Ciência e Tecnologia

Entenda o que é o cristal líquido e sua relação com a origem da vida

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Existem várias teorias sobre a origem da vida. Cada cientista procura provar o seu ponto de vista, fundamentos e argumentos que sustentem o seu modo de ver. Um estudo feito recentemente, publicado na revista ACS Nano, mostrou uma nova hipótese. Ela afirma que os blocos de construção da vida poderiam ter sido criados com cristais líquidos. Investigadores descobriram que as moléculas de ARN curtas podem formar cristais líquidos que estimulam o crescimento de correntes mais longas. Isso é importante porque a Terra, segundo alguns cientistas, se originou num “mundo de ARN”, onde este ácido ribonucleico cumpria a dupla função de transportar informação genética e conduzir o metabolismo antes do surgimento do ADN ou das proteínas.

Cristal líquido

Os cristais líquidos têm propriedades liquidas, porém sua estrutura molecular tem uma estrutura sólida. Você já esta habituado com isso. O melhor exemplo são as telas de televisão LCD. Quase todas as telas que você usa – inclusive de celular – é feita de cristal líquido. O que a gente não sabia, é que do mesmo jeito que o cristal líquido dá vida as telas da sua vida, ele também pode ter dado origem à vida na Terra. O estudo mostra que pequenas moléculas de RNA podem formar cristais líquidos, o que motiva o crescimento em cadeias mais longas que são necessárias para o desenvolvimento da vida.

Hoje, as principais teorias científicas sugerem que a vida na Terra se desenvolveu em um “mundo de RNA”, onde o RNA lidou com informações genéticas e ações metabólicas antes que o DNA ou as proteínas se formassem, de acordo com uma declaração. De fato, os investigadores descobriram cadeias catalíticas de ARN, ou “ribozimas”, nos genomas modernos. As ribozimas conhecidas têm um comprimento de aproximadamente 16-150 nucleotídeos, então, surge a questão: como é que essas sequências foram reunidas num mundo primordial sem ribozimas ou proteínas existentes?

Ligações

A equipe de cientistas foi atrás para responder essa pergunta. A equipe explorou diferentes cenários em que os ARN curtos poderiam “auto-reunir-se” e descobriram que, em altas concentrações, as sequências curtas de ARN são sequenciadas espontaneamente em fases de cristal líquido. As ligações foram facilitadas por íons de magnésio, que estabilizaram os cristais, ou polietilenoglicol, que sequestrou o ARN em microdomínios altamente concentrados. Uma vez que os ARN for mantido junto em cristais líquidos, um ativador químico poderia unir eficientemente as suas extremidades em cadeias muito mais longas.

Os cientistas assinalam que o polietilenoglicol e o ativador químico não seriam encontrados em condições primordiais, mas dizem que outras espécies moleculares podem ter desempenhado funções similares, mas menos eficientes.

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