Ciência e Tecnologia

O plano feroz dos EUA para destruir armas hipersônicas

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Parece coisa de ficção científica, mas uma nova categoria de ameaças voa, pelo menos, cinco vezes mais do que a velocidade do som. E ainda é capaz de escapar de sistemas de defesa e interceptores. Estamos falando de armas hipersônicas, que saíram dos filmes para se tornar uma ameaça real. Essas armas têm alto poder destrutivo e ainda podem manobrar para atingir o alvo. Ou seja, um grande perigo. Para se ter uma ideia, uma arma dessas é capaz de destruir uma coluna de infantaria ou até um grupo de combate, que segue um porta-aviões, em questão de minutos. E isso, sem dar às vítimas tempo para reagir ou fugir.

Pensando nisso, os Estados Unidos estao se preparando para se defender desse tipo de arma mortal. Por isso, o Pentágono está trabalhando em um novo sistema, contra armas hipersônicas. Eles estão testando uma nova tecnologia de sensores, projetada especialmente para rastrear mísseis hipersônicos. Entenda.

A ameaça

De acordo com Michael Griffin, o subsecretário de Defesa dos EUA para Pesquisa e Engenharia, só em 2017, a China testou mais armas hipersônicas do que os EUA em dez anos. E a Rússia já provou que o Avangard, um planador hipersônico capaz de viajar a nove vezes a velocidade do som, entrega uma arma nuclear de 2 megatons.  Isso é mais de 30 vezes a potência da bomba de Hiroshima. E isso tudo colocava os EUA em desvantagem.

Essas armas, com grande poder destrutivo, são nada mais nada menos do que “mísseis turbinados, que não seguem uma trajetória balística padrão. Esses mísseis podem manobrar, em torno de defesas fixas ou voar junto à superfície, abaixo da cobertura do radar. Essas são ameaças inerentemente imprevisíveis, que podem ser disparadas de silos fixos, lançadores móveis ou navios no mar”, explica Ken Todorov, que é vice-presidente de Soluções de Defesa contra Mísseis, da Northrop Grumman.

Para se defender de ameaças como essas, a Agência de Defesa de Mísseis (MDA) está desenvolvendo uma nova tecnologia. Eles estão trabalhando em sensores, especialmente projetados para rastrear continuamente mísseis hipersônicos. A tecnologia foi batizada de Hypersonic Ballistic Missile Tracking Space Sensor (HBTSS).

“O HBTSS se tornará parte principal de uma camada de rastreamento híbrido dentro da Arquitetura Espacial de Defesa Nacional, que consiste em sistemas em órbitas diferentes que fornecem a capacidade de detectar e rastrear tanto mísseis balísticos convencionais quanto ameaças emergentes”, disse Maria Njoku, que é porta-voz da Agência de Defesa de Mísseis.

Plano de defesa

Segundo os atuais parceiros do Pentágono e os Estados Unidos, o HBTSS pode ser uma defesa possível. Isso porque o HBTSS está sendo desenvolvido com o propósito específico de estabelecer o rastreamento contínuo. Assim, seguindo as armas hipersônicas desde o lançamento, até o impacto.

“A missão do HBTSS é detectar e rastrear ameaças hipersônicas e mísseis balísticos. Além de fornecer dados críticos com baixa latência ao Sistema de Defesa Contra Mísseis”, disse Njoku.

Com o HBTSS, será possível ter melhores opções de contramedida. Tais como interceptadores e sistema de guerra eletrônica, projetado para tirar o míssil do rumo, entre outras opções defensivas emergentes.

“O HBTSS será uma rede de sensores em uma constelação de satélites em órbita ao redor da Terra, com a capacidade de observar ameaças globais, sem as limitações da linha de visão dos radares terrestres”, explicou Njoku.

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