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Cientistas deram ecstasy para polvos e foi isso que aconteceu

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Você já viu como um animal fica quando usa drogas? Quando os humanos tomam ecstasy, por exemplo, eles ficam felizes e extrovertidos momentaneamente. Alguns cientistas acharam que os mesmos efeitos podiam aparecer em outras espécies, especificamente nos polvos. E qual seria a maneira de descobrir isso? Obviamente dando a droga para os animais.

Eles então deram a droga, também conhecida como MDMA, para sete polvos. O resultado foi quase inacreditável. Os polvos têm uma inteligência fora do normal, isso é um fato. Esse animal tem um sistema nervoso descentralizado que inclui centros de controle para cada braço além do cérebro em si. O resultado dessa experiência? A gente conta para vocês nessa matéria.

Comportamentos sociais

Gül Dölen e seu colega Eric Edsinger questionaram se a química por trás dos comportamentos sociais humanos também poderia existir em polvos (animais solitários). Primeiro foi analisado o genoma do polvo e foi descoberto que seus genes parecem codificar transportadores de serotonina (proteínas responsáveis por movimentar as moléculas de serotonina para as células cerebrais).

A serotonina, para quem não sabe, é responsável pela sensação de bem estar. Quando um humano consome ecstasy, a droga faz com que as proteínas transportadoras dessa molécula mudem a maneira como essa substância passa entre as células cerebrais. Isso provavelmente produz a sensação elevada e agradável, podendo causar o aumento na extroversão que a droga causa em muitos.

O experimento

Então, foi dado a droga para os animais em um taque de laboratório. O foco era saber se os polvos iriam ser mais sociais depois de tomar a substância. Depois de ficar em um tanque com a droga, eles foram levados para uma câmara com três salas para escolher. A sala 1 era a central, a 2 tinha um polvo macho e a 3 um brinquedo.

Antes de usar a droga, os polvos evitaram a sala com o polvo macho. Porém, depois do MDMA, os animais passaram a não evitar a sala com o polvo macho. Eles também tocaram o outro polvo de uma maneira que parecia ser exploratória, em vez de agressiva.

O estudo concluiu que mesmo esses animais têm cérebros diferentes dos humanos, o comportamento social está dentro das próprias moléculas codificadas por nosso DNA. “Um polvo não tem um córtex e não tem um circuito de recompensa. E, ainda assim, ele é capaz de responder ao MDMA e produzir os mesmos efeitos em um animal com uma organização cerebral totalmente diferente. Para mim, isso significa que realmente precisamos entender que o fim comercial dessas coisas está no nível da molécula”, explicou Gül Dölen, professora assistente de Neurociência na Universidade Johns Hopkins.

Mas afinal, os polvos ficaram “doidões” depois de serem banhados com a droga? Na verdade isso não foi discutido pelo fato de ser difícil qualificar sem antropomorfizar os polvos.

Mas e você, tinha ideia de qual seria o efeito do MDMA em um animal como esse? Comente!

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