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Georges Lemaître, o padre do Big Bang que juntou Deus e ciência

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O belga Georges Lemaître era padre, matemático, professor de física e astrônomo. Ele morreu em 1966, e foi o primeiro a propor uma teoria da expansão do universo. Em suma, uma ideia amplamente discutida depois por Edwin Hubble, autor da famosa teoria do Big Bang, que procura explicar a origem do universo. Esta teoria, inclusive, surgiu através dos estudos de Georges Lamaître, que serviram de base para Edwin Huble.

Apesar de ser um cientista apaixonado por assuntos relacionados à origem do universo, esse fato não o afastou de sua fé. Lemaître era uma padre católico, o que causava certo fascínio por parte da imprensa. Isso, devido a forma como ele conseguia lidar com os dois assuntos, sem nenhum tipo de conflito. Em síntese, foi o que fez com que seu ponto de vista fosse amplamente respeitado.

Lemaître defendia que o universo teve um começo finito no passado, assim como a religião católica defende no primeiro livro da Bíblia, Gênesis.  Ele denominou como Teoria do Átomo primitivo. E essa teoria foi bem vista, até mesmo por Albert Einstein, em 1933. “Esta é a explicação mais bonita e satisfatória da Criação que eu já ouvi”, afirmou Einstein.

Georges Lemaître

George Lemaître nasceu em 17 de julho de 1894, na cidade belga de Charleroi. Posteriormente, ele estudou no Collège du Sacré-Coeur, que era uma escola secundária jesuíta. E na Universidade Católica de Lovaina, onde começou a estudar engenharia, aos 17 anos de idade.

Em 1914, ele interrompeu seus estudos para servir como oficial de artilharia na Bélgica. E por sua participação no exército durante a Primeira Guerra Mundial, recebeu a Cruz da Guerra da Bélgica. Após a guerra, ele estudou física e matemática. Em 1920, ele concluiu seu doutorado com uma tese sobre a aproximação das funções das variáveis réelles. Posteriormente, no ano de 1923, ele se matriculou no seminário da arquidiocese de Mechelen, onde foi ordenado sacerdote.

No ano de 1925, Lemaître publicou seu mais famoso artigo: “Um universo homogêneo de massa constante e raio crescente, responsável pela velocidade radial das nebulosas extragalácticas”. E nesse artigo, apresentou sua nova ideia de um universo em expansão.

Carreira de Lemaître

Ao longo de sua carreira, Lemaître recebeu várias honras e prêmios por seus trabalhos científicos. Como o Prêmio Francqui, considerado o de maior importância para a comunidade científica belga.

Em 1953, a Pontifícia Academia das Ciências aceitou a teoria de Lemaître. Em suma, resultando em uma palestra realizada pelo Papa Pio XII. Nessa palestra, o Papa explicou que o começo do mundo, poderia ser fixado no tempo com o Big Bang, que se originou de um ato divino da criação.

Do mesmo modo, em 1954, ele recebeu outra condecoração, O Prêmio Nobel de Física. Em suma, recebido por sua previsão do universo em expansão. Novamente, em 1956, ele foi indicado ao prêmio Nobel de Química por sua teoria dos átomos primitivos.

Lemaître sempre foi uma pessoa solitária, mesmo entre seus colegas cientistas. Ao final de sua vida, estava completamente fascinado por computadores e ciências da computação.

Ele morreu na cidade belga de Leuven, em 20 de junho de 1966, aos 71 anos de idade. Antecipadamente, dois anos antes de sua morte, ele ouviu a notícia da descoberta da radiação cósmica de fundo em microondas. E isso provava definitivamente a sua teoria astronômica fundamental do Big Bang.

A teoria do Átomo Primitivo

Para Lemaître, a história do universo é dividida em três períodos. Onde o primeiro seria chamado de explosão do átomo primitivo, que teria acontecido há 5.000 milhões de anos. Quando um núcleo de matéria densa e instável explodiu na forma de uma super radioatividade. Essa explosão se espalhou por um bilhão de anos, fazendo com que os astrônomos percebessem seus efeitos, nos raios cósmicos e nas emissões de X.

Já no segundo período, depois da explosão, foi estabelecido um equilíbrio entre as forças da repulsão cósmica, na origem do evento, e as forças da gravitação. E assim, há 2.000 milhões de anos, há um equilíbrio onde os nós são formados criando a luz, as estrelas e as galáxias.

E por último, os períodos de expansão, iniciados há 2.000 bilhões de anos, que continuam até hoje. Algo que demonstraria que o universo está se expandindo a uma velocidade de 170 quilômetros, por segundo. E, provavelmente, continuará se expandindo num ritmo intermitente.

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