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Conheça os 10 piores Ataques Bioquímicos que marcaram a história

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A guerra biológica ocorre quando são usadas toxinas biológicas ou agentes infecciosos, como bactérias, vírus ou fungos, com o intuito de incapacitar ou matar seres humanos, animais ou plantas. Armas biológicas (ou bio-armas) são organismos vivos ou replicados, à partir de vírus que se reproduzem, ou se replicam, dentro das vítimas hospedeiras. O uso de insetos também é considerado um ato de guerra biológica.

Essas armas podem ser empregadas de várias maneiras para a obtenção de vantagens técnicas ou estratégicas sobre um adversário, tanto como ameaça quanto como o seu uso de fato. Assim como algumas armas químicas, as armas biológicas também podem ser usadas como uma forma de se evitar o progresso de inimigos sobre uma grande porção de terra.

Esses agentes biológicos podem ser não-letais quanto letais, e podem ser direcionados contra um único indivíduo, a um grupo de pessoas, ou até mesmo contra uma população inteira. Quando armas biológicas são usadas por grupos independentes, é um caso de bioterrorismo. Conheça alguns casos de ataques bioquímicos que ocorreram ao longo da história:

1 – O Exército dos EUA despejou 20 milhões de litros de produtos químicos no Vietnã entre 1962 e 1971

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Durante a Guerra do Vietnã, o exército dos EUA pulverizou 20 milhões de litros de produtos químicos, incluindo o “Agente Laranja”, nas florestas e terras agrícolas do Vietname e países vizinhos, destruindo deliberadamente alimentos armazenados e a ecologia da floresta, e devastando a vida de centenas de milhares de pessoas inocentes.

O Vietnã estima que, como resultado do ataque químico, 400 mil pessoas foram mortas ou mutiladas, 500 mil bebés nasceram com deficiências congênitas, e 2 milhões foram vítimas de doenças cancerígenas ou outras doenças. Em 2012, a Cruz Vermelha estima que um milhão de pessoas no Vietname possuem deficiências ou problemas de Saúde relacionados com o “Agente Laranja”.

2 – Israel ataca civis palestinos com fósforo branco em 2008 – 2009

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Em 2009, vários grupos de direitos humanos, incluindo a Human Rights Watch, a Amnistia Internacional e a Cruz Vermelha Internacional informaram que o governo israelita estava a levar a cabo ataques contra civis no seu próprio território com armas químicas. Uma equipa da Amnistia Internacional afirmou encontrar “provas irrefutáveis do uso generalizado de fósforo branco” como uma arma em áreas civis densamente povoadas.

O Exército israelita negou as acusações no início, mas acabou por admitir mais tarde que as mesmas eram verdadeiras. Após uma série de acusações por parte dessas Organizações Não Governamentais (ONGs), os militares israelitas ainda atingiram a sede da ONU em Gaza, com conchas de fósforo branco.

3- Washington ataca civis iraquianos com fósforo branco em 2004

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Em 2004, os jornalistas incorporados no exército dos EUA destacados no Iraque, começaram a relatar o uso de fósforo branco em Fallujah contra insurgentes iraquianos. Inicialmente os militares negaram alegando que usavam o fósforo branco para criar cortinas de fumo e alvos iluminados. Em seguida, admitiram ter usado a substância química volátil como arma incendiária.

Na época, a emissora de televisão italiana RAI exibiu um documentário intitulado «Fallujah, O Massacre Escondido», incluindo imagens, vídeos e fotografias sombrias, bem como entrevistas com testemunhas residentes em Fallujah e soldados dos EUA revelando como o governo dos EUA fez indiscriminadamente chover fogo químico branco na cidade iraquiana e derreteu mulheres e crianças levando-as à morte.

4- Massacre contra os iranianos e os curdos com armas químicas em 1988

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Registos da CIA provam que Washington sabia que Saddam Hussein estava usando armas químicas (incluindo gás sarin, gás de nervos e gás mostarda) na Guerra Irã-Iraque.

A certa altura, no início de 1988, Washington advertiu Hussein de um movimento de tropas iranianas, que teria terminado a guerra numa derrota decisiva para o governo iraquiano. Em Março um encorajado Saddam Hussein com novos amigos em Washington atingiu uma aldeia curda ocupada por tropas iranianas com múltiplos agentes químicos, matando cerca de 5.000 pessoas e ferindo outras 10.000, a maior parte civis. Milhares de pessoas morreram nos anos seguintes de complicações, doenças e deficiências congénitas.

