Um novo tipo de foguete, projetado para lançar um satélite espião da Coreia do Norte, explodiu durante seu lançamento, informou nesta segunda-feira (27) a agência estatal de notícias do regime de Kim Jong-un.
O satélite, Malligyong-1-1, estava a bordo de um foguete especialmente desenvolvido para esse tipo de missão, utilizando um motor movido a oxigênio líquido e petróleo. Esse motor teria sido a causa do problema.
O lançamento mal sucedido ocorreu também nesta segunda-feira, em um campo na província de Phyongan do Norte.
Por isso, o Japão relatou ter detectado uma grande quantidade de destroços no mar dois minutos após o lançamento do satélite. Segundo a Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial norte-coreana, a queda ocorreu na primeira fase do voo.
Em novembro do ano passado, o país enviou ao espaço um satélite espião da Coreia do Norte semelhante que, segundo o regime de Kim Jong-un, capturou fotos de uma base que seria dos Estados Unidos na ilha Guam, no oceano Pacífico.
A Coreia do Norte teria recebido ajuda da Rússia para enviar o satélite ao espaço. O equipamento tinha cerca de 300 kg e conseguia chegar a uma altitude de 512 km.
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Sigilo com satélite espião da Coreia do Norte
Pouco se sabe sobre os detalhes específicos dos testes militares da Coreia do Norte, devido ao sigilo rigoroso mantido pelo regime de Kim Jong-un.
No entanto, a comunidade internacional acompanha com preocupação essas atividades, especialmente países como Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul.
A falta de transparência e as frequentes demonstrações de capacidades militares avançadas pela Coreia do Norte geram tensões regionais e globais.
Especialistas em segurança alertam que cada teste, bem-sucedido ou não, contribui para o aprimoramento da tecnologia militar norte-coreana, potencialmente aumentando a ameaça que o país representa.
Além disso, a colaboração com nações como a Rússia, conforme relatado, pode acelerar o desenvolvimento de capacidades mais sofisticadas e perigosas.
A preocupação não se limita apenas à região da Ásia-Pacífico, mas se estende a todo o mundo, considerando as implicações globais de um possível avanço nuclear e balístico por parte da Coreia do Norte.
Esses testes, apesar de frequentemente falharem, servem como um lembrete constante da instabilidade na península coreana e da necessidade de vigilância e diplomacia cuidadosa para prevenir uma escalada de conflitos.
Por que importa tanto?
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O fato desse teste secreto do satélite espião da Coreia do Norte ter chamado tanto atenção ocorre pelo regime do país.
A Coreia do Norte é um país governado por um regime totalitário baseado no princípio do Juche, que enfatiza a autossuficiência e o controle absoluto do Estado sobre todos os aspectos da vida dos cidadãos.
O país é liderado pelo Partido dos Trabalhadores da Coreia, com Kim Jong-un como o líder supremo, seguindo a dinastia que começou com seu avô, Kim Il-sung, e continuou com seu pai, Kim Jong-il.
A base militar da Coreia do Norte é excepcionalmente forte devido a várias razões.
Primeiro, o regime adota a política do Songun, que significa “militar primeiro”. Isso implica que o desenvolvimento e a manutenção das forças armadas são prioridades máximas, recebendo a maior parte dos recursos e atenção do governo.
Além disso, existe ênfase na autossuficiência, que inclui a produção de armas e tecnologias militares, como o satélite espião da Coreia do Norte. Ela investe pesadamente em seu próprio desenvolvimento de mísseis balísticos e nucleares.
A liderança norte-coreana vê a manutenção de uma forte capacidade militar como essencial para a sobrevivência do regime. A ameaça de força militar serve tanto como um dissuasor contra intervenções externas quanto como um meio de consolidar o poder internamente.
Ainda, o poder militar também é um instrumento de propaganda, usado para instilar um senso de patriotismo e lealdade ao regime entre a população. Assim, demonstrações de força militar são frequentemente usadas para mostrar ao povo norte-coreano e ao mundo a capacidade e determinação do país.
Por isso, outros países ficam atentos com essas movimentações suspeitas, e acompanham um dos países mais militarizados do mundo.
Fonte: R7
