Arqueólogos encontraram um capacete de metal com 2.500 anos de idade dentro de um túmulo na Croácia.
Essa descoberta surpreendente sugere que poderia ter acontecido uma espécie de oferta dedicada a uma divindade ou parte de práticas rituais.
O líder da escavação, Hrvoje Potrebica, professor de arqueologia da Universidade de Zagreb, explicou que o capacete estava dentro de uma estrutura de pedra localizada em um monte funerário no sítio arqueológico de Gomile.
Este sítio, próximo à aldeia de Zakotorac, na Península de Pelješac, às margens do Mar Adriático, se caracteriza por vários montes funerários que abrigam múltiplos túmulos, cada um contendo diversos enterros. Potrebica compartilhou essas descobertas com o site Live Science.
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Capacete de metal
De acordo com registros antigos gregos, os ilírios surgiram na região durante a mesma época da construção do capacete em forja. Este povo ilírio estava dividido entre várias tribos e reinos e acabou sendo gradualmente subjugado pelos romanos ao longo de uma série de conflitos entre 229 e 168 a.C.
A estrutura de pedra onde o capacete foi descoberto estava isolada de todas as sepulturas dentro do monte funerário. Isso sugere que sua concepção era, originalmente, um local para oferendas votivas aos antepassados que morreram. Ou, ainda, como parte de práticas rituais relacionadas a todo o monte, em vez de se associar a um indivíduo específico ou túmulo, conforme explicou Potrebica.
Domagoj Perkić, diretor do Museu Arqueológico, faz parte dos Museus de Dubrovnik e é um pesquisador envolvido na escavação. Ele especula que se o capacete recentemente descoberto foi usado em combate, poderia ter exercido um efeito psicológico sobre os oponentes.
Ele descreve um exemplo onde um guerreiro com um ‘capacete reluzente’ sobre a cabeça, sob o sol, surge na véspera de uma batalha. A mera visão disso poderia inspirar espanto no inimigo.
Além disso, de acordo com Potrebica, em 2020 arqueólogos descobriram outro capacete armazenado em uma estrutura de pedra dentro de um túmulo próximo.
Assim como o artefato recentemente encontrado, este provavelmente também não foi destinado a um indivíduo específico ou túmulo.
O Centro de Pesquisa Pré-histórica de Zagreb, cujo presidente é Potrebica, está liderando as investigações no sítio de Gomile em colaboração com cientistas dos Museus de Dubrovnik e do Instituto de Arqueologia da Croácia.
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Espada milenar ‘Excalibur’
E esta semana foi positiva para as descobertas arqueológicas. Além do capacete de metal e suas representações históricos, recentemente outro objeto intrigante apareceu para historiadores.
Trata-se de uma espada rara e ancestral apelidada de “Excalibur”, encontrada em Valência, Espanha.
Contrariando as associações com a lendária arma do Rei Arthur, um novo estudo revelou que o artefato teve uso pela última vez quando partes da região espanhola ainda estavam sob controle muçulmano.
Esta espada de ferro, com 46 centímetros de comprimento, estava em uma residência da era islâmica próxima ao antigo fórum romano. Seu punho tem adornos com placas de bronze e apresenta entalhes que facilitam seu manuseio, conforme divulgado em comunicado.
Descoberta em posição vertical dentro de uma sepultura, a espada recebeu seu apelido em referência à lendária arma associada ao Rei Arthur, que, de acordo com a mitologia medieval, extraiu a espada de uma pedra, ascendendo assim ao trono da Grã-Bretanha.
Ambos os achados, a espada e o capacete de metal, mostram como ainda existem objetos que podem complementar as lacunas da história que não conhecemos.
Além disso, são símbolos de uma outra era, trazendo informações importantes sobre costumes, tradições e até mesmo sobre a forma como esses povos se protegiam e defendiam suas terras.
O capacete de metal e a espada passarão por análises mais detalhadas, mas espera-se que entrem em exibição para inspirar outras pessoas que os visitem.
Fonte: Olhar Digital
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