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Como é a vida das pessoas que estão confinadas em cruzeiros desde o início da pandemia?

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Em um momento tão incerto como este que é o da pandemia, acredita-se que há cerca de 54,2 mil tripulantes a bordo de 85 cruzeiros na costa dos Estados Unidos. Dessa forma, essas pessoas estão presas nos cruzeiros há cerca de 50 a 60 dias. Dito isso, nos perguntamos: como é a vida das pessoas que estão confinadas em cruzeiros desde o início da pandemia?

Em um artigo publicado no dia 17 de maio, o jornal ‘Miami Herald’ estimou que existem mais de 100 pessoas nessa situação em todo o mundo. Isso porque, a indústria de cruzeiros suspendeu as operações no início de março devido à pandemia do novo coronavírus. Entretanto, para funcionários de cruzeiros, essa situação se tornou um verdadeiro pesadelo.

Funcionários estão presos em cruzeiros há mais de dois meses

No início de março, Caio Saldanha e sua namorada, Jessica Furlan, chegaram aos Estados Unidos. Com isso, eles planejavam começar uma nova vida trabalhando a bordo de um navio de cruzeiro de luxo. No entanto, nada saiu como o esperado. No dia 13 de março, um dia após o casal embarcar no navio, o ‘Centro de Controle de Doenças’ (CDC, em inglês) emitiu uma ordem que suspenderia a partida de todos os cruzeiros. Assim, como já haviam embarcado, eles precisavam aguardam o repatriamento.

Estando à bordo do navio ‘Celebrity Infinity’, eles passaram 21 dias confinados em uma pequena cabine. Depois disso, eles foram transferidos para outro navio cruzeiro, o ‘Celebrity Reflection’, onde continuaram aguardando repatriamento. Durante os meses de março de abril, a empresas repatriaram passageiros de forma gradual. No entanto, apenas parte da tripulação foi enviada de volta para casa. Dessa forma, o caso de Caio e Jessica ilustra a situação de dezenas de milhares de trabalhadores, confinados em navios em vários pontos do mundo.

Inicialmente, o prazo da suspensão de atividades nos cruzeiros era de 30 dias. Porém, como a pandemia está durando mais do que isso, os trabalhadores dos cruzeiros já se encontram em um limbo que dura de 50 a 60 dias.

Foram registrados protestos e casos de mortes em cruzeiros

Por conta da situação extrema, alguns cruzeiros se tornaram palcos de protestos. Assim, em meio à ansiedade dos navios, começaram a surgir casos de mortes. Inclusive, no caso de algumas, são levantadas suspeitas de que muitas mortes tenham sido suicídios.

Recentemente, a ‘Princess Cruises’ informou que um membro da tripulação havia morrido depois de ter pulado no mar no Regal Princess, em águas próximas à Holanda. Em outro caso, um navio da empresa ‘Royal Caribbea’, o ‘Majesty of the Seas’, registrou centenas de manifestantes se reunindo no convés em protesto. Por meio de faixas, eles diziam: “Precisamos de mais quantos suicídios?”.

Enquanto a tripulação aguarda repatriamento, alguns ficaram sem pagamento. “Depois de 25 de abril, paramos de receber o salário completo”, diz Saldanha. “Estamos consumindo alimentos e bebidas no navio. Portanto, acreditamos que talvez a empresa esteja recebendo seu dinheiro de volta. Talvez esteja até lucrando”, completou. Por fim, Saldanha espera que o governo brasileiro tome providências para levá-los para casa. “Estamos aqui contra a nossa vontade. Somos reféns. Precisamos ser resgatados”, diz ele.

Afinal, do que são feitas as estrelas?

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