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Fragmentos do ‘Anjo Brilhante’ de Marte podem vir para a Terra

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Dentre os planetas do sistema solar, Marte foi sempre uma grande fonte de mistérios. Com o passar dos anos, as pesquisas foram ficando mais intensas e os robôs enviados para lá nos dão informações e imagens cheias de detalhes. Mesmo assim existe muito ainda que ser descoberto. Nesse ponto, o rover Perseverance, da NASA, chegou na região chamada Anjo Brilhante de Marte.

Agora, o rover irá fazer a investigação desse local para que os cientistas avaliem se as amostras irão ser coletadas e enviadas para o nosso planeta. Antes de chegar no Anjo Brilhante de Marte, o Perseverance estava explorando o lado sul de Neretva Vallis, que é um leito de um antigo rio que alimentava a cratera de Jezero.

Depois disso, o equipamento iria para o Anjo Brilhante, que são afloramentos de rochas que poderiam ter aparecido quando as águas do planeta secaram. A viagem do Perseverance até o destino era tranquila, mas acabou ficando complicada quando ele entrou em um campo inesperado de pedregulhos.

Foram dias tentando tirar o rover do local, mas sem sucesso. Então, o decidido foi redirecionar o rover por um campo de dunas e pelo canal do rio antigo. Com isso, o Perseverance conseguiu se movimentar através do chamado Percy até chegar ao seu destino: o Anjo Brilhante de Marte.

Já no local, ele começou sua investigação cavando, escaneando e fotografando o solo com raios-X. Agora, os cientistas irão fazer a análise dos dados enviados pelos rover nos próximos meses.

Anjo Brilhante de Marte

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O Anjo Brilhante de Marte tem esse nome por conta das suas rochas de cor clara que foram vistas nas imagens da órbita. Por conta da sua cor, o local logo chamou atenção dos cientistas.

Segundo um comunicado da NASA, o sugerido pelas características físicas da região é que ela poderia ter detalhes interessantes a respeito do passado mais úmido de Marte. O acreditado é que as rochas do Anjo Brilhante são o material mais antigo exposto pela água que desapareceu do solo marciano.

Então, depois de dias tirando fotos o Perseverance começou a escavar. Ele limpou a poeira e a explodiu com gás nitrogênio. A escavação feita pelo rover rasa, chamada de abrasão, dá ao equipamento a possibilidade de limpar o círculo da camada externa  intemperizada da superfície do Planeta Vermelho e chegar até a rocha intocada abaixo.

Foi nesse local que o Perseverance implantou o instrumento PIXL, um dispositivo que ilumina a superfície marciana com um feixe de raios-X e mede a luz que se recupera. Ainda é cedo para ter alguma interpretação dos dados, mas nos próximos meses os cientistas já terão conseguido entender mais a respeito de como o Anjo Brilhante de Marte se formou e qual a relação dele com o antigo rio de Neretva Vallis.

Descoberta

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Além do estudo do Anjo Brilhante de Marte, o Perseverance já fez e ainda faz muitas descobertas. Em grande parte do ano passado, o Perseverance andou pela borda oeste da cratera de Jezero e passou por paisagens formadas há mais de três bilhões de anos. Nessa caminhada, o rover usou várias ferramentas e uma delas foi o radar de penetração no solo (RIMFAX).

Esse radar é um dos instrumentos mais potentes e tem a capacidade de detectar gelo, água ou salmouras a mais de 10 metros abaixo da superfície, além de conseguir mapear camadas do solo até 20 metros de profundidade. Conforme os dados coletados no ano passado, pelo menos uma das crateras de Marte já esteve cheia de água muito tempo atrás.

O local escolhido para envio do rover foi a cratera de Jezero porque as imagens feitas da órbita do planeta mostravam sinais de que nesse local existia o delta de um rio antigo. Isso foi sabido porque na superfície marciana foram vistas características parecidas com as de um leito de lago seco.

Agora, através das observações feitas embaixo da superfície, os cientistas puderam ter a certeza de que o pensado anteriormente era verdade. Os dados do RIMFAX mostraram que a cratera foi formada por conta do impacto de um asteroide e que depois foi preenchida com sedimentos e rochas mais jovens. Elas poderiam ter acabado ali por conta das atividades vulcânicas ou por conta de um curso de água, o que segundo as imagens do rover é a possibilidade mais provável.

Esse lago pode ter existido por muito tempo. E se Marte for parecido com o nosso planeta, o local pode ter sido ideal para que a vida microbiana surgisse ali. No entanto, por mais que o Perseverance tenha coletado várias amostras desse local, tendo até algumas tido sinais de compostos orgânicos, até que elas cheguem na Terra não será possível saber se sua origem é biológica ou geológica.

Fonte: Olhar digital

Imagens: Olhar digital

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