5- O Exército dos EUA testou químicos em moradores dos bairros negros de St. Louis na década de 1950

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No início dos anos 1950, o Exército instalou ventiladores motorizados em cima de prédios altos em zonas residenciais de baixa renda, a maior parte nos bairros negros de St. Louis, inclusive em áreas onde até 70% dos residentes eram crianças menores de 12 anos. O governo disse aos moradores que estava fazendo experiências com cortinas de fumo para proteger a cidade de possíveis ataques russos, mas na realidade estavam bombeando ar cheio de centenas de quilos de Sulfureto de Zinco e Cádmio em pó.

O governo admitiu ter usado um segundo ingrediente no pó químico, mas nunca confirmou se o tal ingrediente era radioativo. Após esta experiência, um número alarmante de moradores da área desenvolveu doenças cancerígenas. Em 1955, Doris Spates nasceu num desses edifícios usados pelo Exército entre 1953 e 1954. O seu pai morreu inexplicavelmente nesse mesmo ano, quatro irmãos morreram de cancro, e Doris é sobrevivente de cancro cervical.

6 – A polícia usou gás lacrimogêneo contra manifestantes dos protestos “Occupy“ em 2011

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A violência  policial contra manifestantes nos protestos “Occupy” em 2011 foi bem documentada, e incluiu o uso de bombas de gás lacrimogêneo e outros irritantes químicos. Foi proibido o uso de gás lacrimogêneo contra inimigos em batalha pela Convenção de Armas Químicas.

7- O FBI ataca homens, mulheres e crianças com gás lacrimogéneo em Waco em 1993

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No cerco vergonhoso realizado em Waco (Texas) a uma comunidade pacífica de Adventistas do 7º Dia, o FBI lançou bombas de gás lacrimogêneo em alguns edifícios sabendo que mulheres, crianças e bebés estavam lá dentro. O gás lacrimogêneo era altamente inflamável e consequentemente os edifícios foram engolidos pelas chamas e mataram 49 homens e mulheres, e 27 crianças, incluindo bebês. Atacar um soldado inimigo armado em batalha com gás lacrimogêneo é um crime de guerra mas infelizmente não é considerado crime o uso contra civis.

8- O Exército dos EUA utilizou Urânio empobrecido tóxico em 2003 no Iraque

US SOLIDERS GUARD BODY
No Iraque, os militares dos EUA têm contaminado o ambiente com milhares de toneladas de munições feitas de detritos de urânio empobrecido tóxico, um produto de resíduos nucleares tóxicos e radioativos. Como resultado, mais de metade dos bebês nascidos em Fallujah de 2007 a 2010 nasceram com deficiências congênitas.

Algumas destas deficiências nunca antes tinham sido vistas a não ser em livros com testemunhos fotográficos de bebês nascidos em zonas próximas de testes nucleares no Pacífico. A mortalidade infantil e doenças como o cancro aumentaram drasticamente no Iraque.

De acordo com Christopher Busby, o secretário científico do Comitê Europeu de Risco de Radiação, “São armas que destruíram a integridade genética da população do Iraque. Busby foi o autor dos quatro relatórios publicados em 2012 sobre a crise da Saúde no Iraque. Ele descreveu Fallujah como tendo “a maior taxa de danos genéticos numa população alguma vez estudada.”

9- O Exército dos EUA matou centenas de milhares de civis japoneses com Napalm entre 1944 – 1945

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Napalm é um gel viscoso altamente inflamável, que foi usado como arma pelos militares dos EUA. Em 1980, as Nações Unidas declararam o uso de Napalm em faixas de população civil, um crime de guerra. E foi exatamente isso que os militares dos EUA fizeram na Segunda Guerra Mundial, lançando Napalm em Tóquio, o suficiente para queimar 100 mil pessoas, ferir mais um milhão, e deixar um milhão sem casas no ataque aéreo mais mortífero da Segunda Guerra Mundial.

10. O Governo dos EUA lançou bombas nucleares em duas cidades japonesas em 1945

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Apesar das bombas nucleares não serem consideradas armas químicas, acho que podemos concordar que pertencem à mesma categoria. Estas bombas com certeza que espalham uma enorme quantidade de produtos químicos radioactivos mortais. Estas bombas são tão horríveis e perigosas como as armas químicas, se não mais, e por sua própria natureza, são feitas com um único propósito: aniquilar uma cidade inteira cheia de civis. Parece estranho que o único regime que alguma vez usou armas de terror sobre outros seres humanos, ocupa-se com a pretensão de manter o mundo a salvo de armas perigosas nas mãos de governos perigosos.

 

 

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