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Fóssil revela criança neandertal com síndrome de Down

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Síndrome de Down ainda é um tabu na sociedade. Muitas pessoas ainda têm um certo preconceito com as pessoas que têm essa síndrome. O que não faz sentindo algum, tendo em vista que essas pessoas são totalmente capazes de qualquer coisa, assim como as pessoas que não possuem a síndrome. E de acordo com esse fóssil, a síndrome de Down também já afetava um neandertal.

Isso foi visto através de um fóssil, no caso um pedaço do osso temporal, que é parte do crânio, descoberto na Espanha. A ciência já sabe há tempos a respeito dos cuidados que os neandertais davam às pessoas doentes ou feridas. Contudo, o interesse em entender quais eram as implicações desse comportamento aumentou nos últimos anos.

O estudo mais recente mostrou o caso de um neandertal que conseguiu viver até os seis anos mesmo com uma patologia grave do ouvido interno, provavelmente relacionada à síndrome de Down. Dentre os sintomas que acompanham a doença no ouvido estão a perda auditiva e diminuição severa no equilíbrio.

Neandertal com síndrome de Down

Canaltech

Os pesquisadores notaram que o neandertal tinha síndrome de Down depois de fazerem a análise das características do fragmento ósseo. Com isso, eles notaram um conjunto de anomalias nas estruturas do ouvido interno que só são vistas nas pessoas que têm essa síndrome. Por conta disso eles fizeram esse diagnóstico.

Anterior a essa descoberta, os cientistas já tinham encontrado ossos de crianças com Síndrome de Down de cinco mil anos. No entanto, nesse caso, o acreditado pelos arqueólogos é que esse neandertal tenha entre 146 mil e 273 mil anos. E por conta da anatomia do osso eles conseguiram classificar como Homo neanderthalensis, com 95% de chance.

Comportamento

Canaltech

Também através da análise desse fóssil neandertal com síndrome de Down foi possível refletir a respeito do cuidados para que uma criança conseguisse sobreviver nesse período, provavelmente eles eram maiores do que as capacidades que uma mãe teria, além de precisar da ajuda dos membros do grupo.

Por conta disso, os pesquisadores querem entender o motivo das pessoas terem dedicado seu tempo e esforço para cuidar de um membro que tivesse alguma condição, fosse ela temporária ou permanente.

Na visão de alguns, isso vinha de um interesse. Já outros pontuam que esse comportamento era visto por conta de um sentimento verdadeiro de compaixão.

“Quando a intensidade ou a duração dos cuidados necessários à sobrevivência da criança excedem as possibilidades da mãe, ela necessita da ajuda de outros indivíduos do grupo social. Assim, o estudo de crianças individualmente oferece a possibilidade de testar se o cuidado está diretamente relacionado a uma estratégia social”, disse o estudo.

Cuidado

Felizmente, o cuidado que a população neandertal parece ter tido com seus indivíduos doentes ou feridos continuou com a evolução. Isso pode ser visto nesse caso do italiano Luca Trapanese, que sempre quis adotar uma criança. Depois de muito tempo ele encontrou Alba. Ela foi deixada por sua mãe logo que nasceu em um hospital. Alba tinha apenas um ano e tem síndrome de Down e por isso já tinha sido rejeitada por 20 famílias.

O italiano é solteiro, gay, católico e desde que é adolescente faz trabalhos voluntários para ajudar causas sociais em que acredita, especialmente as que são relacionadas a abrigos que cuidam de crianças doentes ou com síndromes graves.

Desde que conheceu Alba, quando ela tinha apenas um mês de vida, Luca já ficou fascinado pela menina e decidiu adotá-la. Ele tinha o sonho de adotar uma criança há muito tempo, desde que ele começou a fazer seus trabalhos voluntários. “Uma criança com deficiência não é uma oportunidade da série B, mas uma escolha consciente em relação à minha vocação e minhas habilidades”, disse o italiano.

Segundo o italiano, o amor dele pela menina foi instantâneo. Depois da adoção de Alba, Luca tem a ajuda de sua governanta Luísa. Com a história de Luca várias outras pessoas se inspiraram, ainda mais porque ele tem sido convidado para ir em muitos programas de televisão falar sobre a adoção.

“Minha página no Facebook e meu perfil atingiram mais de 12.000 pessoas. Eu recebo 500 mensagens por dia. É, portanto, uma reação inesperada. Mas isso nos faz refletir sobre o desejo de mudança por parte de muitos e muitos”, disse.

Fonte: Canaltech

Imagens: Canaltech, Facebook

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