Pesquisadores do Museu Maidstone, no Reino Unido, iniciaram um projeto em 2016 para escanear sarcófagos de múmias de mulheres e animais. Durante o escaneamento de uma das múmias, que até então os arqueólogos acreditavam se tratar de um falcão, eles descobriram que na verdade a múmia era um feto humano.
Através de exames de tomografia computadorizada, eles descobriram que ao invés da ave, dentro do sarcófago jazia um feto humano natimorto mal formado. O feto era de um menino, entre 23 e 28 semanas de gestação, e segundo os pesquisadores, provavelmente era anencéfalo. Condição rara onde o bebê não desenvolve seu tubo neural durante a gestação.
A tomografia computadorizada
Segundo Andrew Nelson, especialista em múmias da Universidade de Western, no Canadá, os resultados da tomografia atestaram que a parte superior do crânio não foi formada. Os arcos das vértebras da coluna não se fecharam. Os ossos do ouvido estão posicionados na parte de trás da cabeça. Neste individuo, a caixa craniana nunca se formou e provavelmente não havia cérebro.
No entanto, o resto de seu esqueleto foi bem formado. Os dedos dos pés e das mãos se formaram perfeitamente. Mas seus ossos cranianos não ser formaram onde o cérebro devia estar. “Deve ter sido um momento trágico para a família que perdeu a criança e deu à luz a um feto com aparência muito estranha. Este era um indivíduo muito especial”, comentou Nelson.
Um outro feto anencéfalo mumificado foi descoberto em 1826, e agora, esses dois fetos representam as únicas múmias anencéfalas conhecidas pela ciência. De acordo com os pesquisadores, estudos posteriores poderão fornecer informações importantes sobre a dieta da mãe. Uma vez que o problema pode ser resultado da falta de acido fólico durante a gestação.
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