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Ramsés II foi um dos governantes mais poderosos do Antigo Egito. Seu reinado durou aproximadamente 66 anos, o que para um faraó, representa um longo período de tempo no poder. Diversos palácios, templos e monumentos foram construídos para ele e devido a isso, egiptólogos do século XIX o apelidaram de Ramsés, o Grande.
Recentemente, o arqueólogo estadunidense David S. Anderson fez uma brincadeira em seu Twitter com uma imagem de um passaporte que pertenceria ao faraó e que rapidamente se tornou um viral. Anderson, logo em seguida, foi até seu perfil na rede social para informar que a imagem não era real. No entanto, ela foi inspirada em uma história real que você acompanha logo abaixo.
Um passaporte para múmia?
Em 1976, a múmia do faraó Ramsés II precisava ser levada para a França para passar por um processo de restauração, devido a uma infestação de fungos, e assim evitar sua decomposição total. O translado teve autorização do Ministério das Antiguidades do Egito.
Porém algo precisava acontecer para que o transporte do artefato arqueológico fosse possível, uma vez que a legislação da época proibia o transporte de ossos humanos sem uma documentação específica. Então, um passaporte para a múmia de Ramsés II foi expedido, 3000 anos após a sua morte. Desta forma, o faraó Ramsés II se tornou o primeiro faraó da História a possuir um passaporte.
Quando chegou em Paris, a múmia foi recebida por uma ostensiva comitiva no aeroporto de Le Bourget, liderado pela secretária de Estado para as Universidades, Alice Saunter-Seite e por um pelotão de proteção do Exército Francês. Após a restauração, a múmia foi devolvida ao Museu Egípcio, no Cairo, onde recebe a visita de centenas de milhares de pessoas anualmente.
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