais. Os equipamentos foram colocados perto dos bebedouros para beija-flores. E alguns dele tinham água com açúcar.

Os conteúdos dos bebedouros eram diferentes e estavam perto de LED’s com cores diferentes. Depois de um primeiro teste, os pesquisadores mudaram o lugar do bebedouros que foram acompanhados das suas cores específicas. Eles fizeram isso para conseguir verificar se os beija-flores usariam as cores para identificar quais eram os bebedouros que tinha a água com açúcar.

Eles viram que sim. Os beija-flores podiam distinguir, com facilidade, entre as cores não espectrais qual eram os bebedouros que tinham a água com açúcar.

“As luzes ultravioleta+verde e verde pareciam idênticas para nós, mas os beija-flores continuavam escolhendo corretamente a luz ultravioleta+verde associada com a água açucarada”, disse o coautor do estudo Harold Eyster, da Universidade de British Columbia.

Novas cores

O estudo foi impressionante, mas ele ainda não foi capaz de comprovar de uma vez por todas que os pássaros têm um sistema visual tetracromático. Estudos a mais são necessários para testar esse limite da percepção de cores pelos pássaros.

“Será que UV+verde parece para as aves como uma mistura dessas cores de forma análoga ao acorde duplo tocado por um violinista. Ou tão sublime quanto uma nova cor análogo a um tom completamente diferente de seus componentes? Não podemos dizer”, escreveram os autores.

Um segundo estudo, analisou a composição de mil tipos de penas das aves e quase 2400 tipos de plantas. O resultado foi que 30% deles tinham cores fora do espectro. Isso mostra que existe todo um mundo de cores que não é acessível para nós humanos, mas que as aves conseguem ver.

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