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Cientistas descobrem como cogumelos mágicos são ”botão de reset” do cérebro

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Apenas uma pequena porção colocada no organismo e o mundo já se transforma num lugar colorido e completamente fantasioso. As pessoas se movem de uma forma mais lenta ou o mundo parece muito mais agitado. Os efeitos podem ser variados, mas as drogas prometem sensações difíceis de se encontrar em outras experiências.

Cada droga pode prometer uma viagem diferente e uma onda que combina com cada momento, mas a verdade é que todas possuem algo em comum: afetam o funcionamento do cérebro a curto ou longo prazo.

E essa alteração no cérebro sempre é de bastante interesse para os cientistas. Tanto que uma equipe internacional, liderada por pesquisadores da Universidade de Oxford, usou modelos cerebrais para tentar entender como substâncias alucinógenas, que estão presentes em determinados cogumelos, podem “reformatar” ou “reequilibrar” o cérebro humano.

Usar “cogumelos mágicos” tem sido sugerido para tratar algumas condições como depressão e vício. O que os pesquisadores queriam entender melhor é de que maneira esse produtos químicos agem no cérebro.

Modelo

Para isso, eles construíram um modelo do cérebro humano sob influência da psilocibina, que é uma substância presente popularmente nos cogumelos mágicos. De acordo com o que foi mostrado pelo modelo, quando nessa condição, o cérebro cria uma feedback de atividade neural e liberação de neurotransmissores. Que são mensageiros químicos que os neurônios usam para se comunicar.

Isso pode fazer com que o cérebro consiga tirar proveito de  estados que de outra forma seriam inacessíveis. Como por exemplo, a desestabilização de redes cerebrais individuais e a criação de uma rede mais global em todo o cérebro.

Essa pode ser a explicação de porque os cogumelos mágicos causam experiências psicodélicas. Mas também pode destacar o potencial dessas substâncias para serem usadas em tratamentos de distúrbios, como  a depressão.

“Usar esse modelo será crucial para compreendermos completamente como a psilocibina pode reequilibrar distúrbios neuropsiquiátricos como depressão resistente a tratamentos e vício”, disse o principal autor do estudo, Morten Kringlebach, da Universidade de Oxford.

Estudo

O modelo foi montado a partir de imagens dos cérebros de nove participantes que tomaram injeções de psilocibina ou então placebo. Depois disso, os cientistas criaram um para com todos os neurônios e as atividades de neurotransmissores que foram observadas.

Geralmente, quando os neurônios são ativados, os neurotransmissores vão por caminhos já conhecidos pelo cérebro. Mas quando alguém está sob a influência dos cogumelos, as redes são desestabilizadas. E é como se surgissem novos caminhos para que eles circulem de maneira mais livre.

Já é sabido pelos cientistas que a psilocibina imita a serotonina, que é um neurotransmissor associado a felicidade e ao amor. Mas o modelo feito por eles mostrou que essa substância vai além. Ela combina os efeitos da atividade neural com a liberação de neurotransmissores como a serotonina.

Quando os pesquisadores tentaram ajustar o modelo para que esses dois processos trabalhassem de forma independente, a desestabilização da rede cerebral não aconteceu. Essa quebra também aconteceu quando os cientistas trocaram o receptor de serotonina por outros tipos.

A conclusão foi que o receptor certo e determinados padrões de atividade neuronal são necessários pra que a psilocibina funcione.

Funcionalidade

Os pesquisadores esperam que seu modelo ajude a entender melhor alguns mistérios do  cérebro. E também a entender formas de usar as substâncias psicodélicas como terapia. É sabido que o cérebro tem um arsenal atômico e que ele pode rodar vários “softwares” que vão dar origem a vários estados diferentes.

Segundo Kringlebach, os cogumelos mágicos mostram que o cérebro é capaz de usar o ser “hardware” fixo de várias formas diferentes se tiver os ingredientes certos. O que é preciso entender é quais são s ferramentas que o cérebro precisa para conseguir rodar diferentes tipos de software.

“Este novo modelo nos fornecerá as ferramentas causais muito necessárias para potencialmente projetar novas intervenções para aliviar o sofrimento humano em distúrbios neuropsiquiátricos”, concluiu Kringlebach.

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