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Fóssil achado na Índia indica que cobra gigante poderia medir até 15 metros

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Quando pensamos em uma cobra gigante, o mais provável é que nos lembremos da anaconda. A cobra fictícia era gigante e imperdoável com suas vítimas. Ela foi inspirada na nossa sucuri, que não é gigante como a cobra de Hollywood. Contudo, uma cobra realmente gigante já habitou nosso planeta.

Conforme esse fóssil descoberto por pesquisadores do Instituto Indiano de Tecnologia Roorkee (IIT), eles viram uma das maiores cobras que já existiram na Terra. A cobra era a Vasuki indicus que media entre 10 e 15 metros e viveu aproximadamente 47 milhões de anos atrás.

De acordo com o artigo publicado na revista Nature, a coluna dessa cobra gigante era estruturada pelas vértebras e os restos mortais foram encontrados em 2005 pelo paleontólogo de vertebrados Sunil Bajpai, em uma mina de carvão no estado indiano de Gujarat.

Cobra gigante

IG

Segundo os paleontólogos, essa cobra gigante era da família Madtsoiidae, parecida com as jiboias e pítons, e viveu há 100 milhões de anos. O fóssil dela foi encontrado em uma rocha e a idade dela mostrava que a espécie teria andado pela Terra há 47 milhões de anos.

Conforme a análise feita no fóssil e na rocha, essa cobra gigante viveu em uma era mais quente da Terra, com uma temperatura média de 28ºC. E da mesma forma que outras cobras dos Madtsolidae, as Vazukis também se espalharam pelos continentes sendo vistas na América do Sul, África e Espanha.

Na visão dos paleontólogos, o habitat dessa cobra gigante eram os pântanos costeiros e ela atacava suas presas de forma lenta. Isso mostra que ela era um predador de emboscada, assim como as pítons.

Tamanho

Socientifica

Por mais que a Vasuki indicus medisse entre 10 e 15 metros, ela não foi a maior cobra que já existiu na Terra. Esse título pertence à Titanoboa cerrejonensis com seus praticamente 15 metros de comprimento.

Por conta do seu tamanho, a cobra não matava sua comida através de suas presas ou do seu veneno, ela os sufocava até morrerem, como fazem as sucuris atuais. Isso não era um problema, já que ela tinha aproximadamente 14,6 metros de comprimento e pesava até 1.133 quilos.

Os fósseis dessa cobra foram descobertos no começo de 2009, em uma mina de carvão na Colômbia. Lá, também foram descobertos outros 28 esqueletos da mesma espécie. Todo o local tem um registro fóssil bem rico das florestas tropicais que existiam no planeta no período paleoceno, que teve seu início depois da extinção dos dinossauros.

Normalmente, os fósseis ficam abaixo das costuras de carvão. Justamente por isso que eles são descobertos através da mineração e transformam minas em um local ideal para procurá-los. Quando as máquinas de mineração tiram toneladas de carvão, elas deixam expostas centenas de metros quadrados de rochas. É justamente aí que os fósseis são encontrados.

As presas dessa cobra eram crocodilos enormes e tartarugas que viviam no mesmo habitat que ela. O acreditado é que os inimigos naturais da titanoboa atacavam os ovos dela e os répteis mais jovens. E os crocodilos que eram presas da cobra mais adulta podem ter caçado os ovos delas.

Mesmo sabendo disso, um ponto que não se sabe quase nada é a respeito do quanto tempo de vida elas tinham. E isso é bem difícil de ser determinado com os poucos registros fósseis existentes.

O que se tem de fóssil desse animal são vértebras e costelas. Por isso que os paleontólogos sonham em ainda descobrir um crânio ou até um esqueleto completo da titanoboa.

Depois da extinção dos dinossauros, cerca de cinco milhões de anos depois, a Titanoboa viveu nas selvas tropicais da América do Sul. Com os enormes dinossauros extintos, o topo da cadeia alimentar estava vazio e a titanoboa não teve problema nenhum em assumi-lo.

Os ossos, quase intactos da titanoboa, foram encontrados por cientistas em uma mina de carvão colombiana em 2011. Essa mina de carvão na Colômbia é feita, na verdade, de restos de vidas que foram esmagadas pela crosta terrestre, por isso, não é de se espantar que os ossos desse animal tenham sido encontrados lá.

Onde hoje é a Colômbia era uma área que estava abaixo do nível do mar, quente, úmida e com muita chuva, um ambiente super propício para a cobra gigante. Como ela era marrom, sua pele se camuflava perfeitamente nas água barrentas.

A titanoboa achada pelos cientistas deve ter sido soterrada por um deslizamento de terra que depois de milhões de anos e dezenas de metros se tornou uma área rica em carvão.

Em 2012, uma exposição foi montada em Nova York para mostrar quão grande a titanoboa poderia ser. A maquete montada mostrava a cobra gigante engolindo o que parecia ser um crocodilo, apenas com a cauda para fora.

A maquete chamou a atenção das pessoas e foi uma grande publicidade para o museu Smithsonian com a sua descoberta. O que a exposição pretendia era mostrar o quão grande as criaturas pré-históricas eram com relação aos animais de hoje em dia.

Entre as cobras de hoje, nenhuma se compara com a titanoboa. E antes de seus ossos serem achados, a maior cobra tinha cerca de 10 metros e tinha sido encontrada na África. Estima-se que essa cobra tenha vivido há 20 milhões de anos.

Hoje em dia, a maior espécie de cobra é a anaconda gigante, com média de quatro metros, cerca de um terço do tamanho da titanoboa.

Fonte: IG, Socientifica

Imagens: IG, Socientifica

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