Um evento cósmico raro está prestes a iluminar os céus neste verão, de acordo com cientistas da NASA.
Uma estrela anã, do tamanho da Terra, remanescente de uma estrela morta com uma massa semelhante à do Sol, localizada a cerca de 3.000 anos-luz de distância, está prevista para explodir nos próximos meses.
A explosão espetacular, chamada de “Blaze Star”, será tão brilhante que poderá ser vista a olho nu da Terra por quase uma semana. A data exata do evento ainda não foi determinada, mas a NASA está monitorando a situação de perto.
Rebekah Hounsell é a especialista em novas e supernovas da NASA, e fala do evento como “uma oportunidade única na vida”. Esse evento cósmico raro pode criar novos astrônomos com mais interesse pelo universo, especialmente jovens, que poderão observar o fenômeno, formular suas próprias perguntas e coletar dados.
Ela explica que, diferente das supernovas, que são explosões finais e titânicas que destroem estrelas moribundas, as novas são eventos onde a estrela anã permanece intacta. No entanto, o material que se acumula ejeta no espaço em um clarão ofuscante.
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O que é estrela anã?
Uma estrela anã é um tipo de estrela que se encontra em estágios finais de sua evolução, após ter esgotado a maior parte do seu combustível nuclear.
Geralmente, uma estrela anã é o resultado da evolução de estrelas que eram originalmente mais massivas.
Estrelas anãs são formadas a partir de estrelas que já passaram pela fase de sequência principal (como o Sol está atualmente). Durante essa fase, a estrela queima hidrogênio em hélio em seu núcleo.
Elas são menores e mais frias do que estrelas de sequência principal comparáveis em massa. Apesar de serem “anãs” em comparação com estrelas gigantes ou supergigantes, elas podem ainda ser maiores e mais quentes do que planetas.
As estrelas anãs podem ser de diferentes tipos espectrais, dependendo da sua temperatura e composição química. Por exemplo, temos as anãs brancas, que são remanescentes de estrelas como o Sol, e as anãs marrons, que são objetos subestelares que não conseguiram iniciar a fusão nuclear de hidrogênio em seu núcleo.
Com o tempo, as estrelas anãs eventualmente se transformam em anãs brancas ou anãs marrons, dependendo de sua massa inicial e da forma como evoluem ao longo de bilhões de anos.
Evento cósmico raro
A última vez que a “Blaze Star” foi observada da Terra foi em 1946, destacando a raridade desses eventos. A tecnologia de hoje está mais avançada que antes. Além disso, a estrela está bem próxima da Terra.
Por isso, os cientistas esperam obter várias percepções novas sobre esse fenômeno raro.
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Para os observadores nos Estados Unidos, a NASA oferece três dicas essenciais:
- O brilho vai sumir logo, mas será visível a olho nu por alguns dias, menos de uma semana.
- A hora exata da nova é imprevisível, pois novas recorrentes como essa podem variar em seus padrões.
- Encontrar o local correto no céu pode ser desafiador, mas a constelação de Corona Borealis, localizada entre Vega e Arcturus, será o ponto central para os avistamentos.
Este evento não só proporciona uma oportunidade única para cientistas, mas também para entusiastas da astronomia de todo o mundo, que poderão testemunhar um dos fenômenos mais fascinantes do universo.
Elizabeth Hays, chefe do Laboratório de Física de Astropartículas do NASA Goddard, destaca a importância de observar o evento cósmico raro desde seu pico até seu declínio. Isso permitirá coletar dados cruciais que contribuirão significativamente para o entendimento científico.
Além disso, será uma forma de ver a ação de uma estrela anã no espaço, refletindo na Terra. Por não acontecer sempre, é uma grande chance para os amantes da astronomia.
Fonte: Gazeta Brasil