Ciência e Tecnologia

Foto de um ”simples” átomo ganhou o prêmio de foto científica do ano

0

Há mais coisas entre o céu e a Terra do que os nossos olhos podem ver. Isso porque o universo é repleto de coisas gigantescas ou minúsculas demais para serem vistas a olho nu. Para poder ver melhor algumas coisas, é preciso ter uma poderosa tecnologia de imagem. Seja através de telescópios para ver coisas distantes ou microscópios para enxergar coisas muito pequenas. Essas ferramentas possibilitam a conversão de objetos em um tamanho que possamos compreender. Esse é o motivo que a foto de um átomo, capturada por uma câmera fotográfica comum, mostrou um resultado impressionante.

A foto foi feita por David Nadlinger, da Universidade de Oxford. A imagem mostra nitidamente um átomo e até rendeu ao autor da foto o prêmio de foto científica do ano.

A foto

Se você observar de perto a foto, você verá um único íon de estrôncio no centro. Ele está colocado em destaque entre as pontas dos dois eletrodos de “agulha”. A distância que separas as duas agulhas, com o átomo no centro, é de apenas 2,3 milímetros. Na prática, isso é algo muito pequeno, mas que pode ser visto claramente pela imagem registrada por uma câmera comum.

O átomo de estrôncio na imagem está carregado positivamente e suspenso em campos elétricos irradiados pelos eletrodos de metal ao seu redor. Para se ter uma ideia da distância entre as agulhas, pense em um macarrão de espaguete.

Ao serem iluminados pela cor correta do laser, o azul-violeta, os íons absorvem as partículas de luz. Com a absorção, eles as emitem de volta. Nadlinger explica que percebeu que, se colocasse a sua câmera com uma exposição mais longa, ele poderia registar esse breve momento de emissão de luz em uma imagem digital. Então, ele posicionou o tripé de modo que a lente espiava pela câmara de vácuo ultra-alta que abriga os íons que suspende o átomo e registra o momento.

“A ideia de poder ver um único átomo a olho nu me pareceu uma ponte maravilhosamente direta e visceral entre o minúsculo mundo quântico e nossa realidade macroscópica”, disse Nadlinger em um comunicado à imprensa . “Um cálculo de fundo mostrou que os números estão do meu lado, e quando eu fui para o laboratório com câmera e tripés em uma tranquila tarde de domingo, fui recompensada com essa foto particular de um pequeno ponto azul pálido”.

O prêmio

No começo do ano passado, a foto feita por Nadlinger recebeu o maior prêmio da quinta edição do concurso anual de fotografia científica realizado pelo Conselho de Pesquisa em Ciências Físicas e Engenharia do Reino Unido (EPSRC).

O EPSRC é a principal fonte de financiamento de pesquisas de engenharia e ciências físicas do Reino Unido. Na edição do ano passado, foram mais de 100 trabalhos inscritos de pesquisadores que receberam financiamento através do EPSRC. Entre os vários trabalhos que estavam concorrendo com a foto vencedora, tinha alguns realmente incríveis.

“Todos os anos ficamos impressionados com a qualidade e criatividade das inscrições em nossa competição e este ano não foi exceção”, disse o professor Tom Rodden, vice-presidente-executivo da EPSRC. “Eles mostram que nossos pesquisadores querem contar ao mundo sobre a beleza da ciência e da engenharia”.

E você, o que achou da imagem? Conta para a gente nos comentários e compartilhe com os seus amigos.

Billy Milligan, o homem com 24 personalidades

Artigo anterior

7 crimes extremamente únicos de alguns países

Próximo artigo

Comentários

Comentários não permitido