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Mais de 500 milhões de abelhas morreram no Brasil

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A polinização ocorre quando o pólen é transportado de uma flor a outra. É por meio da polinização que as flores são fecundadas. Ao serem fecundadas, o processo de desenvolvimento de frutos e sementes começa a ocorrer. A polinização pode ser feita pela água, pelo vento e, claro, com o auxílio de alguns animais, como, por exemplo, borboletas e beija-flores. No entanto, quando se trata de polinização, a abelha é o animal mais eficiente.

Por isso, pode-se dizer que as abelhas desempenham um papel extremamente importante na cadeia alimentar. De acordo com especialistas, cerca de um terço dos alimentos que comemos é graças ao processo de polinização realizado pelas abelhas. Por isso, preservar as abelhas tornou-se mais do que essencial.

No entanto, recentemente, não é o que vem ocorrendo. No estado do Rio Grande do Sul, por exemplo, cerca de 400 milhões de abelhas foram encontradas mortas. O motivo? Simples. Para os pesquisadores, os pesticidas, substâncias químicas que são usadas para matar pragas, são os culpados.

Pesticidas

Os pesticidas utilizados pelos agricultores no Brasil contém produtos que são proibidos na Europa, como os neonicotinóides e o fipronil. Em abril do ano passado, a União Europeia impôs uma proibição quase total aos neonicotinóides por serem prejudiciais às abelhas. Em contrapartida, na mesma época, o Brasil suspendeu as restrições aos pesticidas.

De acordo com o Greenpeace, o uso de agrotóxicos em nosso país aumentou significativamente. Ainda de acordo com a organização, 193 produtos contendo produtos químicos proibidos na UE vem sendo utilizados no Brasil nos últimos três anos. Isso significa que um terço dos agrotóxicos usados no Brasil inclui alguma substância proibida pela UE.

Além disso, desde que assumiu o governo, o presidente Jair Bolsonaro acelerou a aprovação de 262 novos tipos de pesticidas. O Brasil, uma potência agrícola, é um dos países que mais usam agrotóxicos. Para os pesquisadores, o aumento em relação ao uso de pesticidas ocorre porque a superfície cultivada se expandiu.

O cenário das abelhas

A situação das abelhas é a mesma em boa parte do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, somente no ano passado, os apicultores perderam quatro em cada 10 de suas colônias de abelhas. De acordo com autoridades da Rússia, cerca de 20 regiões do país relataram mortes em massa por abelhas.

Na África do Sul, em dezembro de 2018, pelo menos um milhão de abelhas morreram. A causa era a presença de fipronil, é um inseticida de amplo espectro que danifica o sistema nervoso central do inseto. No Canadá, México, Argentina e Turquia também foram registradas mortes em massa de abelhas nos últimos 18 meses.

A situação é, sim, alarmante. Por outro lado, ainda pode mudar. De acordo com a World Wildlife Foundation, uma das soluções é transformar terras que antes não eram utilizadas em ambientes que sejam capazes de salvaguardar as populações de abelhas. Além disso, com o aumento da urbanização, deveria-se desenvolver também mais espaços verdes nos centros urbanos.

Para alguns pesquisadores, a agricultura e a jardinagem amigáveis ​​à vida selvagem podem ter um impacto positivo, já que as plantas em crescimento encorajam as abelhas a polinizar.

 

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