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O que acontece se o bebê ficar mais que 9 meses na barriga da mãe?

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Gravidez é o período de crescimento e desenvolvimento de um ou mais embriões no interior do útero da mulher. Para que ocorra a gravidez, é necessário que o óvulo, gameta feminino, seja fecundado pelo espermatozoide, e disso vocês já estão cansados de saber. Durante as primeiras semanas após a fecundação, a mãe ainda não sente os efeitos da gravidez, mas isso não quer dizer que o bebê não esteja se desenvolvendo, muito pelo contrário, ele continua crescendo a cada segundo. Já leu nossa matéria que mostrar como descobrir se uma mulher está grávida com um teste caseiro?

Nas últimas semanas da gravidez, as futuras mães estão mergulhadas em um mar de emoções, aquela ansiedade e expectativa para o bebê nascer. Depois de alguns meses, a mulher não acha uma boa posição para dormir, além de sentir várias dores nas costas. Mas e aí, o que fazer se um bebê não nascer depois de 9 meses? E até quando é seguro ele ficar lá dentro?

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Bom, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, a data provável do parto é calculada para 40 semanas após o primeiro dia da última menstruação. Um bebê que nasce de 37 semanas é considerado prematuro, após a 42º semana, pós-termo. Nos dois casos, os riscos de complicações aumentam muito. Mas a partir da 40º semana e um dia, os cuidados e acompanhamento médico devem ser redobrados. “A placenta e a troca de oxigênio e nutrientes entre mãe e filho piora, o que pode causar até o óbito do bebê”, diz Alexandre Pupo, ginecologista e obstetra do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Para evitar esse risco, a gestante deve ser submetida a exames como cardiotocografia e ultrassom a cada três dias, que vão avaliar o feto e o líquido amniótico.

Entre a semana 36 e 40, a grávida já está no nono mês de gestação, e o ideal é que bebê nasça depois da semana 38, mas pode nascer antes. Mas e depois das 40 semanas vale a pena postergar o nascimento? Para Daniel Rolnik, obstetra do Hospital das Clínicas de São Paulo, a vantagem em esperar (gestantes de baixo risco) é o aumento de chances de entrar em trabalho de parto naturalmente, o que envolve menos problemas do que fazer um parto normal induzido ou uma cesárea.

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A grávida pode ter que se submeter à cirurgia mesmo depois de dias de espera. Além disso, vale lembrar que apensar de todo o aparato tecnológico, quanto mais a gestação se estende, mas difícil é obter resultados claros que assegurem a saúde do bebê.

E é por esse motivo que muitos médicos preferem “não pagar para ver”. Segundo Sandra Maria Alexandre, professora adjunta do Departamento Obstétrico da Unifesp: “A resolução final depende do casal, das condições físicas e emocionais da mãe e do bem-estar da criança. Dá para aguardar até 42 semanas, mas, se a medicina já sabe do aumento do risco, vale a pena?”

Esse foi o caso de Marcela Bussab, que teve o primeiro filho de parto normal, com 39 semanas e três dias. Mas ao engravidar pela segunda vez, imaginou que aconteceria o mesmo, mas quando foi chegando perto da época do parto, sua filha não estava encaixada. “Achei que algo estava errado e decidi por uma cesárea. Quando a Catarina nasceu e já havia mecônio, tive certeza de que havia tomado a melhor decisão”, afirma Marcela.

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O mecônio é um dos sinais de que o parto está passando da hora, isso porque a falta ou a diminuição do oxigênio quando a placenta envelhece faz com que o corpo do bebê relaxe e libere cocô. O perigo não está na sujeira, já que o pequeno intestino é estéril. Mas o mecônio pode ser aspirado e, como é espesso e seca, pode grudar na traqueia e dificultar a respiração.

Existe a vantagem em esperar, pois aumenta as chances de entrar em parto normal, o  que envolve menos problemas do que fazer um parto normal induzido ou uma cesárea. Mas depois do tempo certo, quanto mais a gestação se estender, mais difícil será obter os resultados claros que assegurem a saúde do bebê.

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Então, concluindo a nossa matéria, o que acontece quando um bebê fica mais de nove meses na barriga da mãe? Existe a vantagem em esperar, pois aumenta as chances de entrar em parto normal, o  que envolve menos problemas do que fazer um parto normal induzido ou uma cesárea. Mas depois do tempo certo, quanto mais a gestação se estender, mais difícil será obter os resultados claros que assegurem a saúde do bebê. Então, os médicos preferem não saber o que vai acontecer, pois existe vários fatores que podem colocar o bem estar na criança e risco. Além disso, existe o risco do bebê inalar o mecônio, é por ser espesso e seco, pode grudar na traqueia do bebê, dificultando a respiração e colocando a vida dele em risco.

E aí amigos, já sabiam o que pode acontecer se um bebê ficar mais de 9 meses na barriga da mãe? Nossa matéria foi útil para vocês? Comentem!

Bônus: Para onde vai o xixi dos bebês?

Assim que o aparelho urinário do bebê se desenvolve, a partir do quinto mês de gestação, ele passa a fazer xixi dentro do útero da mãe sempre que sentir vontade. Mas não precisa ficar com nojo, pois o xixi do feto é muito diferente da urina de um adulto. O xixi é praticamente composto de água, pois é resultado da ingestão do líquido amniótico que o envolve, um composto nutritivo e livre de bactérias que contém água, sódio, cloro e outros minerais que ajudam no desenvolvimento do bebê em gestação. O líquido faz seu caminho normal, entra pela boca, vai para o estômago, entra na corrente sanguínea, é filtrado pelos rins, desce para a bexiga, e depois a uretra o elimina.

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