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Não era um meteorito: Agência Espacial Europeia descobre o que sobrevoou a Península Ibérica no último fim de semana

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Os meteoritos são quando os meteoroides são formados por fragmentos de asteroides, cometas ou restos de planetas desintegrados. Eles podem ter tamanhos variados, sendo desde uma simples poeira até corpos celestes, com quilômetros de diâmetro. E parece que sábado à noite é o melhor horário para que um objeto cruze o céu. Como no caso desse meteorito na Península Ibérica.

O objeto que cruzou os céus da Península Ibérica foi classificado como meteorito, mas essa classificação está errada. No último sábado, a câmera do foguete da Agência Espacial Europeia (ESA) viu um objeto vindo do município de Cáceres, na Espanha.

Desde então, o Gabinete de Defesa Planetária da ESA está analisando a bola de fogo e pensou que era um pedaço pequeno de um cometa que acabou se desintegrando na atmosfera do nosso planeta em uma altitude de 60 quilômetros.

Segundo as análises feitas pelo CSIC, essa bola de fogo cometária teve um impacto nas camadas mais altas da atmosfera tendo uma trajetória bem plana, de 10 graus acima da horizontal. Foi isso que fez com que o brilho e visibilidade dela fossem aumentados.

Outro ponto acreditado era que ela tinha um teor alto de magnésio por conta da sua cor azulada. Isso porque essa tonalidade pode ser por conta de minerais ricos em magnésio, como a olivina e o piroxênio.

Não é um meteorito

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Como dito, a priori, o objeto foi classificado como sendo um meteorito na Península Ibérica. Contudo, o termo é o mais usado por conta da associação com o evento que matou os dinossauros.

Nesse caso da Península Ibérica, mesmo que o objeto tenha pegado fogo em baixa altitude, para a ESA é pouco provável que se encontrem restos desse objeto por conta da velocidade que ele se desintegrou. Além disso, é bem provável que o fragmento de cometa caiu sobre sobre o Oceano Atlântico.

No caso do objeto visto no último sábado, ele é classificado como superbólido. Explicando melhor, um bólido é um meteoro particularmente brilhante, normalmente mais brilhante do que qualquer estrela no céu noturno. E um superbólido é extremamente brilhante. Ao contrário dos bólidos, que acontecem milhares todos os anos, os superbólidos são bem raros e bastante luminosos.

Por conta disso que o visto no último sábado na Península Ibérica foi um superbólido porque tinha uma magnitude de -16±1, que é bem mais brilhante do que a lua cheia, conforme a Rede de Pesquisa de Bólidos e Meteoritos do Instituto de Ciências Espaciais.

Uma curiosidade sobre esse “meteorito” da Península Ibérica é que mesmo com várias câmeras, radares e telescópios apontados para o espaço, ele não tinha sido rastreado. Por conta disso, o Gabinete de Defesa Planetária da ESA irá continuar investigando para ver se esse evento tinha ou não um motivo de preocupação.

Raridade

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No caso da Península Ibérica, o objeto não era um meteorito. Mas alguns já caíram no nosso planeta e tiveram sua importância. Como esse caso que aconteceu no fim de janeiro, quando um asteroide, chamado 2024 BX1, caiu cerca de 100 quilômetros de Berlim, capital da Alemanha.

Ele era quase do tamanho de uma máquina de lavar roupas. A rocha espacial foi o oitavo asteroide que foi detectado antes de atingir a Terra na história. E depois da colisão, os pesquisadores fizeram a análise dos materiais remanescentes e descobriram meteoritos bem raros.

De acordo com a análise feita, os meteoritos são na realidade aubrito. Eles são bastante diferentes dos outros meteoritos, especialmente por sua cor que é bem mais clara. Além, é claro, de ser bem raro, existindo somente 87 amostras conhecidas.

Nessa colisão do asteroide, os pesquisadores conseguiram encontrar 20 amostras de meteoritos que ainda estão sendo analisados. Como são aubritos, eles se parecem com um granito acinzentado e são compostos principalmente dos silicatos de magnésio enstatita e forsterita. Esses corpos quase não têm ferro e são bem difíceis de serem detectados.

Conforme sugerem as estruturas peculiares dos aubritos, eles foram parte de asteroides do tipo E no Cinturão de Asteroides interno do Sistema Solar. Ou talvez eles sejam fragmentos do 3103 Eger, que também é um asteroide do tipo E, mas que está bem mais perto do nosso planeta. Outra possibilidade é que os meteoritos sejam pedaços de outro planeta, no caso, Mercúrio.

Desde o dia dois de fevereiro as amostras foram enviadas para o o Comitê de Nomenclatura da Sociedade de Meteorologia para serem examinadas e ter uma confirmação do que elas são. No momento, os pesquisadores estão trabalhando para tentar compreender um pouco mais a respeito dessas rochas, o que consequentemente aumentaria o conhecimento a respeito do espaço como um todo.

Fonte: IGN, Olhar digital

Imagens: RealTime1, Olhar digital

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