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Existe uma preocupação que o COVID-19 possa desencadear uma onda de doença de Parkinson

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Estamos vivendo a pandemia do coronavírus há meses já. Por ser um vírus mortal, as autoridades de todo mundo estão se mobilizando com a situação e tentam conter o surto. Desde a sua identificação, ele já fez várias vítimas e infectou inúmeras pessoas. E os números não param de crescer. Tentar conter o mais rápido possível a pandemia do coronavírus está fazendo com que laboratórios do mundo inteiro se mobilizem em busca de uma vacina eficaz contra a COVID-19.

Como se já não fosse o bastante a luta do mundo todo contra a pandemia. Os cientistas alertaram que a infecção pode apresentar outra ameça grande para a saúde humana. Ela pode vir na forma de uma onda silenciosa de consequências neurológicas que podem surgir.

Por mais que os riscos específicos ainda sejam hipotéticos até agora, as preocupações são bem reais. Na verdade, um efeito parecido de longo prazo foi observado depois da pandemia de gripe espanhola no século passado.

É sabido que o COVID-19 tem ligações com danos cerebrais, sintomas neurológicos e perda de memória. Mas o que não está muito claro é como essa infecção pode causar esses sintomas incapacitantes. Também em que intensidade e com que efeito final.

“Embora os cientistas ainda estejam aprendendo como o vírus SARS-CoV-2 é capaz de invadir o cérebro e o sistema nervoso central, o fato de que está entrando é claro. Nosso melhor entendimento é que o vírus pode causar insultos às células cerebrais, com potencial para neurodegeneração a partir daí”, disse o neurocientista Kevin Barnham do Florey Institute of Neuroscience & Mental Health em Austrália.

Parkinson

A grande questão é como medir esse potencial. Em um novo estudo, Barnham e sua equipe propuseram que a “terceira onda” da pandemia pode não ser um ressurgimento das infecções pelo novo coronavírus. Como resultado ter um aumento subsequente nos casos de doença de Parkinson relacionados com o vírus. Sendo semeados por neuroinflamação desencadeada no cérebro como uma resposta imunológica ao vírus.

Ainda não existem evidências concretas para confirmar esse aumento. No entanto, uma coisa muito parecida aconteceu durante a última pandemia. Que é a que mais se pode comparar com a que estamos vivendo. Essa pandemia foi a gripe espanhola de 1918. Durante ela, uma forma de inflamação no cérebro, chamada encefalite letárgica, aumentou o risco de parkinsonismo em duas ou três vezes.

“Podemos ter uma visão das consequências neurológicas que se seguiram à pandemia de gripe espanhola em 1918. Dado que a população mundial foi atingida novamente por uma pandemia viral, é realmente muito preocupante considerar o potencial aumento global de doenças neurológicas. Essas que poderiam se desenvolver no futuro. O mundo foi pego de surpresa pela primeira vez, mas não aconteceu não precisa ser de novo”, explicou Barnham.

Relação

Os pesquisadores sabem que, atualmente, não existem dados suficientes para quantificar o maior risco de desenvolver a doença de Parkinson em relação às infecções por COVID-19. Eles dizem que a melhor forma de identificar casos futuros de forma precoce seria o rastreamento de longo prazo. Vendo os casos de SARS-CoV-2 depois da recuperação.

Por mais que isso seja amplamente especulativo, pelo menos até agora, Barnham enfatiza a possibilidade de que os futuros casos de Parkinson depois do COVID-19 possam ser detectados de forma precoce. Isso se for sabido o que procurar e reconhecer antes que a condição esteja totalmente desenvolvida.

“Ao esperar até este estágio da doença de Parkinson para diagnosticar e tratar, você já perdeu a janela para as terapias neuroprotetoras terem o efeito pretendido. Juntamente com uma abordagem estratégica de saúde pública, as ferramentas para o diagnóstico precoce e melhores tratamentos serão essenciais”, concluiu.

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