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Em que as pesquisas nazistas contribuíram para a ciência moderna?

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A vida de algumas pessoas significa muito pouco para os nazistas, que retiravam milhões de pessoas de suas casas e jogavam em campos de concentração, detenção, trabalho pesado e tortura.

Dentro desses centros, era comum encontrar instalações especializadas em matar pessoas de formas diversificadas. As prisões eram tão lotadas e os presos tratados de maneiras tão desumanas, que eventualmente cientistas e pesquisadores médicos aproveitavam a oportunidade para realizar experimentos nos corpos restantes – vivos ou mortos.

No geral, os experimentos nazistas podem ser divididos em três categorias: pesquisas de trauma com aplicações militares, pesquisas cirúrgicas e farmacêuticas e pesquisas de longo impacto com a intenção de validar conceitos de supremacia racial. Os resultados foram bem variados, mas o que, de fato, a ciência nazista contribuiu para o mundo?

Experimentos de trauma

Certamente essa era o campo mais promissor de pesquisas médicas realizadas pelos nazistas. Esses experimentos eram realizados por comissões militares que tentavam responder questões ligadas aos campos de batalha, como o dano que os soldados alemães inimigos poderiam sofrer em determinadas situações de combate. As pesquisas no campo chegou a gerar resultados úteis que ainda hoje são citados em algumas ocasiões.

Pesquisas ligadas a hipotermia e ambientes de baixa pressão são as mais produtivas feitas na época. Experimentos do médico da SS Sigmund Rascher geraram dados confiáveis que não podem ser obtidos hoje. Isso porque os testes modernos não permitem expor voluntários a condições extremas, como os nazistas faziam, então os resultados ainda são referência no campo.

Pesquisas com drogas e cirurgias experimentais

A maioria dos experimentos nazistas com drogas foi inútil e mal executado, segundo os conhecimentos da época. Mesmo os que tiveram alguma utilidade, como os que lidaram com antibióticos, eram versões duplicadas e sem ética de trabalhos feitos em outras regiões do mundo.

O problema está no fato que a maioria das pessoas pesquisadas não representavam a população comum, já que estavam trabalhavam mais do que o corpo aguentava, passavam fome e eram altamente estressados. Por conta disso, os efeitos das pesquisas não eram reproduzidos da mesma forma em soldados ou civis bem alimentados e saudáveis.

Além disso, até onde a ciência sabe, nenhum dos procedimentos de transplante de tecidos ou órgãos realizados pelos nazistas teve sucesso. Quando técnicas de transplante de corações, fígados e rins já estavam desenvolvidas e ainda eram feitas com consentimento e regras de ética.

Estudos de longo impacto

Noções de supremacia racial sempre foram falsas, mas na intenção de justificar ações guiadas por essa crença, nazistas conduziram vários experimentos. Pesquisas de esterilização chegaram a apresentar resultados, mas nada que revolucionasse conhecimentos de milhares de anos. A humanidade já sabia que a castração funcionava desde o Egito Antigo e que a radiação era extremamente perigosa para um processo tão banal, para citar apenas algumas das tentativas utilizadas.

Para completar, os processos de esterilização modernos são feitos somente por decisões médicas autorizadas ou requisitadas pelos pacientes, enquanto os nazistas faziam para tratar alcoolismo, doenças congênitas ou mesmo o desemprego. Considerando a diferença do procedimento feito pelos alemães e dos que utilizamos hoje, é difícil imaginar como alguma das técnicas desenvolvidas por eles seriam úteis.

Como percebemos, as pesquisas médicas nos campos de concentração eram caóticas e desorganizadas. A maioria dos resultados não ofereceu muito conhecimento, porque eram baseados em conceitos errados raça ou se confundiam com torturas sem propósito.

Os poucos experimentos que realmente ofereceram resultados ainda são problemáticos hoje em dia. Algumas pesquisas que citam pesquisas nazistas muitas vezes encontram rejeição pois os métodos da época não podem ser replicados atualmente.

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