Ciência e Tecnologia

Entenda como a pandemia pode nos preparar para lidarmos com a ameaça de um asteroide

0

A atual pandemia de Covid-19 deixou o mundo inteiro em estado de alerta. Isso porque, ela virou o mundo de cabeça para baixo, fazendo com que todos se preparem para possíveis novas catástrofes. Desse modo, cientistas vêm trabalhando constantemente para descobrir tratamentos, curas e métodos de prevenção para a doença. Contudo, o resultado catastrófico da disseminação global da doença trouxe novos avisos para a humanidade e a ciência. Dito isso, nos perguntamos: será que a humanidade está preparada para lidar com a ameaça de um asteroide?

Como uma possível consequência da pandemia, cientistas especializados afirmam que a defesa planetária será reforçada. Assim, viveremos em um estado maior de alerta. Além de também, nos prevenirmos de emergências tão graves quanto a que estamos vivendo agora. Portanto, com tanto em comum, não podíamos deixar de falar da ameaça de um asteroide.

Uma forma de evitar com que erros se repitam

Segundo Thomas Jones, ex-astronauta da NASA e presidente do Association of Space Explorers’ Near Earth Objects Committee, o novo coronavírus é um bom estudo de casos sobre erros que precisam ser evitados na prevenção de impactos de asteroides. Assim, analisando a atual situação, mesmo com a cooperação da OMS (Organização Mundial da Saúde), o acesso da população a informação ainda deixa muito a desejar.

O ex-astronauta também conta que diversas nações seguiram caminhos egoístas e suprindo seus próprios recursos, o que não é recomendado de forma alguma. “Isso é compreensível, mas não é uma boa forma de lidar com a ameaça de impacto de um asteroide. Uma resposta fragmentada, cambaleante e desigual a uma ameaça de impacto é a receita para atraso e inação, impedindo opções para desviar o asteroide”, afirmou Jones. “Precisamos de compartilhamento transparente de todas as observações do objeto e a verificação internacional de todas as previsões de impacto”, completou o ex-astronauta.

De acordo com Jones, o sucesso de um desvio só será possível com o apoio internacional. Além disso, também será necessário o compartilhamento constante de informações e um acesso da população sobre todas as etapas de uma possível missão. Caso isso seja feito sem essa confiança, as nações irão começar a tomar medidas que não conversam entre si. Isso fará com que tempo seja perdido, além de recursos e uma maior chance de falha. “Cooperações abertas nos dão uma melhor oportunidade de avaliar a ameaça de forma adequada, montar uma série de missões confiáveis de desvio e afastar um impacto catastrófico”, afirma Jones.

Nações precisam aprender a trabalhar de forma conjunta

Em um outro caso, David Ropeik, instrutor de Harvard, também compara as duas catástrofes. “Pandemias e o potencial impacto de um asteroide demonstram que eventos de baixa probabilidade e alta consequência raramente trazem importância e preparação para as pessoas. Sabemos dos dois há muito tempo, mas conhecer e se importar são duas coisas diferentes”, afirma.

De acordo com Lindley Johnson, oficial de defesa planetária da NASA e executiva do Planetary Defense Coordination Office, existem mais paralelos entre os fenômenos. No entanto, em ambos casos, uma coisa é fundamental: a detecção precoce. “Quanto mais cedo você detectar uma ameaça, mais chances existem para tomar ações de prevenção”, afirma. E claro, isso “antes que possa haver um impacto significativo”, completa.

Por se tratarem de eventos raros e com um longo intervalo entre ocorrências, essas ameaças acabam perdendo seu valor. Logo, por mais que evitemos situações assim, precisamos nos preparar para o inevitável. Com isso em mente, precisamos preparar ações prudentes. Isso inclui testar diversas medidas de desvio de asteroides. Segundo Johnson, precisamos de, ao menos, US$ 200 milhões por ano destinado para esse tipo de estudo. Ainda segundo a oficial de defesa planetária, esse valor é menor do que o necessário para nos preparamos contra uma pandemia. Porém, estamos falando de um incidente que pode ser tão catastrófico quanto.

Fotos tiradas por Linda McCartney mostram a intimidade de Paul

Artigo anterior

Em menos de uma semana, essa estudante resolveu um enigma matemático de meio século

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido