Por O resgate da égua encontrada presa no terceiro andar de um prédio em um condomínio na cidade de São Leopoldo aconteceu com sucesso nessa semana. Ela ficou lá por 10 dias, desde o domingo (05).
O proprietário do animal, Dirceu Matias, explicou que a colocou lá para protegê-lo durante a enchente. O Corpo de Bombeiros resgatou a égua na noite de hoje.
Matias informou que inicialmente os animais foram abrigados no segundo andar, mas com o aumento do nível da água, precisaram ser transferidos para o terceiro andar. Desde domingo, Matias está abrigado na Escola Municipal Clodomir Vanna Moog.
O dono mora em uma chácara em frente ao condomínio e, por isso, disse que conseguiu permissão de um proprietário para colocar os animais lá. Além disso, conseguiu salvar seus outros quatro cachorros no início da enchente e expressou preocupação, pois a égua em questão também pertence às suas filhas.
Dois bovinos também seguiram para o mesmo prédio, mas o resgate já ajudou e eles estão em segurança.
Sônia Maria Cherutti, diretora da escola que abrigou parte dos animais, relatou que uma das merendeiras conseguiu um pouco de ração com os bombeiros no domingo. No entanto, até o momento o alimento não foi fornecido ao animal. Segundo ela, o cavalo ficou sozinho desde então e só começou a ser resgatado hoje.
A mídia espera o Corpo de Bombeiros retornar mais informações sobre o fato, visto que foi responsável pelo resgate do animal. Contudo, ainda não existem esclarecimentos.
Enchentes
Via CNN
As enchentes que abateram o Rio Grande do Sul fizeram milhares de vítimas, além de humanos, também animais. Afinal, pets e outras espécies foram igualmente levados e afetados pelas chuvas.
Muitos tentaram resgatar seus animais, como gatos e cachorros, mas precisaram deixá-los para trás por diversos motivos. Inclusive, alguns botes rejeitaram os pets para ajudar mais pessoas.
Dessa forma, o número de operações com animais aumentou conforme a chuva deu uma trégua. O resgate da égua, por exemplo, trouxe esperança para as pessoas que aguardam notícias de seus animais.
No entanto, ainda existem muitos sem donos, abrigos superlotados e pessoas que pedem doações também para ajudar esses bichinhos. Sem donos ou ajuda, muitos podem acabar precisando ser sacrificados, visto que as estradas ainda não voltaram ao normal.
Críticas ao resgate da égua
Enquanto o resgate da égua presa no terceiro andar de um prédio em São Leopoldo representa uma vitória para muitos, há aqueles que questionam a alocação de recursos e esforços para salvar animais em situações de emergência.
Essa crítica muitas vezes levanta questões sobre prioridades em catástrofes como a do Rio Grande do Sul. Em meio a desastres naturais e crises humanitárias, alguns argumentam que os recursos devem ser direcionados principalmente para salvar vidas humanas e atender às necessidades básicas da população afetada.
Via CNN
No entanto, defensores dos direitos dos animais rebatem que os animais também merecem ajuda em situações de emergência. Para muitas pessoas, seus animais de estimação são membros da família e deixá-los para trás em uma situação perigosa é impensável.
Além disso, resgatar animais pode ter benefícios indiretos para a comunidade. Animais resgatados que são parte da economia local, como animais de trabalho ou de produção, podem contribuir para a recuperação econômica da região afetada.
Por isso, ainda existem organizações e voluntários prontos para agir em nome desses animais, como o resgate da água, que foi bem-sucedido. Ela já aguarda atendimento, como outros cavalos e animais de grande porte.
Contudo, ainda falta muito para conseguir deixar todos em segurança e alguns usuários ainda pontuam que os recursos precisam focar no restante dos afetados humanos. Abrigos e locais de resgate continuam recebendo doações para todas as espécies.
Fonte: CNN
