Curiosidades

Exoplaneta rochoso com superfície de vulcões e lava é descoberto

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Na década de 1990, o primeiro exoplaneta (corpo celeste que não orbita em torno do sol e não faz parte do nosso sistema solar) foi descoberto. Desde então, milhares de outros parecidos já foram descobertos além do nosso sistema solar. Foi por isso que, com o passar do tempo, a descoberta de exoplanetas não foi uma notícia tão espetacular assim. No entanto, isso não quer dizer que elas não sejam importantes.

Como no caso desse exoplaneta que está a 66 anos-luz de nós e tem mais calor do que algumas estrelas pequenas. Ele foi descoberto através de observações do TESS (Satélite de Pesquisas de Exoplaneta em Trânsito, traduzido) da NASA.

Essa planeta é rochoso e tem sua superfície coberta por vulcões e lava. Por conta disso que suas temperaturas passam dos 2,3 mil graus Celsius. Quem o observou foi o astrofísico Stephen Kane, da Universidade da Califórnia, Riverside. Ele notou a movimentação do exoplaneta quando estava olhando as imagens do TESS.

Descoberto

SecurityLab

O exoplaneta foi chamado de TOI-6713.01. Ele é 30% maior do que a Terra e tem sua órbita na estrela HD 104067, que está a 66 anos-luz de distância da Terra. Essa órbita é elíptica e demora somente 2,2 dias para que ele dê uma volta completa na sua estrela, já que está a uma distância de 4,57 milhões de quilômetros. Para se ter uma noção, no nosso sistema, o planeta mais perto do sol é Mercúrio, estando a 69,8 milhões de quilômetros de distância. E todo o sistema solar desse exoplaneta descoberto caberia dentro dessa órbita.

O sistema solar que o exoplaneta está é o  TOI-6713.01. Ele tem outros dois astros, um objeto rochoso e um gigante gasoso. Por conta do movimento elíptico dele, ele tem influências fortes da sua estrela e desses outros dois planetas. Ele geram marés no manto do astro, calor e, consequentemente, energia suficiente para que aconteçam erupções vulcânicas na superfície do exoplaneta.

Exoplaneta

Folha

Como dito, mesmo que milhares já tenham sido descobertos, cada nova descoberta de um exoplaneta é importante por diferentes razões. Como por exemplo, na busca de vida fora da Terra.

Por exemplo, para buscar exoplanetas, que são os que estão fora do sistema solar, é preciso utilizar os maiores telescópios da Terra. E, mesmo assim, a taxa de acerto dessa busca pode ser bastante baixa. Contudo, um novo estudo feito por cientistas do mundo todo combinou várias técnicas de busca para tentar descobrir um novo planeta gigante. E o que eles fizeram pode mudar a forma como se imagina planetas no futuro.

Até o momento, várias técnicas já foram desenvolvidas para procurar planetas que orbitem outras estrelas. A mais simples é a chamada imagem direta. No entanto, mesmo sendo a mais simples, ela não é fácil de ser produzida.

Isso porque para que uma imagem direta seja gerada é preciso uma conexão poderosa entre a câmera e um grande telescópio, além da tentativa em detectar a luz que é emitida ou refletida de um planeta. E como os planetas são escuros, usar essa técnica é parecido com procurar vagalumes ao redor de um holofote.

Não é à toa que através dessa técnica somente 20 planetas foram encontrados. Mesmo assim, ela tem um grande valor porque ajuda na compreensão das propriedades atmosféricas de determinado planeta como, por exemplo, sua composição e temperatura, coisas que outras técnicas não são capazes de fazer.

Agora, o planeta que os cientistas descobriram, o chamado HIP99770b, é massivo, quente e moderadamente nublado. Ele está orbitando sua estrela a uma distância como se estivesse entre Saturno e Urano.

Esse planeta tem 15 vezes a massa de Júpiter e tem temperaturas maiores do que mil graus Celsius, o que não é um bom indício para um local habitável. Mas o que HIP99770b dá aos cientistas é uma analogia com o nosso sistema solar. Até porque, ele tem um disco de detritos, de gelo e rocha, frio e longe da sua estrela. Essa configuração se parece com o Cinturão de Kuiper no nosso sistema solar.

Os cientistas fizeram essa descoberta fazendo a detecção de indícios de um planeta através de detecção indireta. Eles viram que a estrela oscilava no espaço, o que mostrava que ali existia um planeta por perto. Visto isso, eles partiram para a detecção direta com imagem, já que não estavam procurando no escuro.

Além da detecção direta, a espaçonave Gaia, da Agência Espacial Europeia, forneceu dados extras. E os cientistas também usaram medições feitas pelo antecessor de Gaia, Hipparcos. Com isso, eles tiveram 25 anos de dados para analisar.

Fonte: Revista Planeta, Galileu

Imagens: SecurityLabFolha

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