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O massacre de Katyn, quando a URSS matou mais de 22 mil pessoas

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Em 1940, a Polônia foi vítima da agressão militar da Alemanha e da União Soviética. O conflito, naquela época, ocorreu na floresta de Katyn, na Rússia. Os soviéticos mataram 22 mil poloneses. Após tal ato, os soviéticos ainda tentaram culpar os nazistas. O massacre de Katyn moldou drasticamente as relações russo-polonesas, ao longo de 70 anos. Até hoje, a agressão é considerada chocante.

O conflito começou depois que a Polônia foi dividida, em 1939. A maioria dos poloneses que não era apta para o serviço militar, como mulheres, crianças e idosos. Assim eles foram enviados ao Império Soviético, para morrer ou se submeter ao controle governamental. Entre as vítimas, estavam oficiais militares poloneses e inimigos políticos da União Soviética.

Morreram também diversos intelectuais, como escritores, professores, engenheiros e advogados. Ao todo, cerca de 14.700 militares poloneses de alto escalão e 11.000 civis foram presos com a intenção de serem executados. Os massacres ocorriam em Katyn, Tver ou na prisão de Kharkiv.

Em Katyn, antes de serem executados, muitos dos prisioneiros tiveram as mãos amarradas com arame. Enquanto o massacre ocorria, valas eram abertas para funcionar como depósitos de corpos. Já em Tver, cada homem era individualmente baleado em uma sala à prova de som. Os corpos eram depositados em um caminhão. Acredita-se que Vassily Mikhailovich Blokhin, um dos carrascos mais prolíficos da época, matou cerca de 6.000 homens, em apenas 28 dias.

Os corpos dos 22.000 poloneses mortos no massacre de Katyn foram descobertos em 1943, quando tropas nazistas encontraram a vala comum na floresta. Representantes do governo polonês, na época, foram até ao local do massacre. Após analisarem os fatos, os representante determinaram que os soviéticos eram realmente os responsáveis.

No entanto, como as autoridades americanas e britânicas não queriam perder os soviéticos como aliados, a Polônia concordou em culpar a Alemanha pelo massacre de Katyn. Foi aí, que os soviéticos decidiram acrescentar o massacre de Katyn à lista de atrocidades nazistas cometidas durante a guerra.

Lembranças de uma testemunha

O coronel John H. Van Vliet, um prisioneiro de guerra americano, foi levado à Katyn, em 1943, pelos nazistas. Sendo então testemunha das consequências das atrocidades cometidas pelos soviéticos. Em seu relatório oficial, Van Vliet disse que o odor dos corpos em decomposição estava em toda parte e que, próximo às sepulturas, o odor era quase insuportável.

Van Vliet sabia que os corpos, que estavam na vala comum, eram, de fato, de oficiais poloneses. O oficial sabia também que o massacre não era responsabilidade dos nazistas. Porém, as potências aliadas acharam melhor aceitar a versão dos eventos da URSS em relação a isso. Tal versão deixou de ser oficial somente com a queda da própria União Soviética, em 1991.

As investigações sobre o massacre de Katyn se encerraram apenas em 2012. Mesmo em processo de investigação, no início dos anos 1990, o sucessor de Gorbachev, Boris Yeltsin, ordenou a execução de Stálin a Varsóvia. A ordem era uma maneira de se desculpar formalmente em nome do país. O massacre de Katyn foi oficialmente reconhecido como um crime de guerra soviético pelo Tribunal Europeu de Direitos Humanos. O massacre, por décadas, foi como uma ferida aberta, tanta para a Rússia, como para a Polônia.

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