Curiosidades

Estranha rocha de cor branca é encontrada em Marte pela 1ª vez

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Marte é um dos planetas mais explorados em nosso sistema solar, sendo o único a receber robôs da NASA com o objetivo de aprimorar a análise de campo. E parece que há uma certa fascinação sobre o planeta. Ele é o planeta do sistema solar, fora o nosso próprio, que mais nos interessa e faz nossa imaginação voar longe. Por isso que várias descobertas sempre são feitas sobre ele. Como, por exemplo, essa rocha branca em Marte.

A descoberta dessa rocha branca em Marte foi feita pelo rover Perseverance na cratera de Jezero. Essa formação curiosa pode sugerir detalhes novos a respeito do passado do Planeta Vermelho.

Essa rocha foi chamada de “Ponto Atoko”, fazendo referência a sua cor clara, que lembra um ponto específico do Grand Canyon, nos Estados Unidos. De acordo com um comunicado da NASA, uma análise preliminar apontou que essa formação é composta pelos minerais piroxênio e feldspato.

Rocha branca em Marte

Galileu

Além disso, através das imagens feitas pelas câmeras do Perseverance, é estimado que essa rocha branca em Marte tenha 45 centímetros de largura e 35 de altura. E, por conta da sua cor, ela se desta no meio das pedras mais escuras do Monte Washburn.

“Em termos de tamanho, forma e disposição dos seus grãos minerais e cristais – e potencialmente da sua composição química – deve ser considerada em uma categoria à parte das demais”, disse a NASA.

Segundo a especulação de alguns cientistas, os minerais dessa rocha branca de Marte foram produzidos em um corpo subterrâneo de magma que possivelmente está exposto na borda da cratera. Já na visão de outros, o Ponto Atoko podia ter sido criado bem além das muralhas da cratera de Jezero e levada até lá por águas marcianas rápidas há milhares de anos.

Independente disso, os pesquisadores acreditam que por mais que o Ponto Atoko seja o primeiro registro desse tipo de rocha, ele não irá ser o último.

Planeta Vermelho

Olhar digital

Claro que a descoberta dessa rocha branca em Marte é um grande feito. Contudo, outras coisas envolvendo rochas marcianas foram feitas e também foram grandes passos.

Como no caso de devolver  um pedacinho de uma rocha marciana de volta para o seu planeta de origem. O fragmento do meteorito Sayh al Uhaymir 008, ou SaU 008, foi de carona com a missão do rover Perseverance da NASA em julho de 2020. O fragmento voltou ao seu planeta depois de aproximadamente 600 mil anos e cerca de mil anos depois de chegar à Terra.

O Perseverance usou o SaU 008 para calibrar seus scanners e instrumentos sensíveis logo que aterrissar em Marte. E ele foi tratado como um ponto de referência para as outras rochas e materiais que vão ser encontrados na jornada do rover por Marte.

Existem várias coisas que não são sabidas a respeito da composição geológica de Marte. Por isso, esse fragmento de rocha que veio de lá e foi analisado de forma ampla será um ponto de comparação bastante útil.

“Esta pequena rocha tem uma história de vida. Ela se formou cerca de 450 milhões de anos atrás, foi explodido em Marte por um asteroide ou cometa cerca de 600.000 a 700.000 anos atrás e pousou na Terra. Não sabemos exatamente quando, mas talvez 1.000 anos atrás. E agora está voltando para Marte”, explicou Caroline Smith, diretora de coleções de ciências da terra e curadora principal de meteoritos do Museu de História Natural do Reino Unido.

O meteorito foi encontrado em Omã em 1999 e o fragmento SaU 008 faz parte da coleção do Museu de História Natural desde 2000. As bolhas minúsculas de gás que estavam retidas dentro da rocha  correspondem exatamente às condições atmosféricas de Marte. Foi assim que foi sabida sua origem.

Um pedaço pequeno do SaU 008 foi colocado no SHERLOC (canning habitável Ambientes com Raman e de luminescência para orgânicos e produtos químicos) que foi carregado pelo Perseverance. E ele usou o laser para analisar a composição química e biológica de rochas de Marte.

Esse estudo deve ficar mais preciso e confiável tendo um meteorito do planeta à mão. Além disso, o SHERLOC está levando outros nove materiais para testar na atmosfera de Marte.

“O instrumento SHERLOC é uma oportunidade valiosa para se preparar para o voo espacial humano. E para realizar investigações científicas fundamentais da superfície marciana. Isso nos fornece uma maneira conveniente de testar material que manterá os futuros astronautas em segurança quando chegarem a Marte”, disse Marc Fries, o co-investigador e curador de materiais extraterrestres do Johnson Space Center.

Fonte: Galileu, Olhar digital

Imagens: Galileu, Olhar digital

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