Natureza

Gato-mourisco, raro e ameaçado de extinção, é flagrado em ponto turístico de SC

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Um gato-mourisco, uma espécie de felino raro e um dos menores do mundo, foi visto em um ponto turístico no Norte de Santa Catarina.

O animal, também conhecido como jaguarundi, foi visto pelo fotógrafo Marcelo Schmidt Roberti no Pico Malwee, em Jaraguá do Sul, durante uma observação de aves.

O registro foi inesperado. O fotógrafo conta que é observador e trabalha com aves no tempo livre. Ele estava fazendo isso quando viu o gato atravessando a estrada. Foi muito rápido, ele conta.

O gato-mourisco é uma espécie em risco elevado de extinção, e o fotógrafo revelou que nunca havia visto um antes. A observação de felinos silvestres é extremamente rara. O responsável mesmo fotografa aves desde o início de 2019, e foi a primeira vez que viu um.

Via O Tempo

Ameaça de extinção

O gato-mourisco sofre riscos na espécie. Por isso, está até na lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).

Especialistas indicam que a presença desse tipo de animal em áreas urbanas se deve à expansão das cidades, que destrói seu habitat natural, e às queimadas, que afugentam os animais das florestas e provocam escassez de alimentos.

Geneticamente, o gato-mourisco é mais próximo do Leão-baio (Puma concolor), embora seja apenas um pouco maior que um gato doméstico. Sua pelagem varia do vermelho ao cinza escuro. Eles se alimentam de roedores, aves e tatus, conforme relatado pelo departamento de ciências biológicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Gato-mourisco

O gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi) é um pequeno felino nativo das Américas, encontrado desde o sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina.

Este felino é notável por sua aparência distinta, com um corpo alongado, patas curtas e uma pelagem que pode variar do cinza escuro ao vermelho-amarronzado. De tamanho pequeno a médio, os adultos pesam entre 3,5 a 9 kg e medem de 53 a 77 cm de comprimento, excluindo a cauda.

Os gatos-mourisco são extremamente adaptáveis e ocupam uma variedade de habitats, incluindo florestas tropicais, savanas, áreas de cerrado e até regiões semiáridas.

Eles são frequentemente encontrados em áreas próximas a cursos d’água, como rios e pântanos, e também podem habitar áreas de vegetação densa, como matas ciliares e florestas secundárias.

Hábitos

Via Wikimedia

Diferentemente da maioria dos felinos, que são noturnos, o gato-mourisco é predominantemente diurno, com atividades concentradas durante o dia, especialmente nas primeiras horas da manhã e no final da tarde.

Ainda, eles têm uma dieta variada, composta principalmente de pequenos mamíferos, como roedores, mas também incluem aves, répteis e até insetos em sua alimentação. Quando conseguem, podem caçar presas maiores, dependendo da disponibilidade de recursos.

A reprodução pode ocorrer ao longo do ano, dependendo da região e das condições ambientais. A gestação dura cerca de 70 a 75 dias, e as fêmeas geralmente dão à luz entre um a quatro filhotes.

Os jovens nascem com os olhos fechados e dependem completamente da mãe nas primeiras semanas de vida.

Como outros felinos, o gato-mourisco é territorial e solitário, com exceção do período de reprodução e cuidado dos filhotes. Eles marcam seu território com urina e fezes e se defendem vigorosamente contra intrusos.

Conservação

O gato-mourisco enfrenta várias ameaças, principalmente devido à perda de habitat causada pela expansão agrícola e urbana, além das queimadas que destroem áreas florestais.

A fragmentação do habitat não só reduz o espaço disponível para esses felinos, mas também isola as populações, diminuindo a diversidade genética e aumentando o risco de extinção.

Além disso, a caça ilegal e a perseguição humana, devido à crença de que eles representam uma ameaça para aves domésticas, também contribuem para o declínio das populações.

Interação com humanos

Embora raramente visto, o gato-mourisco pode se aproximar de áreas urbanas, especialmente em regiões onde seu habitat natural foi severamente reduzido.

Eles geralmente evitam o contato com humanos, mas a destruição de seu ambiente leva a encontros ocasionais em áreas inesperadas.

 

Fonte: O Tempo, Wikipedia

Imagens: O Tempo, Wikimedia

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