Ciência e Tecnologia

Cientistas descobriram uma nova forma de produzir energia radioativa para a exploração espacial

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O combustível plutônio-238 mostrou sua efetividade em algumas das missões já lançadas pela Agência Espacial Americana, ou como é mais conhecida, a NASA. Ele já foi utilizado na sonda Curiosity Mars, na Cassini e nas sondas gêmeas Voyager, que estão cruzando o espaço neste momento. Entretanto, a produção deste isótopo radioativo é bem complicada. Ao menos, até agora.

Cientistas do Laboratório Nacional Oak Rifge (ORNL, na sigle em inglês), em nome do Departamento de Energia dos EUA, parecem ter descoberto meios para automatizar a produção de pastilhas de óxido de neptúnio e alumínio. Assim, as pastilhas de alta densidade poderão ser irradiadas e processadas quimicamente no plutônio-238, o que significa que a produção do isótopo se tornara muito mais fácil.

Plutônio-238

“A automação substitui uma função que nossa equipe fez manualmente e deve aumentar a produção de pastilhas comprimidas de 80 para 275 por semana”, disse o membro do ORNL, Bob Wham.

Este isótopo particular de plutônio é capaz de continuamente produzir calor devido ao seu decaimento radioativo natural e é relativamente estável e seguro, emitindo baixos níveis de radiação beta e gama. Sua meia-vida é de 87,7 anos, permitindo assim que ele produza a mesma quantidade de energia por muitas décadas.

As sondas Voyager 1 e 2 foram lançadas em 1977, e até os dias atuais seus instrumentos científicos continuam em pleno funcionamento e provavelmente funcionarão por mais alguns anos, devido ao seu armazenamento de plutônio-238. Embora o isótopo tenha surgido como um subproduto do plutônio para armas, o plutônio-239, você não o encontrará em bombas atômicas e usinas nucleares.

Depois que a Guerra Fria acabou, o mundo se encontrou com baixos estoques do isótopo. Foi então que os Estados Unidos voltaram a produzir o material, a pedido e para uso da NASA. Segundo informações do ORNL, a Agência Espacial possuía aproximadamente 35 quilos do plutônio 238, o suficiente para apenas duas ou três missões espaciais.

Os pesquisadores esperam que a solução encontrada consiga suprir as necessidades da NASA, antes que a redução de suprimentos chegue a um nível crítico. “Automatizar parte do processo de produção do Pu-238 está ajudando a impulsionar a produção anual de 50 para 400 gramas, aproximando-se da meta da Nasa de 1,5 kg por ano até 2025”, concluiu Wham.

